domingo, 6 de fevereiro de 2011

O peso de uma má arbitragem

Guerreiros, faltam-me palavras para descrever o imenso nojo que sinto. Eu voltei para casa do jogo completamente desiludido em relação a futebol. Depois do jogo de hoje, não creio que haja justiça nessa modalidade esportiva. O que vimos hoje foi completamente ridículo, lamentável. Não me lembro de ter visto arbitragem tão tendenciosa desde a final da Libertadores da América em 2008. Nunca vi uma arbitragem construir tão claramente um resultado como hoje. Vergonhoso!

O Fluminense jogou bem. Como a maioria dos clássicos, a partida estava equilibrada, até Renato Cajá se impor. Em falta boba cometida por Carlinhos em Alessandro, Cajá cobrou com perfeição, sem chances para Cavalieri, que quase chegou a tempo. Pouco tempo depois, o meia botafoguense chutou no travessão. O Flu reagiu, com uma tabela feita por Fred e Mariano, na qual o nosso camisa 2 foi parado por Jefferson, que colocou a bola para escanteio. Logo em seguida, em cobrança de escanteio (que não foi o gerado pelo chute de Mariano), He-man, em sua estréia, cabeceou com estilo para o gol e empatou o jogo. Pelo que vi, parece mesmo estar disposto a apagar a triste passagem pelas Laranjeiras 4 anos antes. Aos 40, Valencia, substituto de Diguinho, ausente devido ao nascimento de sua filha, chegou atrasado em uma disputa de bola (na verdade, parece que o volante sequer encostou no adversário) e recebeu o segundo amarelo, sendo expulso. Com a vantagem numérica, o Botafogo levou perigo mais uma vez, com o inspiradíssimo Cajá acertando novamente o travessão. A bola quicou em cima da linha, e os botafoguenses pediram gol. Entretanto, ela não ultrapassou totalmente a linha do gol, ao contrário do chute de Rafael Moura, após cobrança de falta de Souza. Jefferson tirou de dentro do gol, e a virada tricolor foi corretamente assinalada. No final do primeiro tempo, Marcelo Mattos chegou atrasado em Conca e foi expulso pela entrada violenta. O jogo foi para o intervalo com nova igualdade numérica.

Na volta do intervalo, logo ao começo do segundo tempo, Loco Abreu, impedido, foi puxado por Rafael Moura dentro da área, e o árbitro marcou pênalti. Um equívoco, já que o impedimento não foi assinalado. Na cobrança, cavadinha do Loco e defesa de Cavalieri, que ficou no meio do gol. Se já não bastasse o erro nesse lance, Gutemberg de Paula Fonseca marcou outro pênalti, assinalando empurrão de Edinho em Bruno, do Botafogo, em um lance normal. O jogador alvinegro chutou totalmente desequilibrado, prensado por Edinho, e Gutemberg considerou que o braço do volante foi o responsável pelo ridículo chute. Não foi absolutamente nada. Desse vez, Abreu não desperdiçou. O gol de empate do Botafogo em um pênalti que não existiu fez o time tricolor perder o equilíbrio. Os jogadores ficaram visivelmente nervosos com o erro, e, com o Flu ainda atordoado, Renato Cajá, o nome do jogo, fez um passe espetacular, rasgando a defesa do Flu e deixando Herrera na cara de Diego Cavalieri para virar o jogo. Contudo, o Fluminense continuou tentando chegar ao empate de qualquer maneira e teve boas oportunidades com Araújo e Carlinhos, duas vezes, todas defendidas por Jefferson. Excelente atuação do goleiro do Botafogo. O pior, entretanto, ainda estava por vir: ao final do jogo, o juiz assinalou 3 minutos de jogo e encerrou a partida aos 46 e meio! Sinceramente, não dá para entender. Será que tudo isso é apenas "erro", apenas incompetência? Ao meu ver, estão querendo que Botafogo e Flamengo cheguem à final. Cabe ao Flu abrir o olho se for realmente o segundo do grupo e for enfrentar o Flamengo na semifinal. "Erros" como esse podem facilmente voltar a acontecer, ainda mais contra o time da mídia. Hoje ficou bastante claro o peso que uma má (incompetente ou má intencionada, julguem como quiserem) arbitragem pode ter em uma partida. Decidiu o clássico.

Agora a atenção está voltada para o jogo de quarta. Estamos a 3 dias da estréia na maior competição do continente. Rafael Moura, o He-man, que anotou dois gols na sua estréia, provou que está pronto para substituir Fred contra o Argentinos Jrs. Felizmente, teremos a volta de Diguinho, que fez muita falta hoje. É hora de esquecer o tropeço diante do Botafogo e focar na missão de 2011: pintar a América de verde, branco e grená. Tricolores, vivos ou mortos, doentes ou sadios, têm de ir ao Engenhão. Na quarta, este blog terá sua primeira postagem sobre um jogo na Libertadores da América. Que seja sobre uma vitória, para começar a competição com o pé direito! O sonho, adiado em 2008, pode-se realizar neste ano.

Saudações Tricolores

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