domingo, 25 de julho de 2010

Empate amargo

Guerreiros, hoje o sentimento foi de frustração após o Clássico Vovô no Engenhão. O empate não foi um bom resultado para ambos os times: o Fluminense perdeu a 1ª colocação para o Corinthians, e o Botafogo ficou na zona de rebaixamento. Felizmente, na próxima rodada, jogaremos em casa, e o Corinthians enfrentará o Palmeiras em um clássico regional. Assim, quem sabe, poderemos retomar a liderança no sábado que vem.

O empate não foi um resultado justo. Merecemos perder. O Botafogo foi muito superior. Teve mais volume de jogo, finalizou muito mais, deveria ter sido o vencedor do confronto. Para a nossa felicidade, Fernando Henrique estava em um dia inspirado e fez excelentes defesas, salvando-nos, inclusive, em um bisonho chute de Diogo, que, se não fosse o excelente reflexo e a agilidade com os pés de nosso arqueiro, teria feito um gol contra. Aquele, sim, jogou muito mal. Aliás, não só Diogo, mas todo o nosso sistema defensivo. Belleti, que estreou nessa partida, não foi bem, mas não merece crítica alguma. É notório que está fora de forma. Não conseguiu acompanhar e marcar os jogadores alvinegros. Esperemos mais algum tempo para avaliá-lo, quando tiver em melhores condições físicas. Conca, novamente, esteve bastante sumido, e, assim, com o nosso camisa 11 desinspirado, o Tricolor pouco criou, e foi dominado pelo Botafogo, como tinha sido dominado pelo Cruzeiro e pelo Santos, nas duas partidas anteriores.

Novamente, apresentamos um futebol sofrível. Muita gente já encontrou um culpado: o esquema tático. O 3-5-2 só nos foi adequado na Vila Belmiro, quando foi fiel à proposta de jogo escolhida por Muricy. Contudo, o 3-5-2 tem dias contados. Pelo menos no próximo jogo, provavelmente será utilizado o 4-4-2, devido à suspensão de Gum, a não ser que Muricy queira lançar Cássio na vaga disponível. Espero que esse 4-4-2 volte a funcionar bem, como vinha dando certo antes da pausa para a Copa do Mundo, e o Fluminense apresentava um futebol objetivo e eficiente. Espero, principalmente, que Muricy abra mão do 3-5-2 definitivamente como esquema principal da equipe.

O destaque tricolor na partida foi Emerson. O Sheik mostrou muita vontade e foi premiado com um gol. Premiado mesmo, já que a reposição de bola errada de Jefferson nos pés de Fred foi realmente um presente do goleiro botafoguense, que foi diblado por Emerson logo em seguida e viu o Flu abrir o placar no Engenhão. Do lado alvinegro, o destaque foi Edno, que se movimentou bastante, levou muito perigo a Fernando Henrique e acabou participando ativamente da jogada do gol do Botafogo. Quando Renato Cajá cruzou, Edno tentou cabecear a bola, mas não o fez, enganando o nosso goleiro e contribuindo para que a bola morresse no fundo das redes.

Quanto à arbitragem, o juiz Rodrigo Nunes de Sá, por vezes, perdeu o controle do jogo, mas acertou nas expulsões de Somália, Danny Morais e Thiaguinho, que me parece ter entrado no clássico só para ser expulso. A falta de pulso do árbitro contribuiu para que ocorressem diversas confusões entre os jogadores tricolores e botafoguenses no decorrer da partida. Um dos auxiliares errou feio ao invalidar um lance de ataque alvinegro que tinha grandes chances de resultar em gol, gerando revolta em muitos botafoguenses.

Fred se lesionou mais uma vez. Serão 20 dias sem nosso artilheiro. É enorme a falta que Fred faz ao Fluminense. É um líder dentro de campo, a referência do time e a grande preocupação da zaga adversária. Resta saber como iremos nos comportar sem ele. O substituto deve ser Alan.

Sábado, é a vez de enfrentarmos o Atlético-PR no Maracanã. Façamos valer o mando de campo e vamos em peso ao estádio para lutar, mais uma vez, pela liderança do Campeonato Brasileiro. Que esse seja o espírito até o fim da competição.

Saudações Tricolores

O Dia do "Fico" tricolor

Sexta-feira, acordei e, ao abrir, costumeiramente, os diversos sites esportivos, deparo-me com uma notícia que falava de uma reunião entre Muricy e Ricardo Teixeira, presidente da CBF. O nervosismo tomou conta não só de mim, mas de toda a torcida tricolor. Depois de passar a semana lendo e ouvindo reportagens que apostavam em Mano Menezes como o provável técnico da seleção brasileira, muitos de nós tínhamos ficado tranqüilos quanto à permanência de Muricy no comando do Fluminense. Engano nosso. Muricy foi convidado por Teixeira para um café-da-manhã na manhã de sexta e recebeu o convite para ser o técnico do Brasil. Oportunidade única. Todos sabemos que treinar a seleção é o sonho de qualquer treinador, jogador ou profissional ligado ao futebol. É o ápice. O topo da carreira. Muricy aceitaria, mas antes tinha de falar com o Fluminense. E, para a alegria da torcida tricolor, o Flu bateu o pé. Muricy não sairá do Flu até cumprir o seu contrato. Palavras de Celso Barros, o homem-forte tricolor, presidente da Unimed.

Como foi dito por muitos jornalistas e comentaristas de futebol, a permanência de Muricy Ramalho nas Laranjeiras provou, mais uma vez, o descaso de Ricardo Teixeira para com a seleção brasileira. Teixeira só procurou conversar com o seu escolhido para assumir o time verde-amarelo no dia em que havia prometido anunciar o novo técnico. Provavelmente achou que bastaria chamá-lo que ele viria correndo para a seleção, sem maiores complicações. Contudo, esqueceu que havia o Fluminense, com seus projetos, investimentos e objetivos. Com o seu novo planejamento, desejado pela torcida tricolor há vários anos. Esqueceu também que Muricy é um homem de palavra, que honra os seus contratos até o fim. O técnico é do Flu até 2011 e já se havia comprometido com a diretoria a renovar por mais dois anos, até 2012. O comandante tricolor mandou um representante conversar com a diretoria tricolor, que optou por não liberá-lo. E ficou assim. Pensem comigo: por que Muricy não falou pessoalmente com os dirigentes tricolores, se queria tanto assumir a seleção? Não seria mais persuasivo se ele mesmo anunciasse a sua vontade aos nossos comandantes? Todos nós sabemos que a CBF têm seus problemas. Muricy, como todo bom conhecedor de futebol, também sabe. Conhece as dificuldades. Conhece a pressão. Conhece Ricardo Teixeira. Questiono se esses problemas, além da sua palavra, também não o teriam confundido na hora de tomar uma decisão final.

Segundo informações de um renomado site esportivo (agora não tão considerado assim por mim, depois de anunciar Muricy como técnico da seleção brasileira antes do anúncio oficial, um erro grosseiro e amador), o contrato do Flu com o tricampeão tinha uma cláusula que permitia a sua saída em caso de convite da CBF. Se for mesmo verdade, apesar disso, o treinador preferiu cumprir sua palavra e ficar. Ponto para Muricy Ramalho, que ganhou total confiança da torcida tricolor (mais do que já tinha) e o nosso profundo respeito. E Ricardo Teixeira, mais uma vez, mostrou todo a sua irresponsabilidade na presidência da CBF. Garantir um técnico, antes mesmo de falar com o clube em que ele trabalha, mostra isso.

O Fluminense e sua torcida estão atentos para possíveis retaliações da CBF. Há quem diga que, com esse episódio, o Tricolor não tem mais possibilidades de ser campeão brasileiro. Nós, torcedores, dizemos a essas pessoas: se pretendem nos tirar o sonho do bicampeonato, vão ter de batalhar muito. O Time de Guerreiros não vai abaixar a cabeça. A torcida está com eles. Muricy Ramalho tem o apoio incondicional dos apaixonados pelo Fluminense e da cúpula tricolor. Mais tarde, tem mais uma batalha para o Flu. Clássico Vovô, Botafogo sem vencer a sete rodadas. Jogo fácil? Jamais. Esse tipo de jogo é o mais perigoso. Estaremos atentos. Pela primeira vez no campeonato, defenderemos a liderança. Defenderemos com a alma e com o coração.

Saudações Tricolores

sexta-feira, 23 de julho de 2010

Enfim, líder

Amigos, ontem, depois de 4 anos, voltamos a sentir o sabor de liderar o Campeonato Brasileiro. E como é bom ser o primeiro lugar! Como é bom saber que só dependemos de nós mesmos para sermos campeões! Há tempos, nós, guerreiros que somos, merecemos isso. O Fluminense merece voltar a viver os seus dias gloriosos. Merece voltar a ser o Fluminense Football Club de outrora. O Fluminense que todos admiram pela sua grandiosa história. Contudo, guerreiros, pé no chão. O Campeonato Brasileiro chega a sua 10ª rodada. Ainda faltam mais 28 para que ele chegue ao fim. Há muito o que ser trabalhado, e erros a serem corrigidos a cada rodada. Felizmente, contamos com Muricy Ramalho, técnico conhecedor dos atalhos para se vencer o Campeonato Brasileiro. Muricy é fundamental para a conquista do bicampeonato. Tão fundamental quanto a permanência do espírito de luta dos nossos jogadores. Tão importante quanto não nos deixarmos levar por esse oba-oba que cerca o Fluminense. Humildade sempre. Essa é a receita para o sucesso.

O Fluminense ganhou a partida de quinta-feira, que lhe valeu a liderança, na raça. As palavras de Fred, ao intervalo, traduziram muito bem a primeira etapa do jogo: o Cruzeiro dominou o Fluminense. O time mineiro teve bem mais volume de jogo e levou mais perigo ao gol de FH. Contudo, o Tricolor ainda teve grandes chances de abrir o placar com Carlinhos, Gum e Leandro Euzébio. Durante boa parte do primeiro tempo, Gilberto foi o maestro do Cruzeiro e o homem do jogo. Sob frouxa marcação, sempre encontrava espaço para criar oportunidades que atrapalhassem o Tricolor de alcançar o seu objetivo. Para o nosso alívio, teve de sair de campo, e com Marquinhos Paraná, o Cruzeiro perdeu em qualidade técnica e ofensividade. Não poderia deixar de falar também de Rômulo. O lateral celeste deitou e rolou pela direita. Pareceu-me, à primeira vista, um grande jogador. É uma pena que o Flu não o tenha contratado.

No segundo tempo, o Cruzeiro continuou melhor na partida, mas, quando Conca cobrou escanteio, Leandro Euzébio, livre de marcação, cabeceou no canto do goleiro Fábio e fez o gol da partida, fazendo o Maracanã tremer, e a torcida enlouquecer e cantar como nunca. A partir daí, o Fluminense recuou, em busca de liquidar a Raposa em um contra-ataque fatal, mas esbarrava em erros de passes e tinha Fred e Conca apagados no jogo. Ao apito final, finalmente, pudemos comemorar a liderança (diga-se de passagem, com muitos méritos, devido à bela campanha que estamos fazendo). Agora, contamos com o nosso técnico tricampeão brasileiro para que o seu lema de "Isso aqui é trabalho!" continue sendo seguido. Contamos com a garra dos nossos guerreiros que entram em campo. Contamos com a voz dos nossos guerreiros nas arquibancadas. O Fluminense somos nós. Diretoria, comissão, técnica, jogadores. A voz é só uma. O desejo é só um. O sonho é só um. Rumo ao bicampeonato.

Saudações Tricolores

quarta-feira, 21 de julho de 2010

108 anos de Força, Glória e Tradição

No dia 21 de julho de 1902, Oscar Cox, em uma reunião com outras 20 pessoas, fundou o Fluminense Football Club. Fundava-se um clube predestinado a glória. Fundava-se um clube imortal, capaz de enfrentar as maiores adversidades e retornar como protagonista no cenário nacional. Fundava-se a paixão de milhões de fanáticos. Fundava-se a minha paixão.

São 108 anos em que presenciamos conquistas, alegrias, emoções, decepções, humilhações, tristezas. 108 anos verdes como a esperança, grená como o sangue do encarnado e branco como o sol da manhã. Do pioneirismo no futebol, chegando ao topo no cenário esportivo mundial, indo ao fundo do poço e ressurgindo para uma final de Libertadores. São sensações únicas, que só o Fluminense Football Club é capaz de proporcionar aos seus adeptos. Só o Fluminense consegue realizar o impossível, como foi mostrado em 2009. Só o Fluminense consegue perder o título que seria o mais importante de sua história e, ainda assim, sair aplaudido do Maracanã. Só o Fluminense é capaz de ir ao inferno e voltar, como nos foi mostrado na queda à 3ª divisão. Voltar com a grandeza que sempre carregou nesses 108 anos.

É com todo o amor, Fluminense, que te desejo os meus sinceros parabéns por tantos anos de uma história inigualável, com uma riqueza de emoções jamais vivenciadas por qualquer outro time do mundo. Como eu havia dito no post de aniversário do ano passado, estava na hora de voltarmos a pensar grande. Um clube como o Flu não pode lutar ano a ano contra o rebaixamento. Parece que fui ouvido, finalmente. Neste ano, o segundo título brasileiro pode deixar de ser apenas um sonho longínquo e se tornar realidade. Após 26 anos, os torcedores poderão sentir novamente o gosto de conquistar o maior troféu nacional. Muitos desses guerreiros que te acompanham, Flu, inclusive, nem sequer sabem qual é esse sabor. Amanhã teremos outra chance de assumir a liderança do campeonato. Esperamos que, dessa vez, não tropecemos e ganhemos a primeira parte desse merecido presente de aniversário. Afinal, todos nós, torcedores, aniversariamos no dia 21 de julho, pois o Fluminense Football Club vive na alma de cada um de seus amantes. Que, a cada rodada, conquistemos mais uma porção desse presente e, ao final do campeonato, reunamo-nas para tê-lo por completo, podendo, enfim, comemorar o título de campeão brasileiro de 2010. Você merece, Fluminense. Nós merecemos. Esse capítulo vitorioso, em breve, engrandecerá ainda mais a nossa gloriosa história. Orgulho de Ser Tricolor.

Saudações Tricolores

segunda-feira, 19 de julho de 2010

Mais uma vez, guerreiro

Amigos, ontem Santos e Fluminense fizeram, na Vila Belmiro, um jogo espetacular. O Santos mostrou o porquê de ser considerado o melhor time do Brasil. O quarteto formado por André, Neymar, Robinho e Ganso é mortal. Passes rápidos e precisos, velocidade e boa finalização semeiam pânico na defesa adversária. Contudo, a do Flu se manteve firme. O Fluminense foi à Vila, não levou gols e ainda voltou com um de saldo, marcado por Alan depois dos 30 minutos do segundo tempo. Mais uma vez, o Fluminense Football Club provou ser o "Time de Guerreiros", e, com a derrota do Ceará para o Internacional no Beira-Rio por 2 a 1, assumiu a vice-liderança da competição.

Muricy, conhecendo a força do adversário, mudou o esquema tático da equipe antes da partida, deixando de lado o tradicional 4-4-2 com duas linhas de 4 por um 3-5-2 com dois volantes e Conca na armação (sacou Marquinho e colocou mais um zagueiro, Leandro Euzébio, no time titular). Foi a solução encontrada pelo técnico para suportar a força do Santos na Vila. Como previsto, a pressão santista foi enorme. Tiveram mais posse de bola e criaram mais oportunidades de gol, desperdiçando, por vezes, chances incríveis de marcar. Muitos irão dizer que a vitória tricolor foi um puro golpe de sorte. Contudo, não se deve esquecer que, além de sorte, é preciso competência, e isso o Fluminense teve de sobra na partida de domingo. É verdade que nosso time errou muitos passes banais e desperdiçou inúmeros contra-ataques, mas o time tricolor, raçudo, fez uma excelente jogo de acordo com a proposta de Muricy e saiu da Vila com os 3 pontos.

Enquanto vivemos a expectativa da saída ou não de Muricy para a Seleção Brasileira (acredito que ficará no Flu), preparamo-nos para a confronto de quinta-feira, contra o Cruzeiro, no Maracanã. Desde 2006, o Tricolor não vence a Raposa no Mário Filho. Empatou por 2 a 2 em 2007, perdeu por 3 a 1 em 2008 e empatou por 1 a 1 em 2009. Está na hora de mais um tabu ser quebrado. Avante, Fluzão!

Saudações Tricolores

sexta-feira, 16 de julho de 2010

A bola pune

A bola pune. Essa foi uma das frases ditas por Muricy Ramalho na entrevista coletiva após o jogo de ontem entre Fluminense e Grêmio Prudente no Maracanã, e, por concordar inteiramente com ela, essa sentença será o título deste post.

Nenhum torcedor tricolor tinha dúvidas a respeito do vencedor do jogo de hoje. O cenário era o ideal para uma vitória com "vê maiúsculo". Torcida em bom número no Maracanã fazendo uma bela festa nas arquibancadas, nosso time motivado jogando em casa, enfrentando um adversário fraco que estava na zona de rebaixamento... Parecia ser o dia de, finalmente, conquistar o primeiro lugar do campeonato. Parecia.

Com um início massacrante, o Fluminense empurrou o Grêmio Prudente para as lonas e, em uma cobrança de falta de Conca, Fred cabeceou com beleza, força e precisão, fuzilando a rede adversária. Todos nós pensamos que as portas estavam abertas para uma goleada. E realmente parecia. O Fluminense desperdiçou uma oportunidade atrás da outra no primeiro tempo. Eu cansei de repetir isto durante a partida: "1 a 0 é um placar perigoso. É preciso fazer outro gol para liquidar de vez o adversário." É, infelizmente, eu estava certo.

Veio o segundo tempo, e continuávamos esperando o gol que selaria a tão esperada vitória, mas, novamente, nosso time insistia em perdê-lo. E pior: passou a cometer erros bobos no meio-campo. Em um contra-ataque do Prudente, proporcionado por um dos muitos passes errados que caracterizaram a displicência do Flu nos últimos 45 minutos da partida, Wesley ficou cara a cara com FH e empatou o jogo, transformando uma vitória fácil que garantiria o primeiro lugar do Brasileirão ao nosso time em uma frustração sem tamanho.

Juro que passei a primeira meia hora após o apito final lamentando esse resultado medíocre. Com somente duas finalizações durante os mais de 90 minutos do jogo, o Grêmio Prudente conseguiu empatar uma partida que já estava ganha. Lamentável. Quem quer ser campeão não pode jogar dois pontos no lixo dessa maneira. Espero que o time aprenda isso e não volte a repetir esse mesmo erro futuramente. O sonho do bicampeonato brasileiro ainda vive em todos os tricolores, e todos nós sabemos que podemos realizá-lo neste ano. Domingo, teremos uma árdua batalha contra o Santos na Vila Belmiro. Quem sabe não consigamos fazer uma molecagem com os talentosos Meninos da Vila e recuperar os dois pontos que perdemos no Maracanã. Quem sabe. Eu não duvido do Fluminense Football Club.

Saudações Tricolores

sexta-feira, 9 de julho de 2010

Um ano em poucas palavras - 2008

Amigos, aqui está a continuação da série iniciada no post anterior. Espero que gostem!

Resumo: 2008 era o ano mais importante da história do Fluminense Football Club. Após 23 anos, o Tricolor voltava a disputar a Libertadores da América, a mais importante competição internacional da América. Por isso, foram maciços os investimentos de diretoria e patrocinador para que fosse montado um time forte o suficiente a fim de levar a tão sonhada taça para Álvaro Chaves. No Carioca, novamente o Flu desapontou, sendo eliminado duas vezes pelo Botafogo, e viu o seu arqui-rival Flamengo conquistar o bicampeonato e conseguir igualar o número de títulos cariocas da Sala de Troféu das Laranjeiras.

Na Libertadores, o foco de todo o planejamento tricolor, a história precisava ser diferente. O Fluminense pareceu não tomar conhecimento de ter caído no chamado "Grupo da Morte" da competição e atropelou seus adversários, garantindo-se nas oitavas-de-final da competição como o melhor primeiro classificado da fase de grupos. Apesar de não ter jogado bem nas oitavas, venceu duas vezes o Atlético Nacional (Colômbia) e passou às quartas, nas quais enfrentaria o São Paulo. Após perder o jogo de ida por 1 a 0 no Morumbi, o Fluminense fez uma das partidas mais emocionantes da sua história, classificando-se dramaticamente aos 46 minutos do segundo tempo com uma cabeçada de Washington em meio a três marcadores são-paulinos. Nas semifinais, o adversário foi o campeão da edição anterior, Boca Juniors. No primeiro jogo, empate por 2 a 2 na Argentina. No jogo da volta, o Tricolor fez uma outra partida para ser sempre recordada, vencendo de virada por 3 a 1, com show de Dodô, que participou dos três gols que garantiram a equipe na tão sonhada final. Infelizmente, o repetido 3 a 1 no Maracanã não foi suficiente para dar o inédito título a quem mais merecia. Apesar de, no jogo mais triste, mas mais importante da história do clube, o Flu vencer por 3 a 1 com três gols de Thiago Neves, o resultado não garantia o título no tempo normal para o clube. No primeiro jogo, a altitude foi o décimo segundo jogador da LDU de Quito, e o Tricolor perdera por 4 a 2. Então, no dia 2 de julho de 2008, o jogo acabou indo para aqueles fatídicos pênaltis. O resultado se repetiu nas cobranças: 3 a 1, mas para o time equatoriano, que não acabou, mas adiou o maior sonho de todos os tricolores por alguns anos. Assim, a taça, que já demonstrava querer ir repousar em Álvaro Chaves, foi levada à força para Quito.

A decepção na Libertadores afetou profundamente a moral dos jogadores, técnico e torcedores tricolores. Esse terrível pesadelo afetou o desempenho do time dentro de campo. O Fluminense caminhava a passos largos para o rebaixamento sob o comando de Renato Gaúcho. Após a demissão do técnico, assumiu, então, Renê Simões, que conseguiu resgatar a auto-estima dos jogadores e livrar, na penúltima rodada, o Tricolor da Série B, classificando-o ainda para a Sul-Americana de 2009.

5 gols marcantes:

1) Gol de Washington, Fluminense 3-1 São Paulo. Com certeza, foi um dos gols mais emocionantes da história do Fluminense Football Club. Faltando 2 minutos para acabarem os acréscimos, Washington, iluminado, cabeceou para o gol de Rogério Ceni e fez a felicidade dos milhões de tricolores espalhados por todo o mundo. Classificamo-nos para as semifinais da Libertadores pela primeira vez em 106 anos de história.

2) Gol de Conca, Fluminense 3-1 Boca Juniors. Quando Thiago Neves deu um chutão para a frente, Dodô brigou pela bola e passou para Washington, que mesmo enrolado, devolve para o Artilheiro dos Gols Bonitos. Passando entre dois jogadores do Boca, ele lança o argentino Conca, que avança e chuta cruzado para a área adversária. Entretanto, para a felicidade tricolor, a bola desvia no pé de Ibarra, tirando o goleiro Migliori da jogada e morrendo no fundo das redes. O Fluminense virava o jogo no Maracanã e, no final do segundo tempo, ainda fez mais um gol, eliminando o então campeão Boca e se classificando para a inédita final.

3) Gol de Washington, Fluminense 3-1 Boca Juniors. Até Dodô sofrer aquela falta próximo à grande área do adversário, o Boca aparentava que seria, mais uma vez, o carrasco de brasileiros na Libertadores da América. Só parecia. Washington, o Coração Valente Tricolor, cobrou com perfeição a falta no ângulo do gol defendido por Migliori e empatou a partida no Maracanã, reascendendo a esperança no coração de todos os tricolores.

4) Gol de Thiago Neves, Fluminense 3-1 LDU. Apesar de, em termos de beleza, o primeiro gol marcado pelo então camisa 10 tricolor tenha sido bem mais bonito do que o terceiro, este marcou mais os torcedores porque manteve viva a possibilidade de conquistar a Taça Libertadores.


5) Gol de Dodô, Fluminense 6-0 Arsenal. Um dos gols mais belos que já vi na vida. O Artilheiro dos Gols Bonitos fez um gol com todo o seu esplendor, um dos mais belos já vistos no Maracanã. Vale a pena recordar.

5 partidas memoráveis:

1) Fluminense 3-1 São Paulo. Um gol nos acréscimos do segundo tempo garantiu a passagem do Fluminense para as semifinais da Libertadores. Emoção até o último segundo. Realmente de arrepiar. Ficará marcado para sempre na memória daqueles que assistiram à essa partida.

2) Fluminense 3-1 LDU. Foi o jogo mais importante da história do Fluminense. A LDU começou assustando, fazendo 1 a 0, mas era o dia de Thiago Neves. Marcou os 3 gols que conduziram à prorrogação e finalmente aos pênaltis, os quais deram lugar à maior decepção da história do Fluminense Football Club.

3) Fluminense 3-1 Boca. Contra tudo e contra todos, o Fluminense conseguiu uma virada histórica sobre o gigante das Américas diante de mais de 80 mil torcedores e quebrou um tabu existente desde a época do Santos de Pelé, classificando-se para a final da maior competição sul-americana.

4) Fluminense 6-0 Arsenal. Estréia do Fluminense no Maracanã na Libertadores de 2008. No jogo da volta da utilização do pó-de-arroz, símbolo tradicional do Flu, o Tricolor aplicou uma impiedosa goleada no Arsenal, campeão da Sul-Americana de 2007, com direito a lindos gols e show de Dodô.

5) Fluminense 4-1 Flamengo. Em um duelo recheado de reservas que tinha tudo para ser um Fla-Flu banal, Thiago Neves, um dos poucos titulares do time do Fluminense, chamou a responsabilidade e decidiu o confronto, marcando 3 gols. A dança do "Créu" virou hit nas arquibancadas quando Thiago a dançou durante as comemorações dos gols que fez, provocando a torcida rubro-negra.

Os três melhores:

1) Thiago Silva - Símbolo do Fluminense. Ídolo de grande parte da torcida, o zagueiro Thiago Silva, sem dúvidas, era o melhor da posição em todo o Brasil. Comandando o sistema defensivo da equipe, o Monstro, como foi apelidado carinhosamente pela torcida tricolor, foi fundamental no vice-campeonato da Libertadores da América, marcando gol, inclusive, contra o Boca Juniors, na Argentina, no empate por 2-2 que garantiu uma importante vantagem ao Flu para o jogo de volta.


2) Thiago Neves - Durante o segundo semestre de 2007, boa parte de 2008 e o primeiro semestre de 2009, Thiago Neves foi o maestro tricolor durante a maior parte do período em que esteve no Fluminense e, sem dúvidas, para muitos tricolores da nova geração, foi o melhor camisa 10 que viram passar pelo clube. Brilhando quando a equipe mais precisava dele, marcou os 3 gols do Fluminense no melancólico 2 de julho de 2008.

3) Washington - O Coração Valente Tricolor marcou o histórico gol da classificação do Fluminense sobre o São Paulo nas quartas-de-final da Libertadores, fez o primeiro gol do Fluminense contra o Boca Juniors no segundo jogo das semifinais e foi o artilheiro do Brasileirão de 2008 com Keirrison e Kléber Pereira. Ainda preciso justificar a presença dele na lista dos 3 melhores do ano?
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Confesso que me emocionei várias vezes enquanto preparava este post, ao rever diversos vídeos da nossa épica campanha na Libertadores. Nós ainda soltaremos esse grito de campeão que está engasgado na nossa garganta, podem ter a certeza disso!

Em breve, postarei sobre 2009.

Saudações Tricolores