quinta-feira, 30 de julho de 2009

"Apesar de você, amanhã há de ser outro dia!"

São dez jogos sem vencer. Dez partidas sem sentir o já longínquo sabor da vitória. Infelizmente, esta é uma das expressões que mais venho utilizando neste blog: a situação é caótica. A cada jogo, o sofrimento aumenta. Pergunto-me se o torcedor tricolor não é um masoquista. Como será que agüentamos tudo isso? Será que gostamos de sofrer?

Jogamos até bem hoje, analisando o potencial dos jogadores que temos à disposição. Renato deu um jeito no time e achou a melhor formação. Temos jogado com vontade, mas esbarramos na falta de qualidade técnica de alguns jogadores e na má fase de outros. Perdemos de 1 a 0 para o Palmeiras no Palestra, mas muitos de nossos homens jogaram com o máximo de sua capacidade. Se elas são limitadas, a história é outra. O problema passa a ser da nossa diretoria. Deve-se contratar com critério. Não adiantar trazer mais meia dúzia de jogadores do mesmo nível dos que aqui estão.

Hoje, depois do jogo, nas minhas andanças pela maior comunidade do Fluminense Football Club no Orkut, deparei-me com um tópico excelente. Nele, Alex, um torcedor tricolor, afirmava que a nossa torcida merecia tal sofrimento. Para justitificar tal idéia, citou os protestos sugeridos que fracassaram. Um deles contou com a presença de um único torcedor. Depois que o li, fui levado a refletir sobre a acomodação de nossa torcida.

Há alguns dias, um tricolor deu a idéia de realizar um protesto no dia 25 de julho. A data era excelente, pois, nesse dia, seria realizado o baile de aniversário do Flu, o qual contaria com a presença dos nossos "ilustres" dirigentes. Cansado de ver o nosso time às moscas, aderi à idéia. Contudo, como, infelizmente, moro muito longe do Rio de Janeiro, o máximo que pude fazer foi estruturar um tópico e ajudar a divulgar. Cumpri a minha parte, fazendo o que estava ao meu alcance, mas, para variar, o tão necessário protesto, mais uma vez, não ocorreu.

A tristeza tomou conta de mim. O nosso clube amado sendo tratado como lixo e os únicos que podem mudar isso, nós, torcedores, estão sem fazer o mínimo de esforço para lutar contra essa situação. O que mais me chateou, sem dúvidas, foi ver alguns participantes da comunidade me criticando por ter criado o tópico de divulgação do protesto e não poder ir por não morar no Rio. Sinceramente, a minha participação em tal projeto foi só uma tentativa de afugentar a sensação de incapacidade que me toma ao término de cada partida. Só ajudei a divulgar na ânsia de lutar pela melhora do Fluminense Football Club, o meu maior amor. Muitos não têm noção de como é doloroso morar longe do clube. Presenciar cada derrota, sentir-se humilhado, sofrer e saber que não pode fazer nada prático para mudar isso tudo. Nem protestar. Esses torcedores deviam pensar nos milhares de tricolores distantes do Rio, que fariam de tudo para lutar pelo clube que amam se lá morassem, mas não podem fazer praticamente nada devido à distância. Por eles, só lamento.

À nossa diretoria dedico o título do tópico. Essa frase é de autoria do tricolor Chico Buarque, idealizada na época da Ditadura. Vocês, dirigentes, não conseguirão destruir o nosso Fluminense. Nossa torcida se conscientizará. Espero que aqueles que podem fazer realmente algo de útil pelo Flu percebam essa capacidade e ajam. Lutem, antes que seja tarde demais. Lutem, para que o nosso amanhã seja completamente diferente. Lutem, para que o nosso amado time reviva tempos de glória.

P.S.: Muitas vezes generalizei. Considerem as sempre existentes exceções.

Saudações Tricolores

terça-feira, 28 de julho de 2009

Um pouco da nossa história (n° 4)


Recordar é viver. Já que nosso adversário de amanhã é o Palmeiras no Palestra Itália, convido todos vocês a relembrar um jogo épico ocorrido nesse mesmo estádio em 7/11/2001. Goleamos o time da casa por 6 a 2. Magnata fez dois e Roni, que foi anunciado como nova contratação nos últimos dias, também deixou o dele. Com o time na situação em que está, reviver esses momentos especiais nos deixa com uma grande nostalgia. Que os ventos soprem a nosso favor! Que a equipe continue melhorando e consiga sair com um bom resultado do Palestra, inspirada nos nossos jogadores de 2001!

Reportagem sobre o jogo

Palpite: Palmeiras 1x1 Fluminense (Já que apostar na vitória não tem dado certo, quem sabe mudando para um empate não vem a tão esperada vitória - não consigo nem imaginar mais uma derrota)

Saudações Tricolores

segunda-feira, 27 de julho de 2009

Reage, Fluminense!

Tricolores, ontem à noite, o homem do jogo foi o que está na foto acima: Kieza. O garoto que veio do Americano tem surpreendido até o mais otimista dos torcedores. Contra o Galo, entrou no lugar do lesionado Fred, o qual, infelizmente, está afastado dos gramados de 6 a 8 semanas, e jogou bem, chegando até a marcar um gol (embora o último a tocar na bola tenha sido um jogador do time mineiro). Ontem mostrou muita personalidade, esforçou-se em campo, movimentou-se, não se intimidou com a marcação e fez o gol de empate do Fluminense. Vibrou, comemorou como se fosse um verdadeiro torcedor. Eu também vibrei. Bati no peito e comemorei um gol do Fluminense com uma vontade que há muito não sentia. Devemos reconhecer que ele vem fazendo um bom trabalho. Contudo, ainda é cedo para julgá-lo. Nada de endeusá-lo. Já fizemos isso com vários jogadores e o resto da história todos sabem...

A equipe continua evoluindo. Jogou ainda melhor do que em BH. Começamos pressionando o Cruzeiro e obrigando Fábio a fazer duas defesas importantes. Infelizmente, tomamos um gol em uma jogada manjadíssima feita em cima de um lento Wellington Monteiro, mas Kieza nos recolocou na partida no início da segunda etapa. Até me animei quando a Raposa teve um jogador expulso, mas logo a preocupação voltou. Fomos pressionados por um time em inferioridade numérica! Só notamos que podíamos acuar o Cruzeiro depois de algum tempo e, no fim, por azar, não fizemos o gol da vitória. É, até sem sorte estamos. Fluminense Football Club, sempre contra tudo e contra todos.

Ao término da rodada, continuamos na Zona. Permanecer na Zona é o passo anterior ao rebaixamento, e essa briga para permanecer na primeira divisão me fez lembrar de um fato que ocorreu quando eu tinha 7 anos. Naquela época, o nosso Tricolor estava na Série C, no fundo do poço. Em uma festa infantil no condomínio em que morava, o animador levou as crianças para uma brincadeira no campinho. A descontração consistia em correr rapidamente por baixo de um pano segurado por alguns participantes e pelo animador ao ser mencionado algo de que você gostava. Observando atualmente, não passa de uma brincadeira sem graça. Mas, para crianças, tudo é motivo para rir. Depois de algum tempo, o organizador falou que ia falar de times de futebol. Falava o nome dos times normalmente, e muita gente corria. Todos o observavam atentamente. Vi, então, um sorriso sarcástico surgir na face dele. Ele falou "Fluminense" e deu uma risada de deboche. Eu, apesar de não acompanhar futebol, era tricolor. Senti-me humilhado. Mas não deixei de correr, mesmo sozinho diante do deboche do maldito homem. Esse episódio me marcou. Já basta tanta humilhação. Apesar de acreditar que Renato nos tirará dessa situação que não condiz com as nossas tradições, mesmo que fiquemos na lama novamente, eu nunca vou te abandonar, Fluminense Football Club. Não se abandona um amor eterno. Reage, Flu!

Saudações Tricolores

sábado, 25 de julho de 2009

Um pouco da nossa história (n° 3)


Amigos, amanhã jogaremos contra o nosso, até 2006, freguês (hoje, já não consigo taxá-lo assim, pois, nos últimos dois anos, perdemos 3 das 4 partidas disputadas) Cruzeiro. Nada melhor para aliviar a tensão pré-jogo (precisamos da vitória a qualquer custo!) do que recordar um grande jogo em que goleamos a Raposa por 5 a 1, no Maracanã, em 11 de agosto de 2002 (Dia dos Pais). Que presente os pais tricolores receberam! Caso não lembrem, foi a estréia do baixinho Romário no Tricolor, o qual levou mais de 68 mil torcedores ao estádio e marcou dois gols na goleada. Vale a pena ver de novo! Confiram!

Reportagem sobre o jogo

Palpite: Fluminense 1x0 Cruzeiro

Saudações Tricolores

sexta-feira, 24 de julho de 2009

Lágrima solitária

Tricolores, hoje sofremos mais uma derrota. Desta vez, para o atual líder do campeonato, Atlético-MG. Ao final dessa rodada, amargamos a penúltima colocação do Campeonato Brasileiro. É, quem diria... O Fluminense, que outrora teve, como usuários do seu manto sagrado, Preguinho, Castilho, Rivelino, Romerito e Assis, agora luta ano a ano contra o rebaixamento... Lamentável.

O primeiro gol do Galo surgiu após um desvio na zaga tricolor. O segundo, após um cruzamento em que o xerife Luiz Alberto falhou, entregando o ouro. Que fase é essa do nosso xerife, hein! Errando demasiadamente! Apesar disso, o Fluminense não se abateu e foi para cima. Diminuiu em jogada ilegal (sim, uma das raras vezes que vi errarem a favor do Flu) com Kieza, mas a reação parou por aí, esbarrando nas defesas do goleiro Aranha. Ao término da partida, uma lágrima solitária percorreu meu rosto. Tristeza por ter perdido? Claro que me entristeci por isso, mas, principalmente, tristeza por ter visto uma equipe guerreira perder, tristeza por saber que, com o resultado, ficaríamos ainda na vice-lanterna, posição que não é digna de um clube com a tradição do Fluminense Football Club.

Apesar do resultado ruim (perder nunca é bom, mesmo que seja para o líder, e, além disso, estamos querendo fugir a todo preço da Zona de Rebaixamento), aprovei a exibição da equipe. Eu achava, como podem ver no post anterior, que Renato havia acertado na escalação do time para o jogo de ontem, e o desempenho em campo me confirmou isso. Vi um Fluminense mais motivado, mais guerreiro. Um Fluminense que não desistiu, que ameaçou o gol do goleiro Aranha (o qual, por sinal, fez uma excelente partida) e que teve uma melhoria no seu sistema defensivo (entretanto, ainda há vários erros de posicionamento a se corrigir). Portanto, nota-se uma evolução. Jogamos infinitamente melhor do que na partida contra o Goiás. Com essa melhoria, quem sabe, poderemos ver um vitória contra o Cruzeiro domingo, no Maracanã.

Saudações Tricolores

quarta-feira, 22 de julho de 2009

Um pouco da nossa história (n° 2)


Na véspera do importantíssimo confronto contra o Atlético-MG no Mineirão, coloco à disposição um vídeo que mostra o gol de Mickey, no empate por 1 a 1 com o mesmo Atlético-MG, no Maracanã, que valeu ao Flu o título de Campeão Brasileiro de 1970 (Sim, nós fomos campeões da Taça de Prata, que, um ano depois, deixou de existir e foi substituída pelo Campeonato Brasileiro). Amanhã, mais um jogo dificílimo nos espera. Depois de termos sido goleados em casa pelo Goiás, a vitória no Mineirão se tornou de extrema importância. Apesar dessa série de derrotas no campeonato, sinto-me esperançoso. Uma mudança de técnico geralmente é acompanhada de maior empenho do time, a fim de mostrar serviço, sem falar que Celso Barros e Horcades entraram em consenso na escolha de Renato Gaúcho como treinador do Flu, indício de que a atual crise política está diminuindo. Contudo, o que mais me anima é a nova escalação escolhida por Renato. O técnico optou pelo 3-6-1, que deve ser formado por: Fernando Henrique (sim, ele também está de volta); Edcarlos, Cássio e Luiz Alberto; Ruy, Wellington Monteiro, Diguinho, Conca, Tartá, João Paulo; Fred. A escolha por três zagueiros pode diminuir a deficiência da nossa zaga, já que a responsabilidade do sistema defensivo tende a ser melhor dividida. Além disso, a utilização de dois alas me anima, já que os nossos laterais têm como ponto forte o apoio e, jogando como alas, perdem bastante a responsabilidade de marcação, concentrando-se no que melhor sabem fazer. Enfim, espero um bom jogo do Tricolor amanhã. Que consigamos os tão desejados 3 pontos!

Palpite: Atlético-MG 1x2 Fluminense (Nessa hora, o coração fala mais alto)

Saudações Tricolores

terça-feira, 21 de julho de 2009

107 anos!

Neste dia 21 de julho, o Fluminense completa 107 anos. Ao longo de sua gloriosa história, nós, torcedores, vivenciamos uma infinidade de momentos únicos. Vimos títulos conquistados nos minutos finais de jogo, como o inesquecível gol de barriga de Renato em 1995, que nos deu o Campeonato Carioca no centenário do Império do Mal; sofremos com títulos que escaparam das nossas mãos quando pareciam garantidos, como a tão sonhada Libertadores de 2008, a qual perdemos na disputa de pênaltis em pleno Maracanã para a LDU; choramos com três rebaixamentos; testemunhamos equipes inesquecíveis, como a Máquina de 76 e o timaço de 84... Enfim, rimos, choramos, festejamos, sofremos. As nossas conquistas são únicas. "A verdade incontestável é que ninguém ganha da forma como nós ganhamos. As vitórias dos outros são simples, quase sem graça. Algumas beiram à banalidade, ao ridículo, as nossas não. As nossas são cardíacas. As dos outros são previsíveis, esquecidas ao apito do primeiro jogo do próximo campeonato, as nossas são inesquecíveis. Por todos, por nós, pelos adversários e até pelo mais indiferente leigo. As nossas vão da extrema falta de perspectiva, do máximo sofrimento, da crueldade, ao êxtase, ao épico, ao apoteótico. Tudo junto, quase sem fronteiras entre esses opostos." Mesmo que escrevêssemos toda a nossa história, contássemos cada momento de emoção, aqueles que a lessem ou a ouvissem não compreenderiam o significado de ser tricolor. Afinal, "ser tricolor não é uma questão de gosto ou opção, mas um acontecimento de fundo metafísico, um arranjo cósmico ao qual não se pode - e nem se deseja - fugir."

É por ter uma historia tão gloriosa que o nosso querido Tricolor não merece estar na atual situação. Infelizmente, nesta década, tornou-se comum vermos o Flu lutar contra o rebaixamento. A tristeza tem sido tão grande que intitulo a recente geração de torcedores como a "geração sofrimento". São torcedores que, apesar de jovens, vivenciaram o pior momento da história do Flu e permaneceram fiel ao time. Por isso, hoje também merecem os meus parabéns. Na verdade, todos nós, tricolores, merecemos os parabéns hoje, pois, sejamos de qualquer idade, nós somos o Fluminense Football Club.

Como tenho falado, é preciso mudar. Chega de pensar pequeno. Está na hora de voltar a pensar grande. Brigar por títulos. Voltar a ser o Fluminense dos velhos tempos, que, simplesmente ao entrar campo, amendontrava o adversário. Que aniversários melancólicos como esse não se repitam. Que venham mais 107 anos de conquistas.

Parabéns, Fluminense Football Club, meu maior amor.

Saudações Tricolores

segunda-feira, 20 de julho de 2009

Ele está de volta!

Amigos, hoje se confirmou a contratação de Renato Gaúcho como técnico do Fluminense Football Club. Na sua última passagem pelo nosso querido clube, deu-nos, em um ano e meio, o título da Copa do Brasil de 2007 e o vice-campeonato da Libertadores de 2008,e foi demitido após uma derrota por 2 a 1 para o Ipatinga, que atualmente se encontra na Segunda Divisão, deixando-nos na última colocação do campeonato desse ano.

Muito criticado por sua falta de humildade, fanfarronices e pelos seus tradicionais "rachões" nos treinamentos do time, é inegável que Renato nos deu grandes alegrias. A mim, particularmente, foram as maiores que já tive como torcedor, já que comecei a ser um torcedor ativo no returno do Brasileirão de 2006, no qual o time livrou-se do rebaixamento na penúltima rodada. Desde então, vi os guerreiros de 2007 conquistarem a Copa do Brasil, ficarem em 4º lugar do Brasileiro e, em 2008, a épica trajetória na Libertadores da América, cujo título, infelizmente, escapou das nossas mãos. Provavelmente para essa "geração sofrimento" de tricolores, da qual faço parte, Renato foi o técnico que mais nos proporcionou alegrias.

Caros tricolores, como sempre, prevaleceu a vontade de Celso Barros. Está mais do que provado que somos reféns da Unimed. Uma parceira que conta com uma enorme submissão do clube logicamente não é a desejada. Como todos sabem, caso não sejam impostos limites, seremos engolidos. Está mais do que na hora de começarmos a andar com nossas próprias pernas, usufruindo de uma relação saudável clube-patrocinador. Nota-se, portanto, que uma reformulação na nossa cúpula ainda é necessária. Chega de sermos submissos a um patrocinador. Chega de falta de comprometimento, incompetência na administração. O passo inicial seria a realização de um grande protesto contra a diretoria, que, como alguns tricolores sugeriram, deverá ser realizado no dia 25/07, no horário do Baile de Aniversário do clube nas Laranjeiras. Mas, sem dúvidas, o mais importante é nos tornar SÓCIOS. Dessa maneira, por meio do VOTO, poderemos colocar no comando indivíduos realmente interessados no bem do Tricolor, que possam fazer jus à nossa tradição. Enfim, boa sorte ao Renato no comando do nosso querido time. Espero que ele exija boas contratações, pois o elenco atual é fraquíssimo (Contratações que dependem inteiramente do investimento do nosso patrocinador, evidenciando a debilidade do Fluminense Football Club). E, lembrem-se: o Fluminense precisa de vocês, tricolores! Protestem, virem sócios, ajudem a limpar a imundície existente no nosso clube!

Saudações Tricolores

domingo, 19 de julho de 2009

Um pouco da nossa história (n°1)


Amigos tricolores, como sabemos, a situação está caótica no Fluminense. Mergulhado numa grande crise política, na qual há confronto de egos (Patrocinador x Diretoria x Investidores), hoje houve uma reunião da atual cúpula tricolor a fim de decidir o futuro técnico do Fluminense Football Club. O nome preferido é Muricy Ramalho, mas, caso não haja acordo salarial, a segunda opção é Renato Gaúcho. Com a possível volta de Renato ao comando do Tricolor (A vinda de Muricy é improvável), para recordar a maior alegria que ele nos deu como jogador, postei acima um vídeo recordando o maior Fla-Flu de todos os tempos, cujo protagonista foi ele, Renato Gaúcho. Assim, inauguro a série Um pouco da nossa história no blog, a qual contará com a publicação de vídeos recordando a gloriosa história tricolor.

Saudações Tricolores

O dia em que até os cães vaiaram...

Indignado. É como me sinto ao escrever esse post. Poderia falar também que estou melancólico, envergonhado, cabisbaixo, mas acredito que a indignação com a situação vivida pelo Fluminense Fooball Club é a pior sensação que tenho.

Hoje fui à casa de meu pai assistir ao jogo confiante numa vitória. Depois de um primeiro tempo de pressão do Flu, achei que era só questão de tempo para sair gols. E era verdade infelizmente.

No começo do segundo tempo, Ruy marcou. Felicidade total. Ruy, lateral-direito de origem, jogando há duas partidas de meia e marcando gols. 2 gols em 3 partidas. Excelente para a nova contratação do Flu. Agora que o Flu tinha feito um, era só fazer o segundo e matar o jogo. Até passou pela minha cabeça, confesso, em tomarmos a virada, mas tratei logo de afastar esse pensamento nefasto. Não era possível. Jogando em casa contra o Goiás, que havia perdido do Avaí, atual lanterna do Brasileirão, no Serra Dourada, a vitória era certa. Ainda mais com o time goiano jogando no contra-ataque, dando espaço para o Tricolor matar o jogo. Doce ilusão.

A defesa do Flu afastou mal e tomou o primeiro gol. Empate, mas eu ainda estava confiante. Vamos ganhar essa, já está na hora. Não é possível que iremos perder a 4ª partida seguida. Sim, era possível.

O Tricolor morreu ao sofrer o primeiro gol. Era um bando em campo. Os jogadores se escondiam. O Goiás meteu o segundo, o terceiro e o quarto. Em um dado momento, os latidos dos cachorros da polícia do estádio foram escutados em alto e bom som com as vaias da torcida tricolor ao fundo. Um dos comentaristas brincou e falou que até os cães estavam vaiando. 18 de julho de 2009, o dia em que os latidos dos cães fizeram coro às vaias dos torcedores.

Estava consolidada a goleada em cima do Fluminense no Maracanã. Eu via novamente o jogo contra o Santos, nesse mesmo Brasileirão. 4 a 1 em casa. Bizarro. Simplesmente inacreditável.

Hoje, vi meu pai falar, melancólico, enquanto assistia à partida: "Coitado do meu time...". Vocês não têm idéia do quão triste é vê-lo falar isso. Pior que eu também senti a mesma coisa. Tive pena, o pior dos sentimentos. Voltei para casa completamente abatido. Até agora, essa angústia não passa. Não suporto ver meu time, o querido clube que tanto amo, jogado na lama, à deriva. Sem qualidade, sem vontade, sem tudo. Aquilo não era Fluminense Football Club. Esse "futebol" que nos é apresentado não é digno do Fluminense Football Club. Um clube de tantas glórias, equipes inesquecíveis, títulos conquistados com o sangue de guerreiros vestidos de verde, branco e grená, agora está assim. Sendo humilhado no seu próprio estádio. Tendo a tradição, que, segundo Nelson Rodrigues, "um clube tem ou não desde sua fundação", jogada no lixo.

O Fluminense, ultimamente, tem se familiarizado com a Zona de Rebaixamento. Que ironia! Há um ano, éramos vice da Libertadores, que, diga-se de passagem, merecia ter sido nossa. Hoje, somos vice-lanternas do Brasileirão e, diga-se de passagem, temos jogado um futebol que nos faz merecer a última colocação.

Sabe-se que o clube vive um conflito político grave. Isso se reflete em campo. Jogadores da Unimed, da Traffic e do clube vivem num ambiente caótico. E aí, torcedor? Esperaremos de braços cruzados que o Flu novamente seja rebaixado? Ou protestaremos, a fim de que nosso orgulho de torcer pelo time "das três cores que traduzem a tradição" retorne e, ao sermos indagados sobre que time torcemos, enchamos o peito para dizer: "Sou Fluminense, com muito orgulho"? Lembrem-se: "Nós somos os donos dos nossos próprios destinos."

Saudações Tricolores

quarta-feira, 15 de julho de 2009

O Fluminense somos nós! Respeitem as Três Cores que Traduzem a Tradição!

Sinceramente, só podemos ser masoquistas, tricolores. Quanto sofrimento! Quanto decepção! Quando chegará ao fim essa "geração sofrimento"? Cansei de ver rebaixamentos, sofrer humilhações, perder campeonatos por detalhes. Quero ver títulos. Quero ver tricampeonatos cariocas. Tetras, pentas, hexas. Quero ser campeão brasileiro. Quero ver títulos de Libertadores. Quero ver NOSSO Fluminense voltar a ser um time grande. Quero ter respeito nacional e internacional. Quando voltaremos a ter isso? Será que é exigir demais do Fluminense? Para isso, é preciso mudar.

É impressionante como o Flu vem se apequenando a cada ano. Terminei de ler recentemente o livro de Nelson Motta intitulado de "Fluminense: A Breve e Gloriosa História de uma Máquina", que aborda, como podemos inferir do título, a época em que tínhamos à disposição o melhor time do Brasil, sem dúvidas. Como parece longíqua a época do "futebol arte"... Período no qual os craques tinham orgulho em vestir o manto sagrado. Época na qual os estádios lotavam com facilidade... É simplesmente INACEITÁVEL para a torcida tricolor ver jogadores medíocres como esses vestindo a tradicional camisa tricolor. Infelizmente, na época em que podíamos ganhar tudo, perdemos títulos por detalhes. Títulos esses que fazem falta atualmente, mas que ainda podem ser conquistados. Para isso, é preciso mudar.

Sinceramente, tenho certeza de que todos nós, tricolores, estamos cansados das fanfarronices no comando do Fluminense. Conselheiros que não estão nem aí para o clube, dirigentes medíocres, corruptos, que só pensam em si, uma patrocinadora que manda e desmanda no time, fazendo o que bem quer. É preciso cobrar comprometimento e competência, mais do que nunca. Exigir agora para não sofrer depois. Por isso, peço que exijamos a REESTRUTURAÇÃO do Tricolor, começando com a saída da atual diretoria.

Por que não protestar, ir às ruas, pedir a saída da atual cúpula? Se, quando ganhamos um título, lotamos as ruas para comemorar, por que não lutar para o bem do nosso clube? Para que, num futuro próximo, possamos comemorar grandes títulos, grandes conquistas? Para que voltemos a ter ORGULHO de dizer por aí que torcemos para o Time das Três Cores que Traduzem a Tradição? Para isso, é preciso mudar.

E a hora de mudanças chegou. Que o protesto planejado não fique só no papel. Que façamos o que planejamos para permitir que o Fluminense, daqui a algum tempo, volte ao patamar do qual nunca deveria ter saído.

Saudações Tricolores