segunda-feira, 12 de novembro de 2012

TETR4!

Não era Muricy Ramalho. Não era Emerson Sheik. Não era Conca. Era o Fluminense. Sempre foi. O campeão de 2010. O campeão de 2012. Quem ganhou foi o Fluminense Football Club. Foram os 11 que estavam em campo, os reservas, Abel Braga, a comissão técnica, as Laranjeiras, a torcida. E não venha me falar de CBF, de arbitragem, de roubo, de esquema a favor do meu time. NADA disso (se absurdamente existisse) justificaria uma diferença de 10 pontos para o segundo colocado, faltando 3 rodadas pra acabar o campeonato. Não justifica a melhor campanha da história dos pontos corridos com o formato atual, o maior número de vitórias, o melhor ataque, a melhor defesa, o artilheiro da competição. Isso é mérito. Isso é fruto de trabalho sério. Uma forma de coroar uma diretoria que almeja o bem do clube, que realmente procura fazer a diferença, algo que nunca tinha visto, acostumado que sou com fanfarrões na presidência do meu clube. O Fluminense sobrou nesse campeonato. Não pelo futebol incontestável, mas pela sua principal arma: a regularidade. Eficiente acima de tudo, o time que menos finaliza e mais marca. E com sorte de campeão, desde o começo. O que falar daquele Fla-Flu, em que o melhor goleiro do campeonato, talvez o melhor jogador, defendeu um pênalti no fim? Era pra ser. Era novamente o nosso ano. É a volta por cima de um time que sofreu na década passada, foi alvo das piores e mais pesadas piadas e chacotas. Time cujo torcedor experimentou humilhações que qualquer outro clube grande do País jamais sofreu. Um período negro, mas que serviu para o torcedor tricolor ficar calejado e saber aproveitar as conquistas mais do que nunca. Para acima de tudo, ter HUMILDADE. Saber esperar para vibrar só no fim de tudo. Acostumado a sofrer até o fim, às alegrias e às decepções nos últimos instantes, é até estranho conseguir algo com antecedência de 3 rodadas, mas igualmente gostoso. E não podia deixar de ser emocionante. Um jogo em que parecia golear, abrindo 2 a 0 contra um Palmeiras desesperado e exposto, o Flu tinha que mexer com o coração do seu torcedor, e permitiu o empate. O gol do título tinha que ser sofrido como sempre foi. Tinha que ser no fim, depois dos 40. Melhor assim. Hoje, somos tetracampeões brasileiros e nos configuramos como potência nacional incontestavelmente, um dos times a serem batidos. O respeito, outrora esquecido, foi conquistado, numa volta por cima que começou com a conquista da Copa do Brasil em 2007, transitando por um vice-campeonato sofrido da Libertadores 2008, uma fuga milagrosa jamais vista do rebaixamento em 2009, um título brasileiro em 2010 após 26 anos de espera, um terceiro lugar em 2011 e o tetra em 2012. A meta, o sonho, a cereja do bolo, é a Libertadores. Virá, não sei se ano que vem ou daqui a 5 anos, mas virá, tenho a certeza disso. É questão de tempo. E quando vier, meu amigo, vai ser a história de superação mais linda do futebol! Nos últimos 6 anos, o orgulho tricolor foi resgatado. As três cores que traduzem a tradição novamente voltam a ser respeitadas por qualquer adversário do País, arrisco a dizer do continente, depois de 2008, 2009 e 2012. Sofro, choro, mas futebol é paixão. No outro jogo, estamos nós novamente acreditando. Quem vive isso, entende. Quem não vive, só lamento. Não há sensação melhor no mundo. Parabéns ao meu time, parabéns a mim, parabéns a todos os torcedores. Orgulho de Ser Tricolor!

Saudações Tricolores

quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

A guerra recomeça!

Guerreiros, há muito tempo, não transformo meus sentimentos em palavras. A última postagem foi justamente quando fomos eliminados da edição passada da competição sobre a qual vos falo neste texto. Doeu na época, principalmente diante das circunstâncias em que conseguimos nossa classificação para as oitavas-de-final (depois de termos feito uma primeira fase pífia e, quando ninguém mais acreditava, termos obtido uma classificação heroica e extremamente improvável na Argentina). Doeu, pois o grito engasgado na garganta desde 2008 não pôde ser soltado. Achávamos que era a hora. Tudo conspirava a favor: crise no Fluminense, técnico abandonando o barco no meio do caminho, interino assumindo - afastando totalmente o favoritismo do Flu à conquista , e todos os tricolores sabem que nosso clube cresce quando longe dos holofotes -aquela virada nos últimos minutos contra o América-MEX, classificação milagrosa para as oitavas, reação e placar construído na vontade contra o Libertad na ida. Entretanto, a covardia mostrada por nosso Time de Guerreiros, denominação que estivemos longe de honrar na partida de volta das oitavas, fez que não fosse dessa vez. Veio o Brasileiro e, depois de um primeiro turno conturbado, fizemos um returno brilhante, acabando na 3ª colocação do campeonato. Assim, obtivemos o direito de voltar à Libertadores, participando pela segunda vez consecutiva, algo inédito na história centenária do nosso amado clube. Sorteio de grupos feito, quis o destino que voltássemos a enfrentar velhos conhecidos: o bicho-papão Boca Juniors - já não tão espetacular como há poucos anos, mas, ainda assim, merecedor de respeito - e o Arsenal de Sarandi, clube argentino que sofreu a maior goleada já aplicada em confrontos entre times brasileiros e argentinos na competição. A estreia na edição deste ano é o motivo que me fez voltar a escrever neste blog.

Ontem, depois de meses de ansiedade aguardando o início da Libertadores, finalmente estreamos, diante de um público até razoável no Engenhão (cerca de 28 mil presentes). Devido a problemas para encontrar um local para ver a partida (GloboSat não comprou os direitos de transmissão da competição, e o anúncio de que passaria no Speed Channel só saiu em cima da hora), acabei-me atrasando e só cheguei a tempo de ver o jogo com cerca de 5 minutos do primeiro tempo, fato que fez perder, infelizmente, o único gol do jogo, marcado por nosso artilheiro Fred, que terminou 2011 em uma fase espetacular. Quem achou que o gol logo no início do jogo iria acalmar os nervos do Flu e fazer o time rolar a bola mais fácil se enganou bastante. O nervosismo acompanhou o Fluminense durante todo o jogo, e o Arsenal acabou chegando com perigo em muitas ocasiões, principalmente durante o segundo tempo, etapa em que o clube argentino nos pressionou bastante e por pouco não chegou ao gol de empate. Fim de jogo, e a velha frase voltou a ser verdade: o importante é que ganhar os 3 pontos. Estréia geralmente é complicada, e a tendência é que o time ganhe mais entrosamento e ritmo de jogo até o próximo desafio na competição, contra o Boca Juniors, na La Bombonera, no próximo mês. Hoje o que tenho a ressaltar é o crônico problema defensivo do Fluminense, que nos acompanha praticamente desde que Thiago Silva deixou o clube. Anderson, que havia estreado bem contra o Volta Redonda, no primeiro jogo dos titulares no ano, hoje fez má partida. Claramente nervoso, posicionando-se bastante mal, permitiu a construção de jogadas perigosas pelo time adversário e cometeu faltas bobas, principalmente uma totalmente sem sentido na entrada da grande área. Leandro Euzébio, então, nem se fala. Foi expulso sem necessidade alguma no fim da partida, em uma jogada completamente desleal. Ridículo. Wagner, outro estreante, não jogou bem e acabou coroando a má exibição com um cartão vermelho. Todavia não podemos crucificar os estreantes com tão poucos jogos tendo sido realizados. Temos de dar tempo ao tempo. O que mais me irrita são os veteranos, principalmente Carlinhos. Não pela falta de futebol. O lateral tem até alguma qualidade, foi o autor do cruzamento que originou o gol da vitória, mas é completamente displicente, e isso realmente é irritante. Merece experimentar um pouco de banco. Espero que Abel perceba isso e experimente Thiago Carleto no time titular.

Apesar dos pesares, vencemos a primeira batalha. A próxima promete ser bastante mais difícil, e espero que estejamos mais preparados. Ao contrário de 2008, passamos longe de uma exibição brilhante. Não goleamos. Foi um magro 1 a 0. Entretanto, o futebol é isso. Nem todo dia é dia de espetáculo. Se a Libertadores 2012 for conquistada por nós, será na base de sangue, suor e lágrimas. O importante é que os erros sejam observados pelo nosso técnico e, assim, corrigidos. Estamos muito longe do ideal. O caminho é longo e árduo para chegar lá. Resta a Abel e o time fazerem sua parte. Qualidade e elenco nós temos. No papel, o Fluminense é espetacular. Em campo, ainda tem muito o que provar. O tempo nos dirá como vai ser. A realização de um sonho ou a obtenção de mais uma frustração. Torço para que vivenciemos aquela. Merecemos e realmente podemos chegar no topo. É torcer para que o que está no papel seja posto em prática.

Saudações Tricolores

sexta-feira, 20 de maio de 2011

O alto preço da covardia

Guerreiros, mais de duas semanas depois, às vésperas do Campeonato Brasileiro, finalmente criei coragem para escrever sobre a nossa eliminação na Libertadores. Foi um balde de água fria, doeu, mas foi merecida. Não fiquei triste, ao contrário de 2008, em que o time honrou a armadura e lutou até o fim. Simplesmente tive raiva pela covardia do time que vi em campo naquela quarta-feira. O Time de Guerreiros não entrou em campo. O que vimos foi um bando de medrosos, que não quiseram jogar por confiar em um placar mentiroso de 3 a 1 construído no Rio, no qual, em grande parte do tempo, fomos a pior equipe em campo. É frustrante ver que, mais uma vez, nosso sonho foi adiado, mas o futebol, nesse jogo, foi justo. A bola pune. Por isso, inclusive, acredito que o Santos de Muricy Ramalho, mais cedo ou mais tarde, vai sofrer o mesmo. Jogou como time pequeno contra o América-MEX (assim como o Fluminense), mas teve sorte e contou com Rafael em um dia inspirado. Se não mudar a postura até o final da competição, tem grandes chances de ver esse filme repetido...

Buscando administrar a vantagem obtida no Engenhão (podíamos empatar ou até perder de um gol de diferença), o Fluminense abriu mão do futebol. Passou os 90 minutos na contenção, pressionado pelo Libertad, que, se, teoricamente, não é mais time que o Flu, em campo provou que tinha mais determinação e que merecia mais a vaga do que a nossa equipe. No contra-ataque, o Tricolor pouco ofereceu perigo. A melhor chance que teve no jogo foi no meio do segundo tempo, quando Fred recebeu dentro da grande área de Marquinho e teve a chance de matar o jogo, mas chutou errado. Apesar de ter apenas se defendido o jogo todo, o Libertad só chegou ao gol no começo do segundo tempo, quando Berna aceitou uma bola defensável. O 1 a 0 ainda classificava o Flu, e o coração de cada tricolor quase infartava a cada ataque da equipe paraguaia. O tempo era nosso inimigo. Éramos massacrados em campo, defendíamo-nos como podíamos. Faltava pouco mais de 5 minutos para acabar o jogo, as quartas-de-final pareciam próximas. Parecia que íramos nos classificar, mesmo tendo abdicado de atacar durante boa parte dos 90 minutos. Então veio o duro golpe. Samudio acertou um belo chute e fez o segundo do Libertad. O Fluminense dava adeus à Libertadores 2011. Nós, tricolores, sabemos que o Impossível não existe para o Flu, principalmente com os guerreiros em campo. Contudo, infelizmente, o Time de Guerreiros tinha dado lugar a um Bando de Covardes. O Tricolor se lançou ao ataque, no desespero, mas não adiantou. Acabou, inclusive, sofrendo o terceiro, no finzinho do jogo. O desejo de conquistar as Américas, mais uma vez, ficou para depois, mas, um dia, tricolores, mais cedo do que nós pensamos, ele será realizado. Quem espera sempre alcança!

Amanhã, inicia-se a competição mais importante do País, e o Fluminense entra em campo para defender o título. Agora a luta é pelo tetracampeonato. Os holofotes estão voltados para Cruzeiro e Santos, que são os principais cotados para serem campeões neste ano. O Fluminense não é, de longe, o favorito ao título. É justamente nesses momentos, quando ninguém acredita nele, que o Flu brilha. Que seja assim neste ano! Domingo começamos mais uma guerra, e a primeira batalha é contra o São Paulo, em São Januário. Às armas, guerreiros! Rumo ao tetra!

Saudações Tricolores

sexta-feira, 29 de abril de 2011

O iluminado

Guerreiros, hoje o Fluminense construiu uma boa vantagem para o jogo de volta das oitavas-de-final da Libertadores. Com uma hora de atraso devido a um apagão, o Tricolor bateu o Libertad por 3 a 1 no Engenhão e deu um importante passo rumo às quartas-de-final da competição. Entretanto, pés no chão. Quarta que vem temos mais uma batalha, e qualquer vacilo pode ser fatal. Humildade acima de tudo!

A torcida tricolor hoje foi excepcional. Se não fosse as vaias para Ricardo Berna durante o jogo, teria sido perfeita. Não parou de cantar um minuto sequer, e o mosaico dos Guerreiros ficou impecável. Mais uma vez, aqueles que tiveram presente no Engenhão nos representaram bem e nos encheram de orgulho. A união time e torcida é fundamental para nos ajudar a alcançar o nosso objetivo. Que continue assim!

Em dia de apagão, Marquinho foi o iluminado. Aliás, ele tem mostrado que é realmente um jogador abençoado. Quando o time disputa partidas decisivas, muitas vezes, ele está lá para resolver. Em 2009, fez o gol mais importante do Flu no ano, o qual permitiu que nosso time permanecesse na Série A do Campeonato Brasileiro. No ano passado, na partida contra o Atlético-PR, na Arena da Baixada, nós disputávamos ponto a ponto a liderança da competição, e, quando sofremos o primeiro gol, Marquinho chamou a responsabilidade e marcou um golaço, empatando a partida. Neste ano, contra o Argentinos Jrs., ele fez a melhor partida da sua vida e foi um monstro em campo, assistindo, inclusive, Júlio César no primeiro gol tricolor. Hoje (ou ontem, já que a partida começou na noite do dia 28) Marquinho desequilibrou quando o time mais precisava. Muito mal no começo do segundo tempo, o Fluminense foi acuado pelo Libertad e, sofrendo grande pressão da equipe paraguaia, levou o gol de empate (comentarei sobre esse lance abaixo). Felizmente, a estrela do nosso camisa 7 brilhou de novo. Marquinho recebeu de Fred, livrou-se dos marcadores e soltou uma bomba no canto do goleiro Vargas, colocando o Flu novamente na frente do placar. Golaço! Parece que temos um jogador que gosta de partidas decisivas. Acredito que Souza está entendendo o motivo de estar no banco de reservas (às vezes, nem no banco). Marquinho, apesar de limitado tecnicamente, doa-se em campo e honra a camisa. Sempre foi visto como reserva e nunca reclamou de não ter a titularidade, ao contrário de outros jogadores. Continue assim, Marquinho, e ganhará a confiança da torcida tricolor.

Após uma hora de atraso, o Fluminense teve um início de jogo arrasador e logo aproveitou uma cobrança de escanteio para abrir o placar com Rafael Moura, de cabeça. O goleiro Vargas até se esforçou, mas tirou a bola de dentro do gol (a pelota ultrapassou - e muito - a linha). Entretanto, o ímpeto inicial se foi, e o Flu, quando chegava (geralmente tocava nos pés dos jogadores adversários no meio-campo), errava o passe final. O Libertad, no primeiro tempo, pouco levou perigo ao gol de Berna.

Na etapa final, o campeão paraguaio voltou bem melhor que o Tricolor, que foi muito pressionado e não conseguia sair para o jogo de maneira alguma. Na base do chutão, facilitava bastante a vida do adversário. Quando tinha a chance de contra-atacar, desperdiçava a oportunidade devido a erros de passes, cometidos principalmente por Mariano e Diguinho. O Fluminense, com justiça, pagou caro por ter recuado. Gamarra, subiu só (Edinho estava, não sei o porquê, na meia-lua) e testou para o fundo das redes, contanto com a falha de Ricardo Berna, que ficou indeciso no lance. Já é o terceiro gol da mesma maneira que o nosso time toma neste ano. Berna ficou pelo meio do caminho nos gols do Nacional (o primeiro), do Flamengo e no de hoje. Errar três vezes dessa forma é bastante preocupante. Qualquer falha em mata-mata pode ser crucial.

O Tricolor sentiu o gol de empate, e o Libertad continuava melhor na partida. Fernando Bob, que entrou ainda no primeiro tempo no lugar de Júlio César, lesionado, estava muito mal improvisado na esquerda, e Enderson corrigiu a substituição errônea sacando-o da equipe e colocando Araújo. Aos 27, então, como já disse acima, Marquinho chamou a responsabilidade e fez um belo gol. Conca não deixou o Libertad absorver o golpe, acertando uma cobrança de falta no canto esquerdo. Com a vitória confortável por 3 a 1 estabelecida, o time tricolor passou a ter tranquilidade e administrou o resultado do jogo. Enderson colocou Diogo no lugar de He-Man para compor o meio-campo, já que Valencia passou a fazer o papel de terceiro zagueiro com a saída de Bob, e o time tricolor ganhou consistência. Fim de papo, e o Fluminense saiu de campo com uma boa vantagem para o jogo de volta na quarta que vem.

No dia 4 de maio, vamos ao Defensores del Chaco para buscar carimbar a vaga nas quartas-de-final do torneio. Com a vantagem de dois gols, naturalmente, o Libertad tem a obrigação de sair para o jogo. Precisamos ter paciência, manter-se firme na defesa e encaixar um contra-ataque para fazer um gol e praticamente matar a partida. Essa é a receita para a classificação. Felizmente, temos boas recordações do estádio. Em 2008, vencemos o mesmo Libertad por 2 a 1, com dois de Washington, pela fase de grupos. Que nosso Time de Guerreiros consiga mais uma vitória importante! Faltam 7 jogos para o título. A benção, João de Deus!

Saudações Tricolores

domingo, 24 de abril de 2011

Filme repetido

Guerreiros, hoje, mais uma vez, o Fluminense caiu nos pênaltis, algo que tem sido comum nos últimos anos, infelizmente. A última vez que o Tricolor saiu vitorioso de uma disputa de penalidades foi na semifinal da Taça Rio de 2008, na qual vencemos o Vasco. Desde então, em quatro ocasiões, fomos derrotados, sendo três no Campeonato Carioca (semifinal das Taças Guanabara de 2010 e 2011 e da Taça Rio de 2011) e uma na Libertadores da América (a fatídica final contra a LDU). Antigamente, acreditava que pênalti era loteria, mas hoje já não penso assim. A cobrança de pênaltis, é claro, envolve sorte, mas depende, principalmente, de competência e equilíbrio emocional e é apenas um critério de desempate quando duas equipes chegaram ao seu limite. Contudo, não indica o melhor time ou aquele que apresentou um futebol mais convincente e, infelizmente, muitas vezes, não permite a passagem da equipe que estava mais preparada para seguir adiante. Acerca do assunto, acredito que as decisões do Campeonato Carioca, quaisquer que sejam elas, deveriam ter a disputa de penalidades precedida por prorrogação. É uma chance para que o melhor time prove sua capacidade antes do último critério de desempate. Fica o apelo, que dificilmente verei ser atendido.

Em campo, o Fluminense foi melhor, principalmente no primeiro tempo. Teve chance, inclusive, de chegar ao intervalo com um placar mais dilatado, mas a primeira etapa só terminou com 1 a 0, gol de Rafael Moura impedido. Para quem reclama disso, vale lembrar que o árbitro errou feio ao não dar falta de Felipe em He-Man, quando o jogo ainda estava 0 a 0, a qual culminaria na expulsão do goleiro, por ser o último homem, e mudaria toda a história do jogo (completamente, já que o arqueiro foi o herói da partida nos pênaltis e, além disso, o Time do Mal ficaria com um a menos durante quase toda a partida e fatalmente sucumbiria ao Tricolor). Entretanto, não existe o "se" depois do término de uma partida. O que passou, passou, e o Fluminense agora está eliminado do Campeonato Carioca de 2011.

No segundo tempo, o Flu pecou como a grande maioria dos times que estão vencendo. Caiu no erro de se retrair, permitindo que o quase morto Flamengo, desfalcado de Ronaldinho Gaúcho e Léo Moura (este saiu contundido), crescesse na partida. O Time do Mal passou a levar perigo a Berna e chegou ao empate com Thiago Neves, de cabeça, o qual subiu sem a marcação de Valencia e testou sozinho para vencer o goleiro tricolor. Depois do empate rubro-negro, o Fluminense teve a chance do jogo com Marquinho. O apoiador ficou cara a cara com Felipe e chutou de perna esquerda (vale lembrar que é canhoto) para fora, desperdiçando a melhor oportunidade da partida. O jogo acabou indo para os pênaltis. Na disputa, a estrela de ambos os goleiros brilhou (Felipe e Berna defenderam duas cobranças cada). Contudo, o fantasma voltou a assombrar o Fluminense quando Tartá, prata da casa, chutou, e Felipe defendeu. Diego Maurício não desperdiçou, e o filme mais uma vez se repetiu: o Fluminense voltou a cair em uma disputa de pênaltis. Felizmente, Thiago Neves desperdiçou a cobrança que classificaria o Flamengo, após Felipe ter defendido o chute de Araújo. Seria bastante doloroso sermos eliminados com um gol de um ex-jogador nosso, que muitos chegaram a idolatrar.

Incrivelmente, não estou irritado com a desclassificação. Fico chateado em não poder ganhar o Carioca, obviamente (afinal, quem não quer ganhar tudo?), mas acredito que a eliminação tem seu lado positivo. Caso passasse, o Fluminense teria uma série de decisões seguidas, que acarretaria o desgaste físico e emocional dos jogadores. Com a saída precoce do Carioca, o Flu tem como único foco a Libertadores da América. Agora, o primeiro semestre tricolor se resume à competição mais importante do continente. É tudo ou nada. Quinta-feira, temos uma nova batalha, agora contra o Libertad, pelas oitavas-de-final da Libertadores. Como o primeiro jogo será realizado no Engenhão, é fundamental vencermos por uma boa margem de diferença e não tomarmos gol em casa (uma placar de 2 a 0 seria bastante bom para as nossas pretensões). Para isso, é necessária a presença da nossa torcida. Nós somos o combustível do Fluminense. Portanto, tricolor, não deixe de ir ao estádio na quinta. Sua presença é crucial! É o nosso sonho que está em jogo. Empurremos o Time de Guerreiros rumo a mais uma vitória para que, junto com ele, construamos mais um capítulo da linda história do Fluminense Football Club!

Saudações Tricolores

quinta-feira, 21 de abril de 2011

Sangue, suor e lágrimas

Guerreiros, é simplesmente indescritível. O Fluminense Football Club não conhece o Impossível. Hoje, o mundo assistiu a uma daquelas partidas, ou melhor, batalhas, épicas, a serem recordadas por toda a eternidade. Tristão Gonçalves, não satisfeito com o vexame dado em 2009, disse que a chance de classificação do Flu na Libertadores era semelhante a de um raio cair três vezes no mesmo lugar. Parece que o matemático não se cansa de ser desmentido. O Fluminense voltou a desafiar a lógica e se agarrou aos 8% de chances que tinha, classificando-se de maneira heróica para os oitavas-de-final da Libertadores. Volto a frisar: nunca duvidem do Fluminense Football Club.

Muitos acharam que, com o afastamento de Émerson antes do jogo, o Fluminense ficaria desestabilizado, e a classificação, antes distante, tornara-se impossível. Talvez se tenha tornado mesmo, e, por isso, o Fluminense a alcançou. Para mim, a decisão do presidente foi absolutamente correta. No meu time, o atual campeão brasileiro, não pode haver espaço para molecagens. Sheik estava claramente insatisfeito, e cantar aquela música ridícula do time do Mal foi o estopim para explodir o barril de pólvora. Eu, assim como muitos torcedores, não desejo mais que ele vista a nossa Armadura. Se duvidar, pode até estar apalavrado com aquele time maldito. Enfim, não tem mais clima para ele no Flu.

Parafraseando Winston Churchill, o Flu ofereceu a seus torcedores sangue, suor e lágrimas para conseguir a heróica classificação na noite de ontem. Do início ao fim do jogo, o Time de Guerreiros não parou de correr nem de buscar o resultado necessário um minuto sequer. Foi o melhor time em campo e fez por merecer chegar às oitavas. No primeiro tempo, dominou amplamente as ações e não conseguiu o placar necessário no primeiro tempo devido à infelicidade de alguns conclusões e ao erro do juiz em marcar pênalti de Gum em Salcedo. Em lugar algum do mundo, um juiz marcaria falta na jogada. Felizmente, nosso time estava mesmo disposto a operar mais um "milagre" e foi ao intervalo vencendo por 2 a 1, com gols de Júlio César, o qual fez uma partida muito boa, e Fred, que marcou com uma bomba em uma cobrança de falta, contando com a colaboração do goleiro Navarro.

Na segunda etapa, o Flu logo levou perigo ao gol adversário em um chute de Marquinho, que, inclusive, chegou a alegar que foi empurrado. Confesso que ignoro se houve ou não empurrão no lance. Entretanto, o Argentinos Jrs. voltou mais ofensivo e, num lance de azar, chegou ao gol de empate com um chute de Oberman desviado em Valencia que acabou por tirar Ricardo Berna da jogada. Abatido com esse novo golpe, o Fluminense viu o Argentinos Jrs. crescer na partida. Felizmente, o terceiro gol tricolor, marcado pelo He-Man após cobrança de escanteio, veio no momento certo e nos pôs de volta à disputa da vaga. Com o fim do jogo entre Nacional e América-MEX (empate por 0 a 0), o jogo ficou completamente aberto. O Argentinos Jrs., perdendo, não se classificava, e o Flu precisava vencer por 2 gols de diferença para avançar às oitavas. Emoção à flor da pele. Aos 43, surgiu o lance que decidiu o jogo. Araújo lançou Edinho em um contra-ataque, o qual driblou o goleiro Navarro e sofreu pênalti. O que falar do coração quando Fred se preparou para a cobrança? Todo o ano do Flu se resumia àquele momento. Fred, que nunca receberá críticas minhas a respeito de sua qualidade, teve frieza para converter o gol da classificação. Apoteose tricolor. Vitória típica do Fluminense, com gol no fim do jogo para fazer a sua apaixonada torcida explodir de alegria. Poucas vezes na minha vida fui inundado por uma euforia como a que me dominou ao apito final. Em meio à confusão após o jogo, eu só conseguia rir, esbanjando um sorriso de extrema felicidade.

O próximo adversário, agora pelas oitavas-de-final da competição, é o Libertad. O primeiro jogo será no Engenhão na próxima quarta. Antes disso, entretanto, tem Fla-Flu pela semifinal da Taça Rio. Temos de dar um passo de cada vez. Enfim, parabéns a todos que acreditaram, como eu. Parabéns especialmente àqueles que estiveram presentes. Surpreendi-me com nossa torcida superando o canto dos argentinos em vários momentos durante jogo. Foi lindo de se ver! Parabéns aos nossos guerreiros, que lutaram até o fim. Parabéns ao nosso técnico interino, Enderson Moreira, que tem demonstrado uma coragem enorme e conseguiu um feito que o melhor do País, Muricy Ramalho, com certeza, não teria conseguido. Agora, faltam 8 jogos para soltarmos o tão sonhado grito de campeão. Rumo ao inédito título da Libertadores. A benção, João de Deus! Orgulho de Ser Tricolor.

Saudações Tricolores

segunda-feira, 18 de abril de 2011

Missão cumprida

Guerreiros, ontem o Fluminense apenas confirmou a sua classificação para as semifinais da Taça Rio. A imprensa chegou a ventilar antes do jogo contra o Americano que o Flu tinha chances de ficar de fora, mas, convenhamos, em nenhum momento ficamos longe da vaga. Acredito que poucos torcedores tricolores tiveram dúvidas de que íamos nos classificar. Era questão de tempo apenas e ontem isso foi provado.

Precisando apenas de um empate contra uma equipe do Nova Iguaçu já sem grandes pretensões no campeonato, o Fluminense entrou em campo praticamente sem pressão. O resultado viria naturalmente. Contudo, a primeira oportunidade do jogo foi do Nova Iguaçu, em cobrança de falta do goleiro Diogo Silva, mas a bola saiu pela linha fundo. Fred revidou da mesma maneira. O Flu tomou um grande susto em uma cabeçada de Leonardo, que obrigou Berna a fazer grande defesa, mas deu o troco na volta da parada técnica, em uma bela cabeçada de Marquinho, espalmada para escanteio pelo goleiro Diogo Silva. Aos 34, o gol tricolor saiu. Fred dominou na área e soltou a bomba, que parou no braço do zagueiro do Nova Iguaçu. Pênalti claríssimo, cobrado com perfeição no ângulo esquerdo pelo próprio Fred, convertendo o único gol da partida. Fred também marcou outros três gols belos gols, mas estava impedido em dois e fez falta em outro. Acabou o jejum de gols do atacante, que não marcava desde a semifinal da Taça Guanabara contra o Boavista. Que isso ajude a lhe dar confiança para o confronto decisivo de quarta.

Apesar da vitória pelo placar mínimo, o Fluminense criou inúmeras oportunidades. Araújo chutou de primeira em cima do goleiro após cruzamento de Mariano. Júlio César quase marcou um golaço. Passou por três jogadores em velocidade (sendo o último deles o goleiro), mas perdeu o ângulo na hora de finalizar e chutou pela linha de fundo. Fred teve uma boa oportunidade, quando tabelou sem querer com as pernas do marcador e chutou para o gol, mas a bola desviou na perna do jogador do Nova Iguaçu. Fred ainda lançou Mariano, que completou de primeira para fora, em uma jogada rápida de contra-ataque tricolor. Sheik, barrado por Araújo, entrou no segundo tempo com gás e levou perigo, acertando a trave em um lance ao completar um cruzamento de Júlio César. No final do jogo, o Nova Iguaçu teve sua melhor oportunidade num chute de Nelinho, defendido por Berna. Com o fim da oitava rodada, ficou definido o adversário tricolor na semifinal. Domingo será dia de Fla-Flu, o maior clássico do Brasil. A outra semifinal terá o duelo de Vasco e Olaria. Pela primeira vez nos últimos 5 anos,

Até lá, entretanto, temos de lutar contra o Impossível na Argentina. Na quarta, faremos o último jogo da fase de grupo da Libertadores. Tricolor, lembre-se: o Nacional não pode ganhar do América-MEX, senão estamos fora. Preparem-se para secar! Além disso, precisamos ganhar do Argentinos Jrs. de qualquer jeito! Dois tipos de combinações de resultado são úteis para o Flu: Vitória do América e vitória do Flu por qualquer placar; e empate entre Nacional e América e vitória do Flu por 2 gols de diferença. Sabemos que vivemos uma situação bem delicada na competição, mas, conforme diz a faixa exibida no jogo contra o Americano, não podemos deixar de ter esperanças. Lutemos até o fim!

Saudações Tricolores