quinta-feira, 3 de março de 2011

"Firmeza na execução duma promessa ou compromisso. Crença, confiança.". Assim é definida a fé pelo dicionário Aurélio. Fé. A torcida tricolor a conhece bem. A canção "A benção, João de Deus" adotada pelo Fluminense nas arquibancadas na semifinal da Taça Guanabara de 1980 deixa bem claro isso. A torcida acreditou, e o Fluminense foi campeão na disputa de pênaltis contra o Vasco e, posteriormente, venceu o mesmo clube na grande final, com gol de Edinho. 19 anos depois, afundado na lama, o Fluminense vivia o pior momento de sua história, disputando a 3ª divisão do Campeonato Brasileiro. A fé foi fundamental para ressuscitar o clube e trazê-lo de volta ao protagonismo do cenário futebolístico nacional. Lembremos um passado bem recente. Em 2009, há sete rodadas do fim do Campeonato Brasileiro, o Fluminense tinha 98% de chances de cair para a Série B. O rebaixamento era praticamente inevitável, e muitos profissionais do meio esportivo já colocavam o Fluminense na Segundona. Entretanto, a fé de uma torcida apaixonada novamente resgatou a força de um dos Gigantes do Brasil. Foram seis vitórias e um empate no fim do torneio, e o Flu realizou um dos maiores milagres da história do futebol, desmoralizando as probabilidades matemáticas e provando que, para esse clube, o Impossível não existe. No ano passado, a fé continuou a habitar o coração de muitos torcedores mesmo após a perda da liderança a quatro rodadas do fim do campeonato. Fomos recompensados com o título. Na linda história do Fluminense Football Club, está provado que a fé move montanhas. Reza o hino mais bonito do Brasil que "quem espera sempre alcança". Quem acredita é recompensado. Após dois empates e uma derrota na Taça Libertadores de 2011, novamente precisamos resgatar essa fé, que já nos fez presenciar momentos de superação incríveis que não deixaram dúvidas a respeito da força e da tradição do Tricolor. Acredite de coração!

Guerreiros, o Fluminense esteve longe de merecer perder a partida. Durante boa parte do jogo de ontem, inclusive, foi a melhor equipe em campo. Um empate seria justo. O que faltou à nossa equipe foi ousadia, e esse medo de tentar fez o Flu pagar muito caro. Culpa, principalmente, de Muricy Ramalho. Novamente, o melhor técnico do Brasil cometeu erros significativos. Vimos, da mesma forma que no jogo contra o Nacional, Rafael Moura isolado no ataque, Carlinhos fazendo uma exibição deplorável, Conca apagadíssimo, Muricy escalando mal a equipe e demorando bastante para fazer as alterações, e um Flu de pouca capacidade ofensiva. Por que não utilizar dois atacantes desde o começo do jogo em vez de escalar Tartá, o qual o que tem de habilidade falta de inteligência em campo? Por que usar tão pouco a principal arma dos times que jogam na altitude, o chute de fora da área? Por que manter Carlinhos, mal no apoio e péssimo na defesa, tendo Marquinho e Júlio César para jogar na ala esquerda? Por que, na hora de colocar um atacante, mesmo tardiamente, tirar o melhor zagueiro da equipe, Digão, em vez de sacar Gum ou Leandro Euzébio, que andam jogando bem menos que ele? São dúvidas que povoam a cabeça dos tricolores e levam muitas pessoas a refletirem se ainda é o desejo de Muricy treinar o Fluminense.

O gol da vitória do América-MEX veio, de novo, em falha de marcação de Carlinhos. Bobeou e permitiu que Marques recebesse na cara do gol. A única atitude que teve foi ficar com o braço levantado, pedindo um impedimento que esteve longe de existir. Cansei de vê-lo andando em campo nas últimas partidas durante ataques do Fluminense. A sua displicência me irrita. Será que Marquinho e Júlio César realmente não têm condições de substituí-lo na ala esquerda durante as partidas? Pelo menos, garanto que empenho não vai voltar daquele. Podemos reclamar de tudo, menos de falta de vontade de Marquinho. Raça ele tem de sobra.

Só voltaremos a jogar pela Libertadores da América no dia 23, quando enfrentaremos o mesmo América no Engenhão. Assim como em 2009, o lema "vencer ou vencer" nunca foi tão verdadeiro. Já vejo muitos tricolores jogando a toalha, mas eu, particularmente, não duvido do Fluminense Football Club. As prováveis voltas de Fred e Emerson me dão esperanças. Com eles, o Fluminense ganha bastante força ofensiva, o que tem faltado nos últimos jogos. É preciso ter a fé que sempre foi um diferencial da nossa torcida. Nosso próximo encontro é sábado, após o jogo contra o Resende, pela primeira rodada da Taça Rio. Enquanto isso, acreditemos até o último apito, lutemos até o fim. Faltam 3 jogos para a nossa classificação. Rumo ao título da Libertadores. A benção, João de Deus!

Saudações Tricolores

Um comentário:

Anônimo disse...

Vai estudar!
kkkkkkkkkkkk