quinta-feira, 24 de março de 2011

Esse é o Fluminense Football Club

Guerreiros, o jogo de ontem foi uma daquelas partidas épicas, inesquecíveis, que serão recordadas com orgulho pelos tricolores daqui a 10, 20 anos. Até os 34 minutos do segundo tempo, o Fluminense estava praticamente eliminado da Taça Libertadores, um vexame sem tamanho para o clube que é o atual campeão do País. Então, a estrela de um meia luso-brasileiro, atormentado por lesões desde que chegou ao clube, em agosto do ano passado, voltou a brilhar, mais forte do que nunca. Retornando aos gramados após dois meses parado devido a uma grave lesão na coxa esquerda, Deco entrou no segundo tempo e decidiu a mais importante partida do Fluminense na temporada. Um tapa na cara daqueles que já o consideravam um ex-jogador em atividade. Uma assistência e um gol no jogo de ontem deixaram claro que o camisa 20 ainda tem muito a render no Fluminense. O meia, que nunca havia jogado uma partida pela Libertadores na sua carreira, estreou com o pé direito e permitiu que o sonho tricolor continuasse vivo. É esse o Deco que nós queremos ver jogar!

O anúncio de Peter Siemsen na tarde de quarta de que Abel Braga será o novo técnico do Fluminense daqui a cerca de dois meses deu o ânimo que faltava à torcida tricolor. Decidida a empurrar o time, que passa por problemas extra-campo agravados depois do abandono de Muricy Ramalho, o qual deixou o Fluminense em situação delicada na Libertadores, a massa tricolor foi ao Engenhão na noite passada com sangue nos olhos. O público foi bem reduzido, é verdade, mas os treze mil presentes cantaram por mais de cem mil. Não pararam de apoiar um minuto sequer, acreditando no time e o empurrando até o final do jogo. A nossa equipe também correspondeu. Superou as adversidades na base da raça. Pressionou o América-MEX durante todo o jogo, e teria sido uma grande injustiça se saísse derrotada da partida. O gol da vitória aos 42 minutos do segundo tempo, no mesmo minuto do antológico gol de barriga de Renato Gaúcho em 1995, marcou a volta da união time-torcida que levou o clube à milagrosa fuga do rebaixamento em 2009, quando tudo parecia perdido. Na quarta, presenciamos o retorno não só do Time de Guerreiros mas também de uma torcida de fanáticos, apaixonados, que apóiam até o fim, independentemente dos obstáculos.

O time do Fluminense entrou mordido. Vi muitos tricolores dizendo que um time que perdeu do Boavista não tinha condições de vencer o América-MEX. Eu os avisei. Em Libertadores, o espírito é outro. A motivação é totalmente diferente. O Flu mandou na partida. Faltava o gol. Infelizmente, devido a uma mistura de azar com falha de Ricardo Berna e Digão, esteve atrás no placar por duas vezes, mas não desistiu. Enderson, técnico do Flu até a volta de Abel, acertou na escalação do time, ao contrário do senhor Ratatouille. Sacou Marquinho da equipe titular e colocou Souza, algo que já deveria ter sido feito há algum tempo pelo nosso ex-técnico. O nosso técnico interino efetivado também trouxe ao Fluminense uma característica que há muito não víamos: a ousadia. Com Enderson no comando, o Fluminense voltou a ter o ataque como prioridade e não teve medo de arriscar tudo quando foi preciso. As substituições nada convencionais, tirando dois laterais e colocando um meia e um atacante deixaram isso bem claro. "Quem não arrisca não petisca", não é? Enderson apostou em Deco, que voltava de lesão e não havia jogado uma partida sequer desde a sua volta, e foi recompensado. Foi o nome da partida. Araújo, que entrou no decorrer da partida, também foi decisivo ao empatar o jogo com um belo gol de cabeça. Portanto, não foi só a estrela de Deco que brilhou. A de Enderson também. Que seja assim até a chegada de Abel!

A linda vitória de virada trouxe de volta o ânimo do time, que havia desaparecido. Mexeu com o brio tricolor. Fez o time lembrar como surgiu sua antonomásia "Time de Guerreiros". Um time que nasceu da humilhação e a utilizou como motivação para conseguir se reerguer, que provou ao mundo futebolístico a força da palavra superação. Depois do jogo de ontem, tenho a certeza de que, se não conseguirmos a tão sonhada classificação, veremos em campo um time que vai lutar até o fim. Esse é o Fluminense Football Club.

Domingo teremos um clássico contra o embalado Vasco, que venceu merecidamente o Botafogo na última rodada. Provavelmente, como sempre, será um jogo bastante complicado. Uma vitória, com certeza, ajudará a manter elevada a moral do time tricolor, fundamental para os confrontos restantes na Libertadores. Faltam dois jogos para a classificação. Rumo ao título que deixamos escapar em 2008. A benção, João de Deus!

Saudações Tricolores

terça-feira, 22 de março de 2011

O campeão rejeitado

Guerreiros, com a derrota para o Boavista, a crise tricolor passou a se manifestar com força total. Comandado pelo preparador físico Ronaldo Torres, o perdido time do Flu sofreu sua primeira derrota para clubes pequenos no Campeonato Carioca e deixou claro que a saída de Muricy Ramalho e suas consequências afetaram bastante o desempenho da equipe. O Boavista, jogando no contra-ataque, aproveitava a fragilidade da defesa tricolor e levava bem mais perigo à meta de Ricardo Berna do que o Flu ao goleiro adversário. O primeiro gol surgiu em cobrança de falta perfeita de Gustavo, que chutou com muita força e efeito, sem chances para o arqueiro tricolor. Com a desvantagem no placar, o Tricolor se expôs ainda mais aos contra-golpes sempre perigosos da equipe de Saquarema e acabou pagando caro próximo aos 30 minutos do segundo tempo, quando Max liquidou as chances do Flu na partida ao ampliar para 2 a 0. Novamente, o Boavista voltou a ser o algoz do Fluminense. No primeiro encontro entre os dois times, o Boavista acabou levando a melhor nos pênaltis, por meio dos quais chegou à final da Taça Guanabara, na qual foi vencido pelo Flamengo. Agora, a vitória - diga-se de passagem, justa - em tempo normal piorou ainda mais a delicada situação vivida pelo Flu. Se o time já buscava um substituto para Muricy com urgência, a derrota de domingo, com os gritos de parte da torcida apelando para a contratação de um novo treinador, intensificou essa busca e fez, inclusive, a diretoria do clube passar a atirar com uma metralhadora para todos os lados.

Nos últimos dias, Dorival Júnior, Felipão, Cuca, Levir Culpi, Adilson Batista e até Gilson Kleina, técnico da Ponte Preta, receberam propostas de comandar o Fluminense e as rejeitaram. O único que está realmente disposto a assumir o Tricolor é Abel Braga. Contudo, como o técnico só pode passar a comandar o clube em maio ou, no mais tardar, junho, a cúpula tricolor buscou soluções imediatas, todas as quais fracassaram. Bom para a torcida, que, em sua maioria, torce pela volta de Abel, mesmo que sejamos comandados por um técnico interino até lá. Será que é difícil os dirigentes darem ouvido à torcida e fazerem nossa vontade? Se der errado, a responsabilidade é toda nossa, afinal, fomos nós quem pedimos. O que não pode é buscar desesperadamente por um nome para substituir Muricy e depreciar a imagem do clube com essas múltiplas recusas, justificadas pela crise vivida pelo Flu atualmente. Qual treinador quer trocar a estrutura (não é difícil ter uma melhor do que o Fluminense), o conforto e a estabilidade que possuem nos clubes que comandam pelo ambiente inóspito do atual campeão brasileiro? Confesso que, se eu fosse técnico, não me arriscaria a esse ponto, portanto, a atitude desses profissionais é completamente compreensível. Ridículo mesmo é a acessoria de imprensa do clube anunciar a contratação de um treinador (Gilson Klaine) sem ter assinado contrato com ele, ato de total amadorismo demonstrado ontem por nossa diretoria, que tanto criticava a cúpula passada devido a isso. Cadê o profissionalismo que deveria caracterizar a atual gestão?

O medo da torcida tricolor é possibilidade da chegada de Joel Santana ao clube. O técnico enfrenta problemas no Botafogo e talvez saia do clube hoje de manhã. O "Papai Joel" deveria ser considerado persona non grata nas Laranjeiras depois de 95, ano no qual vencemos o épico Campeonato Carioca, mas fomos eliminados bisonhamente pelo Santos na semifinal do Brasileirão, e de 96, época em que Joel comandava a equipe do Flamengo e escalou reservas no último jogo contra o Bahia, que foi vencido pelo time baiano e culminou no rebaixamento do Flu. Joel não, diretoria! Também não queremos técnicos meia-boca no nosso time! Vemos Abel Braga dando declarações que deixam completamente expressa sua vontade de retornar ao Tricolor. Por que não ele? Façam o óbvio: efetivem um interino, seja lá quem for (pode ser Josué Teixeira, do Nova Iguaçu, ou até Enderson Moreira, contratado no último domingo para essa função) até a chegada de Abel. Visto à proximidade do jogo importantíssimo contra o América-MEX amanhã, é necessária a urgente estabilização dessa crise que atinge o Fluminense. Não percam mais tempo!

Felizmente, temos a possibilidade de uma grande novidade que muito melhora o prognóstico tricolor. Peter Siemsen fechou um acordo de compromisso com o dono do clube Banana Golf (que, por sinal, é tricolor de coração), e finalmente o local do nosso CT será comprado em breve, com o dinheiro advindo das cotas de televisão, de forma parcelada. Provavelmente esse foi o único ponto positivo da saída de Muricy: a diretoria partiu imediatamente em busca de combater os problemas de estrutura expostos pelo técnico.

Quarta-feira é dia de decisão. O Fluminense joga a sua vida na Libertadores. Disputa o direito de continuar na disputa pela conquista do tão sonhado título. É vencer ou vencer o América-MEX. O problema é que a situação vivida pelo clube em nada ajuda. Se a missão tricolor é dificílima, o atual momento do clube parece torná-la impossível. Contudo, de missão impossível o Fluminense entende (ah se entende)! O Time de Guerreiros é a prova viva disso. É a hora de retomar esse espírito de luta que tanto encantou a torcida tricolor. Tricolores, quarta-feira é dia de Engenhão. Ignorem o preço, a dificuldade de acesso, o horário. O Fluminense precisa de vocês. Quarta-feira é dia de uma perfeita sintonia entre time e torcida. É dia de se manter vivo em busca de tornar realidade um antigo sonho. Até breve!

Saudações Tricolores

Semana conturbada pós-Fla-Flu

Guerreiros, com oito dias de atraso, sai o post sobre o maior clássico do Brasil. Contudo, a emoção ficou para depois do clássico. A partida foi bastante sem graça, e o empate foi um resultado justo, já que houve domínio rubro-negro durante a primeira etapa e tricolor durante o segundo tempo. O Flamengo levou bastante perigo ao Flu nos chutes de Thiago Neves, os quais obrigaram Ricardo Berna a fazer boas defesas (goleiro titular absoluto, inanimidade na torcida). Já o Tricolor só passou a levar real perigo com as entradas de Souza e Araújo (aliás, ainda não sei como Souza é banco para Marquinho). Ronaldinho Gaúcho, coitado, foi anulado na partida, não fez nada (mentira, conseguiu driblar Diguinho e levar perigo ao gol do Flu, mas somente em um mísero lance). Enfim, poucas chances criadas e desperdiçadas de ambos os lados, jogo equilibrado e placar condizente com o desempenho dos times em campo. Após o jogo é que veio o duro golpe no planejamento tricolor: Muricy Ramalho, melhor técnico do Brasil (para mim e para outros milhões), o homem que jamais rompia contratos, pediu demissão do Fluminense Football Club.

O Flu já atravessava uma reformulação no cenário político que culminou na demissão do vice de futebol Alcides Antunes, tido como muitos na imprensa como amigo de Muricy, e, segundo as notícias, o ex-treinador tricolor teria ficado chateado com a sua saída. Alegando falta de estrutura e não-cumprimento das promessas a ele feitas quanto a esse aspecto, Muricy largou o nosso time em situação delicada na Taça Libertadores - lembrando que ele foi o principal responsável por isso, escalando errado o time, armando-o mal e fazendo substituições equivocadas - a pouco mais de uma semana de uma decisão contra o América-MEX no Engenhão (só a vitória interessa). Fontes internas do clube alegam que ele recebeu uma proposta de um milhão mensais do Santos, e isso foi o principal motivo de sua saída do Flu (ontem recebeu proposta oficialmente do clube). Entretanto, era nítido o desânimo apresentado por ele nos últimos jogos. Observando-o durante os jogos, já não tinha o mesmo comportamento agitado que lhe é característico. Muricy tem razão ao não considerar adequada para o trabalho as péssimas condições de treinamento oferecidas pelo Fluminense. A estrutura do clube é uma lástima. Até ratos (esse assunto deu muito o que falar) havia nos vestiários. Apesar desses problemas, não deveria ter largado o time em um momento tão importante, em que disputa o direito de continuar a sonhar com a conquista da Libertadores, que deixamos escapar em 2008. Com certeza, se tivesse obtido bons resultados na competição, não teria abandonado o barco em andamento. Injusto também é Muricy exigir o cumprimento das promessas pela atual diretoria. Peter Siemsen está no comando há cerca de três meses, pouco tempo para que o CT pedido por Muricy fosse construído. O presidente do Flu, inclusive, andara visitando terrenos onde poderia estabelecê-lo. O maior erro de Muricy, entretanto, foi ter anunciado para toda a imprensa as carências estruturais do clube, expondo-o ao ridículo e fazendo-o virar motivos de chacota. Os problemas internos do Fluminense devem ficar no clube, e não serem ventilados aos quatro cantos do mundo. Atitude de moleque. Deveria ao menos ter um pouco mais de respeito pelo clube que o acolheu com carinho e pela torcida que, por vezes, idolatrou-o, torcida essa ao qual ele nem sequer se dirigiu diretamente. Gostaria de deixar claro que sou fã do trabalho de Muricy e sou bastante grato a ele pelo título que nos ajudou a conquistar após 26 anos de espera, mas ele realmente errou (e muito!) na sua saída do Fluminense.

O nosso amado clube está em frangalhos a 2 dias de uma decisão. A crise, que antes muitos consideravam invenção da imprensa, é intensa nas Laranjeiras. O ambiente de trabalho tumultuado, com os problemas completamente expostos, faz o atual campeão brasileiro ver todo o seu planejamento anual ser gravemente ameaçado. Tudo ameaça ir por água abaixo. Para completar, após o jogo do Boavista, estouraram os casos de recusa dos técnicos em assumir o comando do Flu, mas isso é assunto do próximo post. Até lá.

Saudações Tricolores

quarta-feira, 9 de março de 2011

O craque voltou!

Guerreiros, finalmente vimos em campo o Darío Conca a que estamos acostumados. O craque do Campeonato Brasileiro de 2010 voltou. Hoje, com uma excelente exibição, fez um gol e deu uma assistência, sendo decisivo na vitória por 3 a 1 do Fluminense sobre o América. O jogador que, inclusive, chegou a ser criticado por uma parte da torcida devido às suas recentes exibições, mostrou que ninguém desaprende a jogar futebol. Será que era difícil entender que é preciso tempo para um jogador se recuperar de uma artroscopia no joelho, ainda mais voltando antes do tempo de recuperação previsto? Após a partida de hoje, Conca, além de afastar as cornetas, recupera a moral que poderia estar abalada devido ao seu desempenho nos últimos jogos. Com o craque jogando o que sabe, o Fluminense melhora 1000%!

Logo aos 43 segundos de jogo, a arbitragem impediu que saísse o primeiro gol tricolor. Um dos assistentes assinalou um impedimento inexistente de Araújo, o qual tinha uma oportunidade cara a cara com o goleiro. Em seguida, Ruy, do América, chutou e Berna espalmou. Novo impedimento mal marcado para o Fluminense, mas, por sorte, Gum não havia dominado, senão haveria muita reclamação. Contudo, o América levava mais perigo, e Diguinho (que não era o do Flu) acertou o travessão, aproveitando-se da lentidão de Gum para driblá-lo e finalizar no gol. No lance seguinte, He-man chutou mal após lindo passe de peito de Diguinho (agora o tricolor). Após a parada técnica, o Fluminense melhorou e passou a ser o dono das principais ações do jogo. O gol saiu aos 32 minutos, quando o foco era o escorregão do árbitro João Batista de Arruda. Carlinhos cobrou lateral para Rafael Moura, que protegeu a bola muitíssimo bem, prendendo dois jogadores do América na marcação, girou e cruzou para Conca só escorar para o gol. Grande assistência do He-man, que apagou as más recordações da torcida tricolor devido a sua primeira passagem pelo clube e provou que se tornou um baita centroavante. Que volta por cima desse rapaz!

Logo no começo do segundo tempo, a torcida tricolor tomou um susto. O árbitro marcou um pênalti inexistente de Leandro Euzébio no lateral-direito Michel, do América. Dizem por aí que pênalti roubado não entra. A verdade é que a maioria entra sim, mas o de hoje foi ao encontro desse ditado. Ricardo Berna se adiantou bastante (lembrou-me, inclusive, um goleiro que joga no São Paulo e sempre faz isso) e defendeu a cobrança de Diguinho, o qual bateu tão mal que não reclamou do posicionamento do goleiro. Erro por erro, o placar permaneceu inalterado. Nada mais justo. Dizem, também, que, no futebol, quem não faz, leva. Aos 8, Conca, pela direita, cruzou. Araújo desviou de cabeça, e He-man cabeceou para o gol, ampliando a vantagem tricolor. Rafael Moura ainda teve a chance de fazer mais um. Conca fez um lançamento excepcional para Marquinho, que passou para o He-man, mas o seu chute forte foi defendido pelo goleiro Paulo Wanzeler. Aos 28, entretanto, o atacante não desperdiçou a oportunidade. Conca foi lançado por Emerson (que entrou no decorrer da partida no lugar de Araújo), dominou na grande área, cruzou de perna direita, e Rafael Moura completou para o gol. Praticamente morto na partida, o América pouco oferecia perigo ao gol de Ricardo Berna. Entretanto, com a defesa do Flu em campo, não tem placar em branco. O ataque do América aproveitou a linha burra tricolor (muitos - como eu - preferem chamar assim a linha de impedimento), e Bruno Reis recebeu com o gol escancarado. 3 a 1. O gol deu novo ânimo ao adversário, mas Berna garantiu que a reação parasse por aí. Com a vitória, o Flu atingiu os 6 pontos na Taça Rio e divide a liderança com o Botafogo.

Domingo é dia de Fla-Flu. Mais do que um clássico normal (embora um Fla-Flu jamais possa ser taxado disso), será o confronto entre o time mais badalado do momento, que tem Ronaldinho Gaúcho entre os titulares, e o atual campeão brasileiro. O Flamengo busca manter sua invencibilidade no ano, e o Fluminense procurar conseguir a terceira vitória consecutiva para afastar de vez a má fase que o cercava. Além disso, dois jogadores com passagens notáveis pelos arquirrivais se encontrarão com o ex-clube. Thiago Neves, campeão da Copa do Brasil de 2007 pelo Flu e protagonista do vice-campeonato da Libertadores de 2008 reverá a torcida tricolor, que tanto gritou seu nome nas arquibancadas em anos passados. Emerson, campeão carioca pelo Flamengo e jogador importante para o clube durante metade do Campeonato Brasileiro de 2009, conquistado pelo rubro-negro, reencontra no Engenhão a torcida que carinhosamente o batizou de Sheik. Domingo é o dia do nosso próximo encontro, e espero que seja para comentar a nossa vitória no maior clássico do Brasil. Ver-nos-emos em breve!

Saudações Tricolores

segunda-feira, 7 de março de 2011

Novo ânimo

Guerreiros, finalmente voltamos a vencer. Para uma torcida que está acostumada a ver o melhor time do País em campo, quatro jogos sem vitória foram uma eternidade. Finalmente, sábado, contra o Resende, a torcida tricolor pôde sentir de novo o gostinho da vitória, mesmo que esta tenha sido obtida sobre um time de menor expressão. O importante é que o Fluminense recebeu uma nova injeção de confiança, fundamental para que a equipe volte a viver um bom momento a fim de encarar a dificílima luta pela classificação na Libertadores. Reage, Flu!

Estreando o escudo de campeão brasileiro no uniforme, o Fluminense, até o final do primeiro tempo, portou-se como tal, mesmo com um time misto. Jogou verdadeiramente como time grande e dominou o jogo em toda a primeira etapa. As jogadas pela direita com Souza e Mariano surtiram bastante efeito, e Araújo quase marcou o primeiro gol do jogo aos 4 minutos, após cruzamento do meio-campo, mas o goleiro Eduardo fez uma belíssima defesa, mantendo a igualdade no placar. Fernando Bob, que ganhou chance devido a Diguinho ter sido poupado, foi bem no jogo (até ser expulso). Fez um passe magistral para Souza, o qual chutou por cima do gol, perdendo um gol incrível. Em seguida, ainda antes da parada técnica, Rafael Moura acertou a trave após cruzamento de Marquinho. O He-man ainda perdeu um grande oportunidade, dentro da grande área, em frente ao gol, quando Souza cruzou na medida. O atacante dominou, escolheu o canto e chutou para fora. Todavia, o gol tricolor estava amadurecendo. Aos 40 minutos, enfim, Mariano ganhou jogada praticamente perdida pela direita e rolou para Araújo chutar por cima do goleiro e finalmente abrir o placar. Com um desempenho bastante acima da média, Araújo provou que deveria ter sido titular do Fluminense nas três primeiras partidas da Libertadores. Próximo ao fim da primeira etapa, o árbitro erroneamente tirou Fernando Bob (o volante, inclusive, foi quem sofreu falta na jogada) do jogo, distribuindo-lhe o segundo amarelo. A expulsão do jogador tricolor mudou completamente o panorama do jogo no segundo tempo.

Na primeira etapa, Ricardo Berna praticamente só trabalhou em um chute cruzado de Léo. No segundo, com a vantagem numérica, o Resende buscou agredir o Fluminense e passou a levar grande perigo ao goleiro tricolor. Aos 2 minutos, em levantamento para área, Edinho afastou mal de cabeça, um jogador do Resende ganhou de cabeça em meio a dois do Flu, e Kim chutou forte, empatando a partida. Muricy, então, colocou Emerson e Diogo em campo, e o time melhorou com a entrada dos dois jogadores. Diogo deu consistência ao sistema defensivo, e Emerson, jogador diferenciado, aumentou a ofensividade da equipe. Aos 7, o Sheik sofreu falta pela esquerda. Marquinho cobrou na cabeça de Leandro Euzébio, que cabeceou no canto e fez o segundo do Tricolor. Com a vantagem no placar e um jogador a menos em campo, o Fluminense diminuiu o ritmo de jogo, e o Resende cresceu na partida, pressionando bastante a nossa equipe. Ricardo Berna foi obrigado a fazer bela defesa em chute de fora da área de Kim. Depois, em finalização de Elias, Berna espalmou, a bola bateu na trave e sobrou para Fábio, que girou e conseguiu achar espaço para chutar, mas parou no goleiro. Além disso, o arqueiro foi bem novamente em um chute de muito longe de Kim, espalmando para escanteio. É, Diego Cavalieri, Ricardo Berna é incontestavelmente o melhor nome do momento para o gol tricolor. Sufocado, o Fluminense quase viu o Resende marcar o gol de empate quando Fábio, após confusão na área e saída de gol errada de Berna, chutou inacreditavelmente por cima do gol. Resistindo à pressão, o Flu finalmente voltou ao caminho das vitórias. Mais do que 3 pontos, a vitória dá novo ânimo à equipe, que, em breve, enfrentará o arquirrival Flamengo e disputará o jogo contra o América-MEX no Engenhão, no qual só a vitória mantém viva a esperança de classificação.

Quarta, enfrentaremos o América do Rio no Engenhão. Ganhar é essencial para manter a confiança tricolor, que joga o Fla-Flu no domingo. Fred e Deco já estão deixando a fisioterapia e possivelmente estarão disponíveis no jogo contra o América-MEX no dia 23, além de Emerson, já recuperado. Se a equipe titular do Flu estiver completa nos 3 últimos jogos da fase de grupos da Libertadores, as chances de classificação aumentam consideravelmente. Que a bruxa que está à solta nas Laranjeiras nos últimos meses fuja para bem longe! Encontrar-nos-emos nesse blog provavelmente na quinta-feira, quando comentarei o jogo do dia anterior. Até!

Saudações Tricolores

quinta-feira, 3 de março de 2011

"Firmeza na execução duma promessa ou compromisso. Crença, confiança.". Assim é definida a fé pelo dicionário Aurélio. Fé. A torcida tricolor a conhece bem. A canção "A benção, João de Deus" adotada pelo Fluminense nas arquibancadas na semifinal da Taça Guanabara de 1980 deixa bem claro isso. A torcida acreditou, e o Fluminense foi campeão na disputa de pênaltis contra o Vasco e, posteriormente, venceu o mesmo clube na grande final, com gol de Edinho. 19 anos depois, afundado na lama, o Fluminense vivia o pior momento de sua história, disputando a 3ª divisão do Campeonato Brasileiro. A fé foi fundamental para ressuscitar o clube e trazê-lo de volta ao protagonismo do cenário futebolístico nacional. Lembremos um passado bem recente. Em 2009, há sete rodadas do fim do Campeonato Brasileiro, o Fluminense tinha 98% de chances de cair para a Série B. O rebaixamento era praticamente inevitável, e muitos profissionais do meio esportivo já colocavam o Fluminense na Segundona. Entretanto, a fé de uma torcida apaixonada novamente resgatou a força de um dos Gigantes do Brasil. Foram seis vitórias e um empate no fim do torneio, e o Flu realizou um dos maiores milagres da história do futebol, desmoralizando as probabilidades matemáticas e provando que, para esse clube, o Impossível não existe. No ano passado, a fé continuou a habitar o coração de muitos torcedores mesmo após a perda da liderança a quatro rodadas do fim do campeonato. Fomos recompensados com o título. Na linda história do Fluminense Football Club, está provado que a fé move montanhas. Reza o hino mais bonito do Brasil que "quem espera sempre alcança". Quem acredita é recompensado. Após dois empates e uma derrota na Taça Libertadores de 2011, novamente precisamos resgatar essa fé, que já nos fez presenciar momentos de superação incríveis que não deixaram dúvidas a respeito da força e da tradição do Tricolor. Acredite de coração!

Guerreiros, o Fluminense esteve longe de merecer perder a partida. Durante boa parte do jogo de ontem, inclusive, foi a melhor equipe em campo. Um empate seria justo. O que faltou à nossa equipe foi ousadia, e esse medo de tentar fez o Flu pagar muito caro. Culpa, principalmente, de Muricy Ramalho. Novamente, o melhor técnico do Brasil cometeu erros significativos. Vimos, da mesma forma que no jogo contra o Nacional, Rafael Moura isolado no ataque, Carlinhos fazendo uma exibição deplorável, Conca apagadíssimo, Muricy escalando mal a equipe e demorando bastante para fazer as alterações, e um Flu de pouca capacidade ofensiva. Por que não utilizar dois atacantes desde o começo do jogo em vez de escalar Tartá, o qual o que tem de habilidade falta de inteligência em campo? Por que usar tão pouco a principal arma dos times que jogam na altitude, o chute de fora da área? Por que manter Carlinhos, mal no apoio e péssimo na defesa, tendo Marquinho e Júlio César para jogar na ala esquerda? Por que, na hora de colocar um atacante, mesmo tardiamente, tirar o melhor zagueiro da equipe, Digão, em vez de sacar Gum ou Leandro Euzébio, que andam jogando bem menos que ele? São dúvidas que povoam a cabeça dos tricolores e levam muitas pessoas a refletirem se ainda é o desejo de Muricy treinar o Fluminense.

O gol da vitória do América-MEX veio, de novo, em falha de marcação de Carlinhos. Bobeou e permitiu que Marques recebesse na cara do gol. A única atitude que teve foi ficar com o braço levantado, pedindo um impedimento que esteve longe de existir. Cansei de vê-lo andando em campo nas últimas partidas durante ataques do Fluminense. A sua displicência me irrita. Será que Marquinho e Júlio César realmente não têm condições de substituí-lo na ala esquerda durante as partidas? Pelo menos, garanto que empenho não vai voltar daquele. Podemos reclamar de tudo, menos de falta de vontade de Marquinho. Raça ele tem de sobra.

Só voltaremos a jogar pela Libertadores da América no dia 23, quando enfrentaremos o mesmo América no Engenhão. Assim como em 2009, o lema "vencer ou vencer" nunca foi tão verdadeiro. Já vejo muitos tricolores jogando a toalha, mas eu, particularmente, não duvido do Fluminense Football Club. As prováveis voltas de Fred e Emerson me dão esperanças. Com eles, o Fluminense ganha bastante força ofensiva, o que tem faltado nos últimos jogos. É preciso ter a fé que sempre foi um diferencial da nossa torcida. Nosso próximo encontro é sábado, após o jogo contra o Resende, pela primeira rodada da Taça Rio. Enquanto isso, acreditemos até o último apito, lutemos até o fim. Faltam 3 jogos para a nossa classificação. Rumo ao título da Libertadores. A benção, João de Deus!

Saudações Tricolores