domingo, 27 de fevereiro de 2011

Na conta de Muricy

Guerreiros, novamente atrasei a postagem de quinta-feira. Após o término da partida de quarta, estive ocupado e não tive tempo de escrever. Agora, secando o Flamengo na decisão da Taça Guanabara contra o Boavista, comentarei sobre o segundo jogo do Flu na Libertadores deste ano.

Encarado como uma decisão tanto pelos jogadores quanto pelos torcedores tricolores, o confronto contra o Nacional-URU foi, da mesma forma que o primeiro jogo da competição, bastante frustrante. O Fluminense começou errando na escalação. Confesso que o esquema com 3 zagueiros deu mais consistência ao sistema defensivo tricolor, mas jogar com um único atacante, que era dúvida antes do início do jogo, em casa, precisando da vitória a qualquer custo, é ousar pouco a meu ver, ainda mais com Diguinho sendo o responsável pela armação de jogadas, e Conca jogar bastante adiantado, fora de sua posição de origem. Acredito que teria sido bem mais produtivo ter entrado em campo com dois atacantes de ofício: um centroavante de ofício (Rafael Moura) e um segundo atacante (Araújo e Rodriguinho). Daria, inclusive, mais movimentação ao time. Enfim, erros à parte, o Fluminense foi, de longe, a melhor equipe em campo. Teve a esmagadora maioria da posse de bola, pressionou bastante a equipe uruguaia (embora de forma desorganizada) e criou as melhores oportunidades do jogo, exceto pela chance de García do Nacional, em um contra-ataque, no qual driblou Berna e chutou pra fora. Apesar do claro domínio, a incapacidade de concretizar as chances de gol criadas culminaram para a permanência do empate no placar.

De positivo da partida de quarta, só a volta do bom futebol de Mariano, que ganhou bastante liberdade para apoiar com o esquema de 3 zagueiros. Os erros de Muricy não se limitaram à escalação e ao desenho tático do time. Ele insistiu em manter Carlinhos em campo, que, pela segunda partida seguida, foi um dos piores em campo. Demorou a colocar um atacante velocista, colocando Araújo somente próximo aos 30 minutos do segundo tempo. Já que, com um único atacante, foi nítido que o Flu iria abusar das bolas aéreas, por que não ter utilizado Souza mais cedo na partida? E por que tirou Digão, o melhor zagueiro do Fluminense na partida, em vez de tirar Leandro Euzébio ou Gum? Muricy Ramalho pareceu totalmente perdido no jogo, tanto que só substituiu quando a torcida gritou o nome dos jogadores. O que está havendo com o nosso comandante? O limite de tropeços já foi ultrapassado faz tempo. O empate de quarta nos colocou em situação difícil na competição. Temos 3 jogos fora e um em casa. A tabela ficou bem complicada, ainda mais sabendo que estamos em terceiro no grupo e precisamos correr atrás dos resultados. Acorda, Muricy!

Antes confirmado para o jogo contra o América-MEX fora, vi hoje que Fred se tornou novamente desfalque. Gosto bastante do nosso camisa 9 e até afirmo que, quando ele está em forma, é o melhor centroavante do País, mas essas lesões realmente testam a paciência do torcedor. Quarta já é o terceiro jogo da fase de grupos da Libertadores e será mais um no qual não contaremos com a presença do nosso titular. Assim fica difícil! Torçamos para que, pelo menos, Muricy escale dois atacantes em vez de deixar He-man isolado e adiantar Conca. Será que é difícil escalar Araújo como companheiro de ataque de Rafael Moura e escalar o nosso maestro na posição de origem dele, na qual ele foi eleito o melhor jogador do Campeonato Brasileiro do ano passado? Faça o simples, Muricy. Apesar de difícil, a classificação do Fluminense ainda é perfeitamente possível. Que quarta vejamos em campo o 'Time de Guerreiros" que encantou a torcida nos dois últimos anos! Vamos, Fluzão!

Saudações Tricolores

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