domingo, 13 de fevereiro de 2011

Ele tem a força!

Guerreiros, novamente o Fluminense precisou da ajuda de um super-herói. Rafael Moura, o He-Man, marcou hoje à tarde o gol da vitória sobre o Madureira, que garantiu o primeiro lugar do grupo B e, com todo o respeito ao Boavista, tornou o caminho do Fluminense à final da Taça Guanabara teoricamente mais fácil. O Fla-Flu, que parecia já ser uma certeza, foi adiado, pelo menos por um jogo, graças ao tropeço do Botafogo em casa contra o Macaé, o que permitiu a ascensão do Flu ao topo da tabela. Além de enfrentar - repito, em tese - o adversário mais fraco, o Fluminense conseguiu mais um dia de preparação para a partida contra o Nacional-URU, que será realizada no dia 23 no Engenhão, válida pela segunda rodada da Taça Libertadores da América. Por ter se classificado como líder do grupo, o Tricolor jogará no sábado contra o Boavista, segundo colocado do grupo A, em vez de ser, como se encaminhava após a derrota no Clássico Vovô, no domingo, dia em que se enfrentarão Botafogo e Flamengo.

A suada vitória não condiz com o que vimos em campo. O Fluminense, apesar da forte marcação do Madureira (principalmente no primeiro tempo), criou várias oportunidades claras de gol, as quais ora eram desperdiçadas por chutes fracos e imprecisos dos nossos jogadores, ora eram defendidas pelo goleiro Cléber, que, a meu ver, foi o melhor jogador em campo. Perto da parada técnica do primeiro tempo, o Flu quase chegou ao gol. Após levantamento de Souza, a bola passou na frente de Rafael Moura (titular na partida ao lado de Fred, mais uma vez), Gum e Digão, mas nenhum deles conseguiu alcançá-la. Digão, aliás, foi o substituto de Leandro Euzébio, poupado, na partida. Muricy surpreendeu ao não escalar André Luís para a vaga (claro, surpresa bem positiva, pois o torcedor tricolor não aguenta mais esse jogador bizarro). Perto do fim do primeiro tempo, Conca quase marcou um golaço em jogada individual, mas chutou fraco para a defesa de Cléber. A melhor oportunidade da etapa inicial, no entanto, foi uma cabeçada de Digão após cobrança de escanteio de Souza. Cléber defendeu no susto, e a bola bateu na trave antes de sair. Ricardo Berna (a outra novidade na partida - Cavalieri foi barrado para a entrada do goleiro campeão brasileiro) pouco trabalhou, só necessitando fazer duas boas defesas em 45 minutos.

No segundo tempo, o Flu, que jogou a primeira etapa em um ritmo lento, voltou decidido a liquidar o jogo. Souza obrigou o goleiro do Madureira a fazer boa defesa em chute de fora da área, em uma cobrança de falta muito próxima à grande área e no escanteio originado pela falta espalmada. Cléber fez uma excelente defesa em uma cabeçada de Gum com endereço certo. Rafael Moura colocou na trave em nova falta cobrada por Souza. Era notório que o gol estava próximo. Finalmente, aos 28 minutos do segundo tempo, foi a vez de Conca cobrar a infração. O cruzamento foi certeiro. He-Man cabeceou de costas, finalmente vencendo Cléber, e puxou a tradicional espada de Greyskull na comemoração. Foi o gol da vitória tricolor, da classificação em primeiro do grupo. Depois, He-Man foi fominha, desperdiçando a chance do Flu de liquidar o jogo. O que me espantou mesmo foi a incompetência do Fluminense em segurar a bola no campo de ataque até o fim do jogo. Bolas roubadas pelo Madureira puseram em risco à liderança tricolor. Ricardo Berna defendeu um bom chute de fora da área e salvou um gol olímpico. Em outro lance, a bola explodiu em Digão num chute de um jogador do Madureira. Fim de jogo no Raulino de Oliveira, e o Fluminense terminou a Taça Guanabara como líder do grupo B.

O nosso próximo encontro é sábado, após a semifinal contra o Boavista. O Fluminense terá uma semana de preparação para o jogo, e contará, pelo menos até agora, com todos os titulares (exceto Emerson e Deco, lesionados há algum tempo) para a partida. A estratégia de poupar os pendurados de Muricy deu certo. Agora é manter o foco na semifinal e ter, acima de tudo, humildade. Nada de salto alto. Apesar de ser um time de pouco renome (o clube chega à primeira vez numa semifinal de turno do Carioca), devemos ter como exemplo a eliminação do Flamengo pelo Resende, em 2009, na mesma fase da competição. O Fluminense tem de se impor e jogar como o legítimo campeão brasileiro de 2010. Não pode haver espaço para uma nova zebra! Até sábado!

Saudações Tricolores

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