domingo, 28 de novembro de 2010

Time de Campeões?

Guerreiros, é chegada a hora. Domingo que vem será a 38ª rodada do Campeonato Brasileiro. Como esperávamos, vencemos o Palmeiras por 2 a 1 na Arena Barueri e mantivemos vivo o sonho do bicampeonato. Estamos a uma vitória de quebrar um jejum de 26 anos. Ao longo desta competição, vários pequenos tabus foram derrubados. O maior deles está muito próximo de ter o mesmo destino. Domingo, muitos de nós poderão comemorar o seu primeiro título brasileiro, e os mais antigos, relembrar as glórias passadas. Tudo será decidido em 90 minutos.

Hoje, o golaço de Dinei após ridícula falha de Leandro Euzébio foi uma ducha de água fria no ânimos dos torcedores. Logo no começo da partida, o Fluminense já estava atrás no placar. Contudo, o Flu buscou o resultado, como necessário, apoiado por toda a torcida do estádio, mas o goleiro Deola teimou em dificultar a vida do Tricolor. Quando Carlinhos chutou colocado com a perna direita, entretanto, o arqueiro alviverde nada pôde fazer. O lateral-esquerdo tricolor empatou a partida com um golaço e empurrou de vez o Fluminense para a vitória. O que mais se destacou na partida, sem dúvidas, foram os gols perdidos pela nossa equipe. A má finalização dos nossos jogadores poderia ter custado muito caro. Fred perdeu um gol incrível, cara a cara com Deola. Um gol que um artilheiro do seu naipe não costuma perder. Aos 13 minutos da segunda etapa, o Fluminense finalmente acertou a pontaria, quando Émerson chutou, Deola deu rebote, e Tartá chutou no canto esquerdo para virar a partida. Assim, mesmo com a vitória do Corinthians sobre o Vasco, o Fluminense continuava na liderança. Apesar do placar apertado, o time tricolor esfriou diante do desinteresse do Palmeiras pela partida. Felizmente, o 2 a 1 se manteve. Com 68 pontos, o Fluminense entrará em campo contra o Guarani no domingo que vem em primeiro lugar. E, se tudo der certo, sairá também nessa mesma colocação. São 26 anos em um jogo. 26 anos que incluem três rebaixamentos, quatro campeonatos cariocas, uma Copa do Brasil e dois vice-campeonatos amargos nas duas maiores competições internacionais do continente. Muito pouco para um clube da grandeza do Fluminense. Felizmente, esse gosto pela luta por títulos parece ter voltado ao nosso amado time, para a alegria de fanáticos apaixonados. Para a minha alegria.

Domingo, o nosso destino na competição será decidido. Enfrentaremos, em casa, o Guarani, que foi rebaixado nesta rodada pelo Grêmio, em pleno Brinco de Ouro. Com certeza, veremos um time bastante empenhado fazendo de tudo para desviar a taça de Álvaro Chaves, seu destino final. A mala branca estará presente, sem dúvida alguma. Contudo, um time campeão não pode ter medo do adversário. Deve respeitá-lo, mas não o temer, e assim será o Fluminense. Devido ao escorrego contra o Goiás, estaremos mais atentos à partida. Se perdermos o título devido a um tropeço contra o Guarani, devemos concluir que não merecíamos de fato o título. A diferença técnica entre os dois times é grande, como pode ser observado analisando a colocação de ambos os times. O dever de ganhar é todo nosso. Agora, é torcer e acreditar até o fim no nosso time.

A maioria dos jogadores titulares esteve presente na incrível salvação do rebaixamento do ano passado. Ganhar um título um ano depois conclui toda uma história de superação. É o sonho de todos eles. É hora de fazer a gana pela vitória superar todo o nervosismo e a ansiedade que poderiam atrapalhá-los. É hora de fazer desse "Time de Guerreiros" um "Time de Campeões". Falta uma rodada. Rumo ao bicampeonato.

Saudações Tricolores

domingo, 21 de novembro de 2010

Agora pra ficar

Guerreiros, eu avisei. Não havia motivo para baixar a cabeça após o tropeço contra o Goiás, no domingo passado. O Fluminense continua vivo na competição. Agora está mais do que nunca. Com a goleada em cima do São Paulo no jogo de hoje e o empate entre Vitória e Corinthians no Barradão, reassumimos a primeira colocação do campeonato. O sonho está muito próximo, meus amigos.

A torcida do São Paulo até levou faixa de "Entrega!", mas, pelo que vi em campo, não me pareceu que o rival do Corinthians estivesse mesmo disposto a dar os 3 pontos para o Fluminense de maneira tão fácil. Não podem falar que um time entregou uma partida que só foi decidida após os 30 minutos do segundo tempo devido, principalmente, a duas expulsões. Xandão foi expulso por fazer falta em Fred quando era o último homem são-paulino antes de Rogério Ceni. Expulsão justíssima. Quem afirma que Fred caiu sozinho deve ficar atento à mão do zagueiro adversário empurrando-o. Já Richarlyson reclamou assintosamente do juiz devido à marcação de uma falta que realmente aconteceu e foi punido com o vermelho, pois a falta era para cartão amarelo. O que dizer do gol de Lucas Gaúcho (ou melhor, Gum, já que foi contra)? O São Paulo não parecia querer entregar quando empatou a partida no segundo tempo, deixando o Corinthians na liderança isolada da competição. A vitória foi mérito do Fluminense.

Rogério Ceni salvou a pele do São Paulo várias vezes. Após chute de Carlinhos, com a ponta dos dedos, ele colocou a bola para escanteio. Contudo, na cabeça de Gum após cobrança de Conca, finalmente ele não conseguiu defender. O guerreiro Gum colocou o Fluminense na frente no placar. O primeiro tempo terminaria empatado se Ricardo Berna não tivesse feito um milagre, defendendo com os pés uma cabeçada de Lucas Gaúcho.

No segundo tempo, muitos tricolores estavam mais atentos ao jogo do Barradão do que o do Fluminense. O jogo do Flu já não deveria mais oferecer problemas. Teoricamente. No começo do segundo tempo, Washington, que completou 14 jogos sem marcar, perdeu um gol incrível, que lhe rendeu xingamentos meus até o final da partida. Na jogada seguinte, Gum marcou contra após cruzamento de Jean. Para a decepção dos torcedores, o Fluminense parecia realmente estar abrindo mão do tão esperado título.

Ocorreram, então, as expulsões de Xandão e Richarlyson. Com 2 a mais em campo, ficou fácil para o Fluminense. Com a entrada de Tartá e Rodriguinho, o Flu apostou na velocidade para vencer o jogo. Em uma jogada pela esquerda, Conca dominou e fuzilou a meta de Rogério. Fred ampliou quando Ceni deu rebote após chute de Conca. O quarto gol veio novamente dos pés do maestro. Recebeu na intermediária, escolheu o canto e soltou a bomba. 4x1 e festa nas arquibancadas, de ambas as torcidas. O Fluminense voltou à liderança que havia perdido na rodada anterior. Agora pra ficar.

Domingo que vem, deveremos enfrentar os reservas do Palmeiras. Provavelmente teremos o retorno de Sheik. Temos grandes chances de conseguir outra vitória fora de casa. A obrigação de ganhar é toda nossa. Não há mais espaço para vacilos. Novamente será um jogo em que toda a torcida estará a nosso favor. No dia 5, farei de tudo para estar no Engenhão. Eu quero ver meu time campeão brasileiro. Faltam duas rodadas. Rumo ao bicampeonato.

Saudações Tricolores

domingo, 14 de novembro de 2010

Lutem até o fim!

Guerreiros, a frustração tomou conta de todos os tricolores após o jogo de hoje. Com o empate em casa com a valente equipe do Goiás, não dependemos mais apenas de nós mesmos para nos sagrarmos campeões brasileiros. É preciso fazer a nossa parte e torcer para um tropeço do novo líder Corinthians, a 3 rodadas do fim. Agüenta, coração!

Quem esperava um jogo fácil para o Fluminense logo mudou de opinião nos primeiros minutos de partida. No primeiro tempo, o Goiás foi bastante superior ao Fluminense. Além de ter feito o primeiro gol do jogo com Rafael Moura, não deixou o Tricolor articular jogadas. Conca e Deco receberam marcação implacável de Carlos Alberto e Amaral, respectivamente. Com os dois cérebros do time anulados, a criação ficava por conta de Valencia e Fernando Bob, para o desespero da torcida tricolor (até agora não entendi porque Muricy não entrou com Diguinho de cara). Logo, como de esperado diante das circunstâncias, o Fluminense foi praticamente inoperante na primeira etapa. Contudo, Simon ignorou pênalti quando Conca, fora da jogada, foi puxado e derrubado dentro da área. Um pênalti que poderia mudar a história do jogo, apesar de a vitória parcial do Goiás ser justa no primeiro tempo. Como vem sendo visto neste campeonato, temos um peso e duas medidas para os times que lutam pelo título. Lamentável.

Com Deco muito mal na partida, Muricy o sacou da equipe e colocou Diguinho, buscando dar maior consistência ao meio-campo tricolor, tão apagado nos primeiros 45 minutos. Com 3 volantes em campo, Valencia passou a fazer o papel de terceiro zagueiro. Tartá, apagado no jogo, também foi substituído no intervalo por Washington. As mudanças deram nova cara ao Tricolor. A partida passou a ser ataque contra defesa. O Fluminense massacrava, insistindo nas bolas aéreas, mas errava no passe final, e o Goiás se defendia como podia. O bravo time goiano resistia à enorme pressão tricolor e à torcida que não parava de empurrar o Time de Guerreiros. Resistia até os 38 minutos. Rodriguinho foi derrubado dentro da grande área. Era a chance tricolor de empatar o jogo. Obviamente, quem deveria cobrar o pênalti era ele, o craque do time, aquele que chama a responsabilidade nos momentos necessários. Darío Conca se preparou para a cobrança sob os olhares apreensivos da torcida e de outros tantos que assistiam àquela partida, quer torcessem pela vitória tricolor, quer não. Cobrou no meio do gol e, por pouco, Harlei não defendeu. Com ânimo renovado, o Flu partiu em busca da virada, mas o tão sonhado gol da vitória não veio, e a liderança mudou de mãos. O Corinthians, o time mais beneficiado por "erros" de arbitragem neste campeonato, agora é o novo líder. Será que o vexame de 2005 irá se repetir, dessa vez com um favorecimento bem mais discreto, embora ainda notório? Eu torço para que o Fluminense evite essa vergonha para o futebol brasileiro.

O final dessa história se aproxima e, como esperado, segue imprevisível. A diferença entre Corinthians e Fluminense é de apenas um ponto, e a distância entre o Flu e o Cruzeiro, terceiro colocado, é de dois. Obviamente, a vantagem é do Corinthians, diante da sua posição na tabela nestes últimos jogos. Não depende dos outros resultados para se sagrar campeão. Contudo, o próximo jogo do time paulista é dificílimo. Enfrenta o Vitória em um Barradão lotado, que está a muito perto de se livrar do rebaixamento. Joga sem o seu maestro Bruno César e sem Dentinho. Todos sabemos da força do Vitória na Bahia. O Fluminense venceu lá no sufoco. O Cruzeiro ganhou, mas sofreu uma pressão gigantesca e foi salvo pela trave de sair com o empate. Portanto, uma derrota do Corinthians não será nada de anormal.

A vida do Fluminense pode parecer facilitada para alguns iludidos, mas a verdade é bem diferente. Duvido que o São Paulo abra mão de lutar pela vaga na Libertadores, por mais que esteja a cinco pontos da zona de classificação e que a grande maioria da sua torcida apóie "entregar" o jogo para o Flu. Com certeza, vai ser pedreira. Embora eu confie plenamente no Time de Guerreiros, não me sinto capaz de fazer previsões a respeito desse jogo. Só me resta torcer pela vitória que manterá vivo o nosso sonho.

Já a equipe celeste enfrenta em casa um Vasco já sem objetivos no campeonato. Deve vencer, mas meu coração aponta um empate entre as duas equipes. Tomara que a minha intuição esteja certa.

Vejo muitos tricolores desistindo do sonho que dura 26 anos com o tropeço de hoje. Recuso-me a jogar a toalha. Tenho muitos motivos para continuar acreditando. Posso citá-los para vocês:

- Há 9 pontos em disputa, e precisamos tirar uma diferença de um ponto.
- Tudo na história do Fluminense é conseguido de forma sofrida.
- Caímos para a 3ª divisão há 12 anos e agora estamos disputando o título do maior campeonato do País.
- O Fluminense, no ano passado, precisava tirar 9 pontos na reta final do campeonato para fugir do rebaixamento e conseguiu.
- Temos um time que se supera nos momentos mais difíceis.
- O Flamengo, na 36ª rodada do ano passado, empatou com o Goiás sem gols no Maracanã e ficou na vice-liderança a um ponto do primeiro colocado São Paulo. Foi campeão.
- O Corinthians enfrenta o Vitória que, com os 3 pontos ganhos, ficará muito próximo de se livrar do rebaixamento, no Barradão, como falei acima.
- Enfrentaremos os dois maiores rivais do Corinthians. Pelo menos o Palmeiras estará sem ambição no campeonato e deverá jogar com o time reserva devido aos confrontos da Sul-Americana. Nesses dois jogos, teremos a torcida adversária a nosso favor.
- Provavelmente teremos a volta do Sheik contra o São Paulo e, com ele, o poder de fogo tricolor aumenta consideravelmente.
- Jogaremos na última rodada em casa contra um Guarani que pode já estar rebaixado.

Então, eu lhe pergunto, tricolor: Com todos os motivos supra-citados, por que não acreditar no título?

Faltam 3 rodadas. O bicampeonato se aproxima. Eu acredito! Lutem até o fim!

Saudações Tricolores

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Limitado, mas aguerrido

Guerreiros, a pedra que teimava em continuar no nosso sapato foi retirada no jogo de ontem. Após 2 anos de jejum, o Fluminense voltou a vencer o Vasco. Muito pressionado pelas vitórias de Corinthians e Cruzeiro, os quais, provisoriamente, haviam empurrado o Flu para a terceira colocação, o Tricolor não podia nem empatar. Considerando os recentes confrontos entre as duas equipes, a ocorrência de um novo empate, de acordo com as estatísticas, era muito provável. Felizmente, mais um tabu foi derrubado. O gol de Tartá no comecinho do primeiro tempo foi suficiente para nos garantir os 3 pontos no clássico e, conseqüentemente, a liderança isolada. Vamos, Fluzão!

26 anos depois, o Fluminense voltava a enfrentar o Vasco em uma decisão. Embora o sistema de pontos corridos não tenha uma final, o jogo de ontem era de igual importância. Com a aproximação do fim do campeonato, cada jogo é uma final. Em 1984, Romerito, de rebote, fez o gol da vitória tricolor por 1 a 0. Ontem, aos 3 minutos da etapa inicial, Tartá, também de rebote, marcou e garantiu a vitória pelo placar mínimo. Embora eu não seja muito de superstição, quem sabe essa repetição seja mais que uma simples coincidência? Até o dia 5 de dezembro, descobriremos.

Nos primeiros 30 minutos do primeiro tempo, o Fluminense foi o dono do jogo. Fez o gol no início e continuou pressionando o Vasco em busca do segundo. Contudo, na parte final da primeira etapa, a equipe cruz-maltina se encontrou no jogo e encurralou o Fluminense no campo de defesa. O Tricolor passou a apostar nos contra-ataques para liquidar o jogo.

A pressão cruz-maltina, entretanto, não acabou com o intervalo. O Vasco voltou melhor no segundo tempo e continuou sufocando o Fluminense. A torcida tricolor olhava ansiosamente para o relógio. O tempo passava devagar. Só dava Vasco. Raras vezes, o Flu chegava com perigo. Com o crescente desespero do adversário, aumentaram também os espaços livres que permitiam contra-ataques tricolores. Marquinho deve a chance do jogo, mas se enrolou com a bola e acabou desarmado. O nosso camisa 7 acabou fraturando o antebraço em jogada posterior e não retorna em 2010. Felizmente, é provável a volta de Deco na próxima partida. De Deco, Émerson e, principalmente, Fred. Voltas essenciais para que a taça do Campeonato Brasileiro de 2010 tenha como destino Álvaro Chaves.

O drama de Washington continua. Contra o Vasco, foram completados 12 jogos sem marcar. Ontem ele até marcou, driblando Fernando Prass, mas foi assinalado, corretamente, o impedimento. No final do jogo, Conca fez uma excelente jogada pela esquerda e rolou para Washington quebrar o jejum. Contudo, o Coração Valente tentou dominar e acabou perdendo a bola para o marcador que veio de trás. É, Washington. Com a volta de Fred, gol agora só em 2011, provavelmente.

O Time de Guerreiros completou a 20ª rodada liderando o campeonato. Apesar das ausências de Fred, Deco (apesar de ele ter chegado depois) e Émerson durante a maior parte do torneio, o limitado, mas aguerrido e vibrante time do Fluminense, aos trancos e barrancos, defendeu a primeira colocação e é líder a 4 rodadas do fim. Um time que, sem seus maiores astros, sob o comando de Conca, manteve viva a esperança de milhões de tricolores. Um time que luta, morde e deixa o campo com o manto sagrado encharcado de suor. O time que pode entrar para a história do Fluminense Football Club muito em breve. Para a história do futebol. De uma fuga milagrosa do rebaixamento em 2009 para o topo da tabela e o título em 2010. Uma história de superação incrível.

Temos dois jogos em casa. É fundamental ter casa cheia para empurrar nossos guerreiros. Na próxima rodada, enfrentaremos o Goiás, que amarga a penúltima colocação da tabela, no Engenhão. Embora respeite o adversário, não preciso lembrar que só a vitória importa. Não custa nada torcer pelo empate entre Corinthians e Cruzeiro no sábado. Em caso de vitória nossa e empate deles, abrimos 3 pontos de vantagem na primeira colocação. Poderá ser dado mais um passo largo para o título. A contagem regressiva continua. Faltam 4 rodadas. Rumo ao bicampeonato.

Saudações Tricolores

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Não passou nem vento

Guerreiros, hoje novamente nos tornamos líderes isolados do Campeonato Brasileiro. Dois jogadores foram os principais responsáveis por isso, mais especificamente, dois goleiros: Ricardo Berna e Rogério Ceni. O primeiro deles foi fundamental para que o Fluminense suportasse a enorme pressão aplicada pelo Internacional no Beira-Rio e voltasse para o Rio de Janeiro com um ponto suado, o qual pode fazer toda a diferença ao final da competição por pontos corridos. Já o segundo, além de ter segurado os ataques do Cruzeiro, que jogava em casa, converteu o pênalti erroneamente marcado a favor do São Paulo e selou a vitória do São Paulo em Uberlândia. Com a derrota do Cruzeiro, permanecemos líderes, agora isolados, com 58 pontos. Mais um passo dado rumo ao título. Olho aberto para o Corinthians, que goleou o Avaí e voltou à vice-liderança do campeonato. Não vacila, Fluzão!

Jogar contra o Internacional, campeão da Libertadores deste ano, com o time completo (exceto Tinga), em um Beira-Rio lotado de colorados não é fácil, ainda mais quando a equipe adversária está bastante desfalcada, longe de entrar em campo com sua força máxima. O desfigurado Fluminense novamente se esforçou, batalhou, lutou contra as próprias limitações e segurou a pressão do Inter, conseguindo um suado empate sem gols. Sem Fred, sem Emerson, sem Deco e sem Diogo, nossos guerreiros, bem mais limitados tecnicamente do que o time colorado, entenderam que um empate em tais circunstâncias era um bom resultado. E realmente, pelo menos a curto prazo, pareceu-me uma decisão acertada. Tentar jogar de igual para igual contra uma equipe muito superior é quase um suicídio. Contra o Santos, no primeiro turno, a estratégia defensiva deu certo. Hoje, ajudou-nos a somar mais um ponto. Como diz o velho ditado, "de grão em grão a galinha enche o papo". No final do campeonato, veremos o que foi mais importante: a conquista dessa ponto ou o desperdício dos outros dois que seriam obtidos em caso de vitória. Torço pela primeira opção.

Hoje não passou nem vento pelo nosso camisa 1. Quando passou, Diguinho salvou. Ricardo Berna demonstrou enorme confiança e fez uma partida espetacular. Sem sombra de dúvidas, foi o melhor jogador em campo. Quando o sistema defensivo não funcionava, lá estava ele para manter o gol tricolor inviolável. Espero que essa boa fase dure até o final do campeonato. Citando novamente os ditados, há um que diz que "um bom time começa com um bom goleiro". Uma verdade absoluta. Para ser campeão, é necessário, logicamente, ter um bom time, e o que faltava para termos uma equipe de qualidade, um bom goleiro, parece não ser mais problema, pelo menos nesta competição. Que assim permaneça!

Novamente, a decepção foi Washington. São 11 jogos sem marcar e um gol contra como saldo negativo. Hoje, apesar de boa participação em jogadas como pivô, o atacante tirou um gol de Conca, servindo de zagueiro. Assim não dá, Chitão! Juro que continuo apoiando o Coração Valente, mas, do jeito que está, é capaz de ele chegar aos 99 jogos, como está gravado na sua camisa, sem fazer um golzinho sequer.

A vitória contra o Vasco, na próxima rodada, pode nos fazer abrir 4 pontos na liderança, em caso de derrota de Corinthians e Cruzeiro, que têm jogos difíceis (Corinthians joga contra o São Paulo, e o Cruzeiro, contra o Vitória, em Salvador). Seria simplesmente espetacular acumular tal vantagem na reta final. De qualquer forma, mesmo com vitória dos nossos adversários diretos pelo título, ganhando do Vasco, daremos mais um passo para o podium, pois dependemos apenas de nós mesmos para nos sagrarmos campeões da maior competição brasileira. O problema é justamente vencer o Vasco. A última vitória foi em 2008, com, inclusive, gol de Washington. Será que o nosso camisa 99 repetirá tal feito? Torcemos por isso. Vale lembrar também que, em 1984, ano em que fomos campeões brasileiros, o Vasco foi o adversário vencido na final, com gol do estrangeiro Romerito. Embora o sistema não seja mais de mata-mata, o jogo tem caráter decisivo. Será repetido tal feito, dessa vez com gol do estrangeiro Conca? Superstições a parte, o Fluminense precisa vencer. Agora é matar ou morrer. Que mais um desses pequenos tabus que tanto derrubamos ao longo dessa competição seja quebrado. Faltam 5 rodadas. Rumo ao bicampeonato.

Saudações Tricolores