domingo, 25 de julho de 2010

O Dia do "Fico" tricolor

Sexta-feira, acordei e, ao abrir, costumeiramente, os diversos sites esportivos, deparo-me com uma notícia que falava de uma reunião entre Muricy e Ricardo Teixeira, presidente da CBF. O nervosismo tomou conta não só de mim, mas de toda a torcida tricolor. Depois de passar a semana lendo e ouvindo reportagens que apostavam em Mano Menezes como o provável técnico da seleção brasileira, muitos de nós tínhamos ficado tranqüilos quanto à permanência de Muricy no comando do Fluminense. Engano nosso. Muricy foi convidado por Teixeira para um café-da-manhã na manhã de sexta e recebeu o convite para ser o técnico do Brasil. Oportunidade única. Todos sabemos que treinar a seleção é o sonho de qualquer treinador, jogador ou profissional ligado ao futebol. É o ápice. O topo da carreira. Muricy aceitaria, mas antes tinha de falar com o Fluminense. E, para a alegria da torcida tricolor, o Flu bateu o pé. Muricy não sairá do Flu até cumprir o seu contrato. Palavras de Celso Barros, o homem-forte tricolor, presidente da Unimed.

Como foi dito por muitos jornalistas e comentaristas de futebol, a permanência de Muricy Ramalho nas Laranjeiras provou, mais uma vez, o descaso de Ricardo Teixeira para com a seleção brasileira. Teixeira só procurou conversar com o seu escolhido para assumir o time verde-amarelo no dia em que havia prometido anunciar o novo técnico. Provavelmente achou que bastaria chamá-lo que ele viria correndo para a seleção, sem maiores complicações. Contudo, esqueceu que havia o Fluminense, com seus projetos, investimentos e objetivos. Com o seu novo planejamento, desejado pela torcida tricolor há vários anos. Esqueceu também que Muricy é um homem de palavra, que honra os seus contratos até o fim. O técnico é do Flu até 2011 e já se havia comprometido com a diretoria a renovar por mais dois anos, até 2012. O comandante tricolor mandou um representante conversar com a diretoria tricolor, que optou por não liberá-lo. E ficou assim. Pensem comigo: por que Muricy não falou pessoalmente com os dirigentes tricolores, se queria tanto assumir a seleção? Não seria mais persuasivo se ele mesmo anunciasse a sua vontade aos nossos comandantes? Todos nós sabemos que a CBF têm seus problemas. Muricy, como todo bom conhecedor de futebol, também sabe. Conhece as dificuldades. Conhece a pressão. Conhece Ricardo Teixeira. Questiono se esses problemas, além da sua palavra, também não o teriam confundido na hora de tomar uma decisão final.

Segundo informações de um renomado site esportivo (agora não tão considerado assim por mim, depois de anunciar Muricy como técnico da seleção brasileira antes do anúncio oficial, um erro grosseiro e amador), o contrato do Flu com o tricampeão tinha uma cláusula que permitia a sua saída em caso de convite da CBF. Se for mesmo verdade, apesar disso, o treinador preferiu cumprir sua palavra e ficar. Ponto para Muricy Ramalho, que ganhou total confiança da torcida tricolor (mais do que já tinha) e o nosso profundo respeito. E Ricardo Teixeira, mais uma vez, mostrou todo a sua irresponsabilidade na presidência da CBF. Garantir um técnico, antes mesmo de falar com o clube em que ele trabalha, mostra isso.

O Fluminense e sua torcida estão atentos para possíveis retaliações da CBF. Há quem diga que, com esse episódio, o Tricolor não tem mais possibilidades de ser campeão brasileiro. Nós, torcedores, dizemos a essas pessoas: se pretendem nos tirar o sonho do bicampeonato, vão ter de batalhar muito. O Time de Guerreiros não vai abaixar a cabeça. A torcida está com eles. Muricy Ramalho tem o apoio incondicional dos apaixonados pelo Fluminense e da cúpula tricolor. Mais tarde, tem mais uma batalha para o Flu. Clássico Vovô, Botafogo sem vencer a sete rodadas. Jogo fácil? Jamais. Esse tipo de jogo é o mais perigoso. Estaremos atentos. Pela primeira vez no campeonato, defenderemos a liderança. Defenderemos com a alma e com o coração.

Saudações Tricolores

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