segunda-feira, 11 de agosto de 2008

Fim da era Renato no Flu


Caros tricolores, nosso técnico caiu. Depois da derrota de virada para o lanterna Ipatinga, por 2 a 1, no Ipatingão, houve uma reunião entre os dirigentes do Flu e, por volta de uma da manhã, optaram pela saída de Renato Gaúcho. O nome mais cotado é Cuca, que recentemente deixou o Santos. Bom, diante dos nomes disponíveis no mercado, acho uma boa opção.

Essa foi a terceira passagem de Renato pelo Flu. Em 1996, quando ainda era jogador, foi utilizado por duas vezes como técnico interino na luta contra o rebaixamento. Em setembro de 2002, Renato teve outra oportunidade como técnico, quando voltou a exercer o comando da nossa equipe. Deixou o cargo quase um ano depois, em julho de 2003. Porém, poucos meses depois, entre outubro e dezembro daquele ano, teve nova passagem pelo nosso tricolor.

Na nova passagem pelo Fluminense, chegou novamente à final da Copa do Brasil. Após o empate no primeiro jogo por 1 a 1, no Maracanã, o Flu foi à Santa Catarina e derrotou o Figueirense por 1 a 0. Após 23 anos, o Fluminense conseguia um título nacional, que foi o primeiro da carreira de Renato como treinador. Com a conquista da Copa do Brasil, o Tricolor garantiu uma vaga para a Libertadores. No Brasileirão de 2007, terminamos em 4º lugar, garantindo "duas vagas" na competição. Na atual campanha da Copa Santander Libertadores da América, conseguimos uma classificação contra o São Paulo, de Muricy Ramalho, após uma heróica vitória por 3 a 1 e chegamos a uma inédita semi-final na competição, com um gol de Washington nos acréscimos do segundo tempo, de cabeça, jogada treinada à exaustão pela técnico. Na quarta fase da mais importante competição continental, disputamos as semifinais contra o Boca Juniors, com quem empatamos por 2 a 2 na primeira partida disputada em Buenos Aires e vencemos por 3 a 1 no jogo de volta no Maracanã, classificando-nos para a inédita final e Renato escreveu seu nome na história do clube. Na final, os pênaltis nos tiraram o que seria o título mais importante da nossa história.

Ao fim de mais de um ano no comando do Fluminense, o império de Renato caiu. Foram 96 jogos: 44 vitórias, 26 empates, 26 derrotas, com 163 gols-pró e 110 contra. Um ano de trabalho que me deixou orgulhoso de torcer pelo Fluminense. Nem tudo dura para sempre, Renato. Talvez fosse a hora de uma mudança no comando, talvez não, mas a diretoria optou por sua saída, e isso já está decidido. Reclamam dos rachões, da arrogância, mas você também tem MUITAS qualidades. No geral, agradeceço por tudo que nos deu.

Obrigado pelo inédito título da Copa do Brasil. Não ganhávamos um título nacional há 23 anos e você, junto com o time, deu-nos essa alegria imensa. Foi um dos melhores momentos de minha vida. Pude ver o meu time na Libertadores pela primeira vez.

Obrigado pela bonita campanha do Flu no Campeonato Brasileiro de 2007. Mesmo tendo em mãos um elenco limitado, com carências, levou-nos a ser o quarto lugar na competição, garantindo da mesma maneira uma "segunda vaga para a Libertadores".

Obrigado pela brilhante campanha do time na Copa Santander Libertadores da América. Sem nunca ter visto meu time em tal competição, sempre torci para que um dia tivesse esse privilégio. Você nos proporcionou isso e nos deu muitas alegrias. Fomos classificados em primeiro lugar geral da Competição na fase de grupos. Nas quartas-de-final, passamos pelo São Paulo, atual campeão brasileiro, com uma vitória épica, histórica, inesquecível, com um gol de Washington aos 46 min do segundo tempo. Apesar de muitos falaram de marketing, nunca me esquecerei de quando vi você se jogar no chão, após a partida. Foi um dos dias mais felizes da minha vida.

Obrigado por me ter feito presenciar o Fluminense eliminar o gigante Boca Juniors, hexacampeão da Libertadores. Sem cair para um time brasileiro desde a época do Santos de Pelé, caiu para o meu Fluminense, feito que nenhum time brasileiro conseguia. Foi uma alegria imensa presenciar meu time chegar à final da competição, eliminando o atual campeão.

Obrigado por ter me proporcionado as melhores quartas-feiras de minha vida.

Obrigado por ter me feito sorrir, chorar de alegria, ter Orgulho de Ser Tricolor.

Obrigado por sempre ter dado o seu máximo em prol do time.

Nem sempre heróis vencem, Renato. E, pensando bem, é isso que você é para mim. Um herói. Um ídolo. Encantou-me como jogador e como treinador, apesar dos recentes maus resultados. Por falar nisso, obrigado por aquele gol de barriga na decisão do estadual de 1995, lembra? Gol esse que nos deu o título carioca no ano do centenário do nosso maior rival.

Enfim, obrigado por tudo o que proporcionou a nós, tricolores, por todas as alegrias que nos deu, por levar o nosso querido time a um patamar em que nunca tinha chegado. Quem sabe um dia, mais maduro, mais sábio, você não possa voltar ao Fluminense.

Boa sorte na vida.

Saudações Tricolores

3 comentários:

Marcus Stecklow disse...

Pois é gente, Todo ídolo é um ser humano e como tal, passível de erros e acertos. Acho que o Renato teve muitos acertos, mas também conseguiu juntar um monte de erros em pouco espaço de tempo. Um grande treinador é aquele que aparece nas horas em que a situação está ruim e mexe pra resolver. Isso o Renato ainda não conseguiu fazer. Espero que as lições da vida lhe ensinem, pois ninguém nasce sabendo tudo.

Obrigado Renato pelo que fez... e siga seu caminho...

Anônimo disse...

Obrigado por Tudo Renato


mas ja tava sem clima pra ele treinar o flu


RENATOOO GAUCHO!

Unknown disse...

RG tem q aprender a pow falar menos e ser mais humilde pq flw muita ,merda na Libertadores também pow...