domingo, 31 de janeiro de 2010

A queda dos Guerreiros

Amigos, hoje foi um dia melancólico. Faltam-me palavras para descrever o que sinto. Ainda não engoli a derrota de hoje. Perder da forma como nós perdemos hoje foi humilhante. Depois de estar ganhando por 3 a 1, ceder uma virada com um jogador a mais em campo é algo grotesco. Difícil de aceitar. Felizmente, a aprovação no vestibular está funcionando como uma anestesia para o choque de hoje. Se não fosse isso, não sei se teria força o suficiente para escrever sobre esse vexame.

A notícia de que Fred havia sido vetado para o jogo me pegou de surpresa. Eu depositava grande parte da minha confiança no artilheiro tricolor. Contudo, apesar da perda de última hora, continuei animado, pois a estrela de Alan, o reserva imediato do atacante, costuma brilhar em clássicos. E isso se confirmou hoje, quando o jovem de xerém abriu o placar. O jogo não poderia ficar melhor quando o mesmo Alan sofreu pênalti, convertido por Conca. 2 a 0. Festa da torcida tricolor. Logo depois, Diguinho faz falta boba dentro da área, e Adriano diminui para o Flamengo. E o Flu nem sentiu o golpe! Partiu para cima, e Cássio fez 3 a 1. Pronto. Ao final do primeiro tempo, a maioria de nós, tricolores, não víamos mais como perder aquele Fla-Flu. É, mas o Fla-Flu só acaba ao apito final do juiz. A história do clássico nos ensinou isso, e hoje nós a ignoramos.

Somente o Flamengo voltou a campo para o segundo tempo. Em dois cochilos da defesa tricolor, em menos de 10 min, Vágner Love e Kléberson empataram. Festa rubro-negra na arquibancada. O jogo agora mudara de lado. Era todo do Império do Mal. Então, Álvaro, zagueiro rubro-negro, foi expulso. O Fluminense, a partir de então, estaria com um a mais. Houve pressão tricolor, porém faltou objetividade. Em um contra-ataque, Adriano virou o jogo. O que parecia impossível virou realidade. A alegria deu lugar ao desespero. O Flu continuou a pressionar, em busca ao menos do empate. Então, novamente apareceu o homem do jogo: Adriano. Em um novo contra-ataque, o Imperador aproveitou a linha burra da defesa do Fluminense, a qual estava muito adiantada, e, sozinho, fuzilou a baliza defendida por Rafael. 5 a 3, de virada.

Agora, já são dois anos sem vencer o arqui-rival. A torcida tricolor não agüenta mais tanta gozação. Foi um balde de água fria. Por um lado, foi bom para observarmos as carências da nossa equipe. Precisamos urgentemente de um outro atacante. André Lima pode ter a certeza de que será muitíssimo bem-vindo. Bom, como muitos amigos meus falaram hoje, é melhor perder agora do que ser eliminado em uma fase decisiva. Eu também concordo. O problema é se juntarmos uma eliminação futura à derrota de hoje. Torço bastante para que isso não aconteça. Que os nossos Guerreiros aprendam com o desaire no clássico. E, para todos nós, fica a dica: Nunca cante vitória antes do término de uma partida de futebol. Ainda mais se essa partida for um Fla-Flu.

Saudações Tricolores

Um comentário:

Pedro Gilio disse...

Depois dessa porra vou ficar um BOM tempo sem ir ao Maracanã ver um Fla-Flu...