domingo, 27 de fevereiro de 2011

Na conta de Muricy

Guerreiros, novamente atrasei a postagem de quinta-feira. Após o término da partida de quarta, estive ocupado e não tive tempo de escrever. Agora, secando o Flamengo na decisão da Taça Guanabara contra o Boavista, comentarei sobre o segundo jogo do Flu na Libertadores deste ano.

Encarado como uma decisão tanto pelos jogadores quanto pelos torcedores tricolores, o confronto contra o Nacional-URU foi, da mesma forma que o primeiro jogo da competição, bastante frustrante. O Fluminense começou errando na escalação. Confesso que o esquema com 3 zagueiros deu mais consistência ao sistema defensivo tricolor, mas jogar com um único atacante, que era dúvida antes do início do jogo, em casa, precisando da vitória a qualquer custo, é ousar pouco a meu ver, ainda mais com Diguinho sendo o responsável pela armação de jogadas, e Conca jogar bastante adiantado, fora de sua posição de origem. Acredito que teria sido bem mais produtivo ter entrado em campo com dois atacantes de ofício: um centroavante de ofício (Rafael Moura) e um segundo atacante (Araújo e Rodriguinho). Daria, inclusive, mais movimentação ao time. Enfim, erros à parte, o Fluminense foi, de longe, a melhor equipe em campo. Teve a esmagadora maioria da posse de bola, pressionou bastante a equipe uruguaia (embora de forma desorganizada) e criou as melhores oportunidades do jogo, exceto pela chance de García do Nacional, em um contra-ataque, no qual driblou Berna e chutou pra fora. Apesar do claro domínio, a incapacidade de concretizar as chances de gol criadas culminaram para a permanência do empate no placar.

De positivo da partida de quarta, só a volta do bom futebol de Mariano, que ganhou bastante liberdade para apoiar com o esquema de 3 zagueiros. Os erros de Muricy não se limitaram à escalação e ao desenho tático do time. Ele insistiu em manter Carlinhos em campo, que, pela segunda partida seguida, foi um dos piores em campo. Demorou a colocar um atacante velocista, colocando Araújo somente próximo aos 30 minutos do segundo tempo. Já que, com um único atacante, foi nítido que o Flu iria abusar das bolas aéreas, por que não ter utilizado Souza mais cedo na partida? E por que tirou Digão, o melhor zagueiro do Fluminense na partida, em vez de tirar Leandro Euzébio ou Gum? Muricy Ramalho pareceu totalmente perdido no jogo, tanto que só substituiu quando a torcida gritou o nome dos jogadores. O que está havendo com o nosso comandante? O limite de tropeços já foi ultrapassado faz tempo. O empate de quarta nos colocou em situação difícil na competição. Temos 3 jogos fora e um em casa. A tabela ficou bem complicada, ainda mais sabendo que estamos em terceiro no grupo e precisamos correr atrás dos resultados. Acorda, Muricy!

Antes confirmado para o jogo contra o América-MEX fora, vi hoje que Fred se tornou novamente desfalque. Gosto bastante do nosso camisa 9 e até afirmo que, quando ele está em forma, é o melhor centroavante do País, mas essas lesões realmente testam a paciência do torcedor. Quarta já é o terceiro jogo da fase de grupos da Libertadores e será mais um no qual não contaremos com a presença do nosso titular. Assim fica difícil! Torçamos para que, pelo menos, Muricy escale dois atacantes em vez de deixar He-man isolado e adiantar Conca. Será que é difícil escalar Araújo como companheiro de ataque de Rafael Moura e escalar o nosso maestro na posição de origem dele, na qual ele foi eleito o melhor jogador do Campeonato Brasileiro do ano passado? Faça o simples, Muricy. Apesar de difícil, a classificação do Fluminense ainda é perfeitamente possível. Que quarta vejamos em campo o 'Time de Guerreiros" que encantou a torcida nos dois últimos anos! Vamos, Fluzão!

Saudações Tricolores

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Quem avisa amigo é

Guerreiros, no domingo, após a eliminação na Taça Guanabara, confesso que estive bastante chateado para escrever sobre a partida e, durante a semana, estive sem ânimo e sem tempo. Contudo, antes tarde do que nunca. O post finalmente está saindo. Mais tarde, novamente escreverei, depois do confronto contra o Nacional pela Libertadores. Torçamos que a derrota de domingo tenha mexido com o brio dos nossos jogadores. É ganhar ou ganhar!

Eu avisei. O Fluminense se deveria impor na partida. Alertei sobre o cuidado de não deixar ocorrer outra zebra, como foi com a vitória do Resende sobre o Flamengo em 2009. Não teve jeito. A história se repetiu, e novamente um grande foi eliminado por um pequeno. O Flu, tido por uma reportagem do globoesporte.com dias antes do confronto decisivo como o "terror de pequenos", caiu diante do Boavista, que chegou à sua primeira final de turno, nos pênaltis. A zebra está à solta.

O Fluminense entrou em campo apático. Desarrumado taticamente, Diguinho era o principal armador das jogadas. Conca esteve muito apagado. Os laterais, tímidos, pouco acertaram, principalmente, Carlinhos, que fez uma péssima partida e merecia ter sido sacado no decorrer do jogo. A defesa, mais uma vez, medonha. O segundo gol da equipe de Saquarema é a prova disso. Falha de marcação total em um cruzamento que deveria ter sido afastado facilmente pela defesa. O ataque foi, durante grande parte do jogo, inoperante. Continuo achando que o uso de dois centroavantes não é a melhor opção. Domingo, o time teve muito pouca mobilidade e dificilmente acertou cruzamentos. Acredito que o caminho não é por aí. Contudo, é até compreensível tal opção de Muricy Ramalho. Logicamente, com Fred à disposição, jamais o técnico abriria mão dele, e Rafael Moura vive grande fase. Foi dele, inclusive, que surgiu a falta que originou o primeiro gol da partida. Marquinho, substituto de Souza na partida, cobrou com perfeição, na gaveta. Pouquíssimo tempo depois, infelizmente, Edinho cometeu falta boba e, na cobrança, a bola foi rolada para Tony, que acertou uma bomba. Golaço de empate do Boavista. Gol para nenhum admirador de futebol colocar defeito. Após o golpe, confesso que a equipe adversária, inclusive, foi melhor no primeiro tempo. Todavia, "futebol é bola na rede". Próximo ao fim da etapa inicial, Conca cobrou falta, cruzando para a grande área, Rafael Moura tocou, na linha de fundo, de cabeça, e Fred apenas completou, também cabeceando, para o gol vazio, colocando novamente o Flu na frente. O Boavista ainda assustou em duas oportunidades, mas o jogo foi para o intervalo com vitória parcial tricolor.

No segundo tempo, o Boavista voltou decidido a empatar o jogo. Edu Pina chutou forte para fora, e Leandro chutou da intermediária pela linha de fundo. Aos 9 minutos, finalmente chegou ao gol, em falha generalizada da defesa tricolor. Mariano falhou na marcação, Gum não chegou a tempo, Leandro Euzébio não afastou a bola cruzada, e Carlinhos permitiu a finalização de André Luis, aniversariante do dia, que novamente deixou tudo igual na partida. O atacante do Boavista por pouco não virou o jogo após um contra-ataque que contou com nova falha de Carlinhos, dessa vez errando o tempo da bola na interceptação. A partir daí, não podemos negar que o Fluminense não tentou. Passou a dominar o jogo, mas falhou nas finalizações. O Tricolor corria contra o tempo, que passava rápido com a cera feita pelo time adversário. O goleiro Thiago garantiu a ida do jogo para os pênaltis. Nas cobranças, faltou competência a Conca e Rodriguinho, e o Fluminense foi eliminado por 4 a 2 da Taça Guanabara pela zebra de Saquarema, que enfrentará o Flamengo na final. Dificilmente o Império do Mal se irá deixar surpreender, mas o Boavista provou que pode complicar bastante as coisas. Só nos resta torcer para que complique!

Muricy Ramalho tem grande parcela de culpa no fracasso do jogo passado. Insistiu com Carlinhos, muito mal na partida, durante os 90 minutos, substituiu mal, tirando Fred, que sentiu a panturrilha, e colocando Souza, em vez de colocar imediatamente Rodriguinho (este só entrou posteriormente, no lugar de Marquinho) e montou mal a equipe, elaborando um esquema de pouca movimentação e deixando Diguinho como o responsável por armar o jogo. Um dia para ser esquecido. Abre o olho, Muritetra!

Mais tarde, o Flu enfrenta o Nacional pela segunda rodada da fase de grupos da Taça Libertadores da América. Como já falei acima, só a vitória importa. Façamos a nossa parte e torçamos por um empate entre América-MEX e Argentinos Jrs. para assumirmos o primeiro lugar do grupo. Uma eliminação ridícula como essa de domingo certamente mexe com o brio dos jogadores. Teremos, com certeza, um time bastante empenhado na partida. O problema é que a bruxa está à solta nas Laranjeiras. As lesões voltaram a se tornar constantes. Fred, sacado durante o jogo, está fora da partida, além de Rodriguinho, distante do gramado por 3 meses após se machucar durante o treino. Pior ainda, Rafael Moura é dúvida devido a dores lombares. Só Araújo está garantido no ataque, mas acredito que o He-Man também será titular na partida de hoje. Apesar de desfalcado, ainda temos plenas condições de vencer o Nacional jogando no Engenhão. É manter o foco e entrar decidido. Amanhã (já que o jogo acaba meia-noite) tem nova postagem. Até breve!

Saudações Tricolores

domingo, 13 de fevereiro de 2011

Ele tem a força!

Guerreiros, novamente o Fluminense precisou da ajuda de um super-herói. Rafael Moura, o He-Man, marcou hoje à tarde o gol da vitória sobre o Madureira, que garantiu o primeiro lugar do grupo B e, com todo o respeito ao Boavista, tornou o caminho do Fluminense à final da Taça Guanabara teoricamente mais fácil. O Fla-Flu, que parecia já ser uma certeza, foi adiado, pelo menos por um jogo, graças ao tropeço do Botafogo em casa contra o Macaé, o que permitiu a ascensão do Flu ao topo da tabela. Além de enfrentar - repito, em tese - o adversário mais fraco, o Fluminense conseguiu mais um dia de preparação para a partida contra o Nacional-URU, que será realizada no dia 23 no Engenhão, válida pela segunda rodada da Taça Libertadores da América. Por ter se classificado como líder do grupo, o Tricolor jogará no sábado contra o Boavista, segundo colocado do grupo A, em vez de ser, como se encaminhava após a derrota no Clássico Vovô, no domingo, dia em que se enfrentarão Botafogo e Flamengo.

A suada vitória não condiz com o que vimos em campo. O Fluminense, apesar da forte marcação do Madureira (principalmente no primeiro tempo), criou várias oportunidades claras de gol, as quais ora eram desperdiçadas por chutes fracos e imprecisos dos nossos jogadores, ora eram defendidas pelo goleiro Cléber, que, a meu ver, foi o melhor jogador em campo. Perto da parada técnica do primeiro tempo, o Flu quase chegou ao gol. Após levantamento de Souza, a bola passou na frente de Rafael Moura (titular na partida ao lado de Fred, mais uma vez), Gum e Digão, mas nenhum deles conseguiu alcançá-la. Digão, aliás, foi o substituto de Leandro Euzébio, poupado, na partida. Muricy surpreendeu ao não escalar André Luís para a vaga (claro, surpresa bem positiva, pois o torcedor tricolor não aguenta mais esse jogador bizarro). Perto do fim do primeiro tempo, Conca quase marcou um golaço em jogada individual, mas chutou fraco para a defesa de Cléber. A melhor oportunidade da etapa inicial, no entanto, foi uma cabeçada de Digão após cobrança de escanteio de Souza. Cléber defendeu no susto, e a bola bateu na trave antes de sair. Ricardo Berna (a outra novidade na partida - Cavalieri foi barrado para a entrada do goleiro campeão brasileiro) pouco trabalhou, só necessitando fazer duas boas defesas em 45 minutos.

No segundo tempo, o Flu, que jogou a primeira etapa em um ritmo lento, voltou decidido a liquidar o jogo. Souza obrigou o goleiro do Madureira a fazer boa defesa em chute de fora da área, em uma cobrança de falta muito próxima à grande área e no escanteio originado pela falta espalmada. Cléber fez uma excelente defesa em uma cabeçada de Gum com endereço certo. Rafael Moura colocou na trave em nova falta cobrada por Souza. Era notório que o gol estava próximo. Finalmente, aos 28 minutos do segundo tempo, foi a vez de Conca cobrar a infração. O cruzamento foi certeiro. He-Man cabeceou de costas, finalmente vencendo Cléber, e puxou a tradicional espada de Greyskull na comemoração. Foi o gol da vitória tricolor, da classificação em primeiro do grupo. Depois, He-Man foi fominha, desperdiçando a chance do Flu de liquidar o jogo. O que me espantou mesmo foi a incompetência do Fluminense em segurar a bola no campo de ataque até o fim do jogo. Bolas roubadas pelo Madureira puseram em risco à liderança tricolor. Ricardo Berna defendeu um bom chute de fora da área e salvou um gol olímpico. Em outro lance, a bola explodiu em Digão num chute de um jogador do Madureira. Fim de jogo no Raulino de Oliveira, e o Fluminense terminou a Taça Guanabara como líder do grupo B.

O nosso próximo encontro é sábado, após a semifinal contra o Boavista. O Fluminense terá uma semana de preparação para o jogo, e contará, pelo menos até agora, com todos os titulares (exceto Emerson e Deco, lesionados há algum tempo) para a partida. A estratégia de poupar os pendurados de Muricy deu certo. Agora é manter o foco na semifinal e ter, acima de tudo, humildade. Nada de salto alto. Apesar de ser um time de pouco renome (o clube chega à primeira vez numa semifinal de turno do Carioca), devemos ter como exemplo a eliminação do Flamengo pelo Resende, em 2009, na mesma fase da competição. O Fluminense tem de se impor e jogar como o legítimo campeão brasileiro de 2010. Não pode haver espaço para uma nova zebra! Até sábado!

Saudações Tricolores

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

Salvo por um super-herói

Guerreiros, na quarta passada, o Fluminense finalmente estreou na Taça Libertadores da América de 2011. O primeiro jogo do time na competição, esperado com ansiedade pelos tricolores desde o fim do Campeonato Brasileiro de 2010, teve sabor amargo para todos nós. Por pouco, a tão esperada noite do dia 9 de fevereiro não terminou em uma enorme frustração. Logicamente favorito na partida, o Fluminense sequer esteve na frente do placar no jogo. Por duas vezes esteve perdendo, sendo salvo por Rafael Moura, o He-Man, que foi realmente um super-herói, salvando o Flu de um vexame no Engenhão. Com 4 gols em 2 jogos, parece que não vai demorar para que esqueçamos a sua má passagem pelo clube em 2007. Continue assim!

Quem esperava domínio tricolor na partida logo se decepcionou. Durante o primeiro tempo, o Argentinos Jrs. foi a melhor equipe em campo. O Flu esbarrava na forte marcação adversária, e não levava grande perigo ao time argentino, que aproveitava os contra-ataques para ameaçar a defesa tricolor. Até agora não entendi a escalação de Willians ao lado de Rafael Moura no ataque. Preferiria ter Rodriguinho (já que Araújo ainda não está na forma física ideal) a um meia improvisado de atacante. Infelizmente, a maioria da torcida que não concordou com a opção de Muricy estava correta. Willians foi inoperante e provou que não tem condições de ser titular na equipe do Fluminense, ainda mais jogando de atacante. Ficou claro que é jogador de segundo tempo, já que, na condição de suplente, sabe aproveitar muito bem sua velocidade quando entra no decorrer das partidas, e os outros estão cansados. O meio-campo tricolor esteve bem apagado. Conca foi bem marcado a partir da metade do primeiro tempo. A partir daí, pouco fez. Souza não fez uma boa partida. A nossa defesa, mais uma vez, foi mal, tendo como agravante a presença de André Luís substituindo Leandro Euzébio, machucado. No lance mais polêmico do jogo, ainda no primeiro tempo, a jogada teve início com uma bola em profundidade para Salcedo, nas costas do zagueiro, que felizmente se redimiu no lance, salvando a bola em cima da linha (a bola não atravessou completamente - mesmo que não toque fisicamente, a sua projeção não pode tocá-la). Extremamente lento, André Luís não é jogador para o Fluminense Football Club. Contudo, o lance mais lamentável da defesa do Flu foi o primeiro gol do jogo, marcado pelo baixinho Niell, de cabeça, com seus gigantescos 1,62 m. Sim, de cabeça! Carlinhos, que cometeu a falta que deu origem ao gol, também falhou na marcação e permitiu o cabeceio do meia do Argentinos. Lamentável! O primeiro tempo chegou ao fim com uma surpreendente derrota no Engenhão.

O Fluminense voltou do intervalo com bem mais vontade do que no primeiro tempo. Realizou uma "blitz" pra cima do Argentinos. Na pressão, Carlinhos, que a despeito da falha no gol do adversário foi muito bem no apoio, cruzou na medida para Rafael Moura cabecear firme para o gol, contando com falha do bom goleiro Navarro. Apesar da falha, Navarro já tinha feito uma bela defesa em cabeçada contra do zagueiro de seu próprio time e salvou, depois do gol do Flu, um lindo chute de Mariano. Quando o Flu era melhor na partida, o Argentinos novamente ficou na frente, em uma jogada que contou com a contribuição valiosa de André Luís. O zagueiro perdeu a bola para Salcedo pela direita e depois ainda levou um drible da vaca, permitindo o cruzamento. Cavalieri também falhou, não conseguindo sair do chão para cortar o cruzamento, e Niell cabeceou sozinho, já que Gum se atrapalhou na marcação no lance. Falha generalizada na defesa tricolor. Felizmente, não houve tempo para lamentação, pois o He-Man novamente empatou o jogo, dessa vez após cruzamento de Mariano. A virada tricolor por pouco não aconteceu. Cheguei a comemorar gol no chute de Marquinho após cruzamento de Mariano. A cabeçada de Conca também passou perto. Contudo, o time argentino soube cozinhar bem os minutos que restavam e conseguiu voltar para sua terra com um precioso ponto conquistado fora de casa. Ao Fluminense, não resta mais o direito de vacilar em casa. Contra o Nacional-URU, no dia 23, só a vitória importa. Abre o olho, Flu!

Os quase 16 mil presentes está longe de ser um público aceitável na estréia na Libertadores. Sabe-se que o preço salgado do ingresso não colabora de forma alguma e se tem noção da dificuldade de ir ao Engenhão em plena quarta-feira à noite, mas em uma competição como essa precisamos de número. Além disso, precisamos principalmente de apoio incondicional, e as vaias do jogo passado para o goleiro Diego Cavalieri muito me decepcionaram. Não era o momento ideal para criticar o nosso camisa 1. O time precisava ser apoiado para superar o mau momento, e não ter um dos seus jogadores vaiado.

Sentiremos o gosto amargo do empate do dia 9 por 15 dias. Somente no dia 23 voltaremos a jogar pela Libertadores, dessa vez contra o Nacional-URU em casa. Depois do tropeço de quarta, vencer, mais do que nunca, tornou-se uma obrigação. Até lá, enfrentaremos o Madureira no domingo, com um time misto, para evitar possíveis desfalques para a semifinal da taça Guanabara, que provavelmente também será realizada antes do dia 23. Como dificilmente o Botafogo tropeçará contra o Macaé, o Flu deve ser o segundo do grupo B e enfrentará o Flamengo, de Ronaldinho Gaúcho e Thiago Neves. Esse Fla-Flu promete! Entretanto, lembremos: um jogo de cada vez. Nosso próximo encontro é domingo, após a partida! Até!

Saudações Tricolores

domingo, 6 de fevereiro de 2011

O peso de uma má arbitragem

Guerreiros, faltam-me palavras para descrever o imenso nojo que sinto. Eu voltei para casa do jogo completamente desiludido em relação a futebol. Depois do jogo de hoje, não creio que haja justiça nessa modalidade esportiva. O que vimos hoje foi completamente ridículo, lamentável. Não me lembro de ter visto arbitragem tão tendenciosa desde a final da Libertadores da América em 2008. Nunca vi uma arbitragem construir tão claramente um resultado como hoje. Vergonhoso!

O Fluminense jogou bem. Como a maioria dos clássicos, a partida estava equilibrada, até Renato Cajá se impor. Em falta boba cometida por Carlinhos em Alessandro, Cajá cobrou com perfeição, sem chances para Cavalieri, que quase chegou a tempo. Pouco tempo depois, o meia botafoguense chutou no travessão. O Flu reagiu, com uma tabela feita por Fred e Mariano, na qual o nosso camisa 2 foi parado por Jefferson, que colocou a bola para escanteio. Logo em seguida, em cobrança de escanteio (que não foi o gerado pelo chute de Mariano), He-man, em sua estréia, cabeceou com estilo para o gol e empatou o jogo. Pelo que vi, parece mesmo estar disposto a apagar a triste passagem pelas Laranjeiras 4 anos antes. Aos 40, Valencia, substituto de Diguinho, ausente devido ao nascimento de sua filha, chegou atrasado em uma disputa de bola (na verdade, parece que o volante sequer encostou no adversário) e recebeu o segundo amarelo, sendo expulso. Com a vantagem numérica, o Botafogo levou perigo mais uma vez, com o inspiradíssimo Cajá acertando novamente o travessão. A bola quicou em cima da linha, e os botafoguenses pediram gol. Entretanto, ela não ultrapassou totalmente a linha do gol, ao contrário do chute de Rafael Moura, após cobrança de falta de Souza. Jefferson tirou de dentro do gol, e a virada tricolor foi corretamente assinalada. No final do primeiro tempo, Marcelo Mattos chegou atrasado em Conca e foi expulso pela entrada violenta. O jogo foi para o intervalo com nova igualdade numérica.

Na volta do intervalo, logo ao começo do segundo tempo, Loco Abreu, impedido, foi puxado por Rafael Moura dentro da área, e o árbitro marcou pênalti. Um equívoco, já que o impedimento não foi assinalado. Na cobrança, cavadinha do Loco e defesa de Cavalieri, que ficou no meio do gol. Se já não bastasse o erro nesse lance, Gutemberg de Paula Fonseca marcou outro pênalti, assinalando empurrão de Edinho em Bruno, do Botafogo, em um lance normal. O jogador alvinegro chutou totalmente desequilibrado, prensado por Edinho, e Gutemberg considerou que o braço do volante foi o responsável pelo ridículo chute. Não foi absolutamente nada. Desse vez, Abreu não desperdiçou. O gol de empate do Botafogo em um pênalti que não existiu fez o time tricolor perder o equilíbrio. Os jogadores ficaram visivelmente nervosos com o erro, e, com o Flu ainda atordoado, Renato Cajá, o nome do jogo, fez um passe espetacular, rasgando a defesa do Flu e deixando Herrera na cara de Diego Cavalieri para virar o jogo. Contudo, o Fluminense continuou tentando chegar ao empate de qualquer maneira e teve boas oportunidades com Araújo e Carlinhos, duas vezes, todas defendidas por Jefferson. Excelente atuação do goleiro do Botafogo. O pior, entretanto, ainda estava por vir: ao final do jogo, o juiz assinalou 3 minutos de jogo e encerrou a partida aos 46 e meio! Sinceramente, não dá para entender. Será que tudo isso é apenas "erro", apenas incompetência? Ao meu ver, estão querendo que Botafogo e Flamengo cheguem à final. Cabe ao Flu abrir o olho se for realmente o segundo do grupo e for enfrentar o Flamengo na semifinal. "Erros" como esse podem facilmente voltar a acontecer, ainda mais contra o time da mídia. Hoje ficou bastante claro o peso que uma má (incompetente ou má intencionada, julguem como quiserem) arbitragem pode ter em uma partida. Decidiu o clássico.

Agora a atenção está voltada para o jogo de quarta. Estamos a 3 dias da estréia na maior competição do continente. Rafael Moura, o He-man, que anotou dois gols na sua estréia, provou que está pronto para substituir Fred contra o Argentinos Jrs. Felizmente, teremos a volta de Diguinho, que fez muita falta hoje. É hora de esquecer o tropeço diante do Botafogo e focar na missão de 2011: pintar a América de verde, branco e grená. Tricolores, vivos ou mortos, doentes ou sadios, têm de ir ao Engenhão. Na quarta, este blog terá sua primeira postagem sobre um jogo na Libertadores da América. Que seja sobre uma vitória, para começar a competição com o pé direito! O sonho, adiado em 2008, pode-se realizar neste ano.

Saudações Tricolores

sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

É o Fred! É o Fred! É o Fred! É o Fred! É o Fred!

Guerreiros, no post passado, eu falei que o Flu teria uma chance de ouro na partida de ontem, e nosso time não a deixou escapar, classificando-se para a semifinal. O Fluminense é o primeiro colocado do Grupo B da Taça Guanabara, e o grande responsável por isso, sem dúvidas, chama-se Frederico Chaves Guedes, o Fred. Nosso camisa 9 foi impecável até agora no Campeonato Carioca, e seu grande desempenho na competição o deixou ontem completamente isolado na artilharia, com 8 gols em 5 jogos. Esse excelente início de ano do atacante dá aos torcedores grande esperança acerca da sua contribuição para o sucesso da equipe. Com Fred em campo, jogando o que vem jogando, o Fluminense é outro. Que este seja o seu ano no Fluminense, Fred!

O Duque de Caxias foi guerreiro. Deu bastante trabalho ao Flu, e o jogo só foi decidido na metade do segundo tempo. O goleiro Fernando merece ocupar o posto de melhor em campo com Fred, apesar dos três gols sofridos. Foi uma verdadeira muralha e salvou o Duque de Caxias em muitas oportunidades. No primeiro tempo, a equipe levou bastante perigo à meta de Diego Cavalieri em contra-ataques. O nosso goleiro nos salvou em duas oportunidades: a primeira delas, mais por demérito do atacante adversário, foi em um chute dentro da pequena área após cruzamento de Somália; a segunda foi realmente brilhante, ao defender um chute de Lenilson. Enquanto isso, o Flu, melhor na partida, perdia gols. Carlinhos, em linda jogada, esbarrou na trave após passe magistral de Conca (que começou jogando a partida a fim de ganhar ritmo de jogo para a estréia na Libertadores na próxima quarta-feira). A trave também parou Araújo, que estreou hoje no Flu. O nosso camisa 10, aliás, perdeu outra oportunidade, quando errou o tempo da bola e furou depois de outro passe do argentino. Fernando ainda defendeu uma bomba de Souza no fim do primeiro tempo. Apesar do domínio do Flu, a falta de pontaria tricolor acarretou um empate sem gols. Um 0 a 0 bem movimentado.

Na segunda etapa, o Duque começou assustando o Fluminense, mas o Tricolor foi quem abriu o placar. A estrela de Fred começou a brilhar na partida. Araújo tomou a bola e cruzou na medida pra o nosso artilheiro emendar de primeira. Contudo, o grande problema do Fluminense nesse início de temporada, o sistema defensivo, voltou a aparecer. Em falta cobrada pelo Duque, Marlon cabeceou livre, encobrindo Diego Cavalieri. Apesar do vacilo do goleiro, indeciso no lance, segundo as palavras do próprio Muricy, o principal culpado foi Edinho, que participou da barreira em vez de ir à área, permitindo que Marlon recebesse livre de qualquer marcação. Felizmente, nosso treinador tem observado os erros da defesa e, com certeza, fará de tudo para corrigi-los. O Flu seguiu em busca da vitória e teve boas oportunidades com Fred e com Conca, este parando no goleiro Fernando. Aos 28, Conca deixou o artilheiro na cara do gol, e ele não desperdiçou. Uma nova chance de gol foi perdida após cabeçada muito perigosa de Willians, que, mais uma vez, entrou bem numa partida, e Fernando salvou o Duque em chute de Souza numa linda tabela com Fred. Por fim, aos 45, em jogada individual, o artilheiro driblou o marcador e chutou forte de esquerda, selando o placar. Mais uma excelente exibição dele e mais uma vitória tricolor.

Novamente, o problema do Flu foi a defesa, que tomou 6 gols nos 5 primeiros jogos do Campeonato Carioca, todos contra times pequenos, um dado bastante preocupante tendo em vista o adversário do próximo jogo e a estréia na Libertadores quarta. Fred dispensa comentários. Melhor atacante do Brasil. Amarelinha nele! Conca, voltando ao time como titular, provou que já está pronto para voltar a assumir o seu papel de maestro do Fluminense. Souza jogou muito bem, participando ativamente da marcação e sendo bastante efetivo na criação de jogadas e nas bolas paradas.

Quanto à arbitragem, esteve muito bem no jogo. Não cometeu erros relevantes. Só me recordo do impedimento assinalado de Araújo, em posição difícil de ser analisada, o qual, para mim, pareceu estar na mesma linha do último homem do Duque. Contudo, não há nenhum motivo para criticar o bandeirinha por isso.

Com 15 pontos, o Fluminense está matematicamente classificado para a semifinal. Domingo é dia de clássico Vovô no Engenhão. O Botafogo, devido ao tropeço diante do Bangu, perdeu a liderança para o Flu e ainda não está classificado, podendo até ficar ameaçado se perder a próxima partida, e o Bangu ganhar (Ficaria com 13 pontos, e o Bangu, com 11, e a classificação seria decidida no último jogo da fase de grupos), embora dificilmente perderá do Macaé na 7ª rodada. Quanto ao Flu, volto frisar a importância de conseguir manter o primeiro lugar do grupo, já que, teoricamente, o trabalho na semifinal será facilitado, pois há grandes chances de enfrentar um dos times pequenos. Enfim, temos a promessa de um grande clássico no domingo. O tricolor que mora no Rio e não for ao jogo, com certeza, perderá uma grande partida! Que o Flu vença o clássico, e saiamos do jogo mais líderes do que nunca!

Saudações Tricolores

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

A chance de ouro

Guerreiros, o Fluminense manteve os 100% de aproveitamento no Campeonato Carioca de 2011. Considerando que os quatro adversários que enfrentou até o momento foram clubes de pequena importância no âmbito nacional, o nosso Tricolor não fez mais do que sua obrigação. Contudo, a exibição no último jogo, com certeza, não agradou a nós, torcedores, devido, principalmente, à nossa zaga, que abusou nas falhas. Felizmente, nosso técnico é Muricy Ramalho. "Temos que melhorar em todos os setores". Com ele não tem folga! Acorda, Fluminense! Não dá para continuar vacilando assim no futuro!

Logo no começo da partida, em jogada ensaiada, Souza cobrou falta pela direita tocando para Fred, no meio da grande área, de primeira, chutar colocado e abrir o placar no Moacyrzão. O Fluminense era tranquilo, aproveitava-se da enorme diferença técnica entre as duas equipes e não parecia longe de marcar o segundo. A Cabofriense, pior time do campeonato até então, não conseguia ameaçar o Tricolor. Contudo, o Fluminense ficou tranquilo até demais. A equipe se apagou em campo, passou a errar demais e, com isso, deu espaço para o time de Cabo Frio, que cresceu diante da zaga do Flu, a qual, com certeza, esteve em um dia para ser esquecido, principalmente devido à atuação de André Luís, que substituiu Gum, ausente por dores no púbis. André Luís sofreu um drible da vaca que quase resultou em gol da equipe adversária, se não fosse Diego Cavalieri. No gol de empate da Cabofriense, Leandro Euzébio deu o bote errado, André Luís (de novo ele) apenas olhou enquanto Carlinhos marcava Capixaba, que conseguiu dominar e vencer Cavalieri. O camisa 3 do Flu também se enrolou com a bola, no segundo tempo, e ela sobrou para Diego Salles, que sofreu pênalti logo em seguida. Virada da Cabofriense em cima do campeão brasileiro. Com a vantagem no placar, a Cabofriense recuou e chamou o Flu para o jogo. André Luís, em cobrança de escanteio de Souza, o rei das bolas paradas, empatou, fazendo o seu primeiro gol desde a volta ao Flu em 2010. Nada que apagasse o seu mau desempenho na partida. Posteriormente, com a expulsão do técnico Waldemar Lemos e do zagueiro Allyson, o jogo ficou fácil para o Fluminense. Com a substituição de Souza pelo veloz Willians, que vem entrando muito bem nas partidas, o Flu definiu o jogo. Foi do meia o passe para o terceiro gol do Flu e o segundo de Fred, que se tornou o artilheiro da competição. Willians também foi premiado pelos recentes bons desempenhos com um gol após cruzamento de Marquinho, o seu primeiro pelo Time das Três Cores que Traduzem a Tradição. Com mais uma vitória na bagagem, apesar de ter jogado mal, o Flu terminou a 4ª rodada da Taça Guanabara empatado com o Botafogo na primeira colocação, perdendo no saldo de gols (11 a 9).

Quanto aos jogadores, o destaque da partida foi, sem dúvidas, mais uma vez, Fred, em ótima forma, mostrando para todos que é o melhor atacante do Brasil quando está em campo. Não poderia deixar de lembrar os gols incríveis perdidos por Tartá e Rodriguinho, gols que nem em pelada se costumam perder. O jogo de domingo marcou também a volta do maestro Conca ao Flu, submetido a uma artroscopia no final do Campeonato Brasileiro. A pior exibição foi, sem dúvidas, a de André Luís, que falhou nos dois gols do adversário e em outros tantos lances (levou até um lindo drible de letra), apesar de ainda ter anotado um gol de cabeça.

Amanhã enfrentaremos o Duque de Caxias, no Engenhão, bastando uma vitória simples para assumirmos a liderança do grupo B (o Botafogo empatou por 1 a 1 com o Bangu hoje). Vale lembrar que o primeiro lugar do grupo é importantíssimo, pois o mais bem colocado enfrentará, muito provavelmente, um dos times considerados pequenos do campeonato nas semifinais da Taça Guanabara. Além da primeira colocação, o Flu garante a classificação se vencer a partida, outro fator muito relevante se recordarmos que a Taça Libertadores da América, principal objetivo tricolor na temporada, inicia-se na quarta que vem. Não desperdicemos essa chance de ouro! Vençamos mais uma, Time de Guerreiros! Até amanhã!

Saudações Tricolores