sexta-feira, 20 de maio de 2011

O alto preço da covardia

Guerreiros, mais de duas semanas depois, às vésperas do Campeonato Brasileiro, finalmente criei coragem para escrever sobre a nossa eliminação na Libertadores. Foi um balde de água fria, doeu, mas foi merecida. Não fiquei triste, ao contrário de 2008, em que o time honrou a armadura e lutou até o fim. Simplesmente tive raiva pela covardia do time que vi em campo naquela quarta-feira. O Time de Guerreiros não entrou em campo. O que vimos foi um bando de medrosos, que não quiseram jogar por confiar em um placar mentiroso de 3 a 1 construído no Rio, no qual, em grande parte do tempo, fomos a pior equipe em campo. É frustrante ver que, mais uma vez, nosso sonho foi adiado, mas o futebol, nesse jogo, foi justo. A bola pune. Por isso, inclusive, acredito que o Santos de Muricy Ramalho, mais cedo ou mais tarde, vai sofrer o mesmo. Jogou como time pequeno contra o América-MEX (assim como o Fluminense), mas teve sorte e contou com Rafael em um dia inspirado. Se não mudar a postura até o final da competição, tem grandes chances de ver esse filme repetido...

Buscando administrar a vantagem obtida no Engenhão (podíamos empatar ou até perder de um gol de diferença), o Fluminense abriu mão do futebol. Passou os 90 minutos na contenção, pressionado pelo Libertad, que, se, teoricamente, não é mais time que o Flu, em campo provou que tinha mais determinação e que merecia mais a vaga do que a nossa equipe. No contra-ataque, o Tricolor pouco ofereceu perigo. A melhor chance que teve no jogo foi no meio do segundo tempo, quando Fred recebeu dentro da grande área de Marquinho e teve a chance de matar o jogo, mas chutou errado. Apesar de ter apenas se defendido o jogo todo, o Libertad só chegou ao gol no começo do segundo tempo, quando Berna aceitou uma bola defensável. O 1 a 0 ainda classificava o Flu, e o coração de cada tricolor quase infartava a cada ataque da equipe paraguaia. O tempo era nosso inimigo. Éramos massacrados em campo, defendíamo-nos como podíamos. Faltava pouco mais de 5 minutos para acabar o jogo, as quartas-de-final pareciam próximas. Parecia que íramos nos classificar, mesmo tendo abdicado de atacar durante boa parte dos 90 minutos. Então veio o duro golpe. Samudio acertou um belo chute e fez o segundo do Libertad. O Fluminense dava adeus à Libertadores 2011. Nós, tricolores, sabemos que o Impossível não existe para o Flu, principalmente com os guerreiros em campo. Contudo, infelizmente, o Time de Guerreiros tinha dado lugar a um Bando de Covardes. O Tricolor se lançou ao ataque, no desespero, mas não adiantou. Acabou, inclusive, sofrendo o terceiro, no finzinho do jogo. O desejo de conquistar as Américas, mais uma vez, ficou para depois, mas, um dia, tricolores, mais cedo do que nós pensamos, ele será realizado. Quem espera sempre alcança!

Amanhã, inicia-se a competição mais importante do País, e o Fluminense entra em campo para defender o título. Agora a luta é pelo tetracampeonato. Os holofotes estão voltados para Cruzeiro e Santos, que são os principais cotados para serem campeões neste ano. O Fluminense não é, de longe, o favorito ao título. É justamente nesses momentos, quando ninguém acredita nele, que o Flu brilha. Que seja assim neste ano! Domingo começamos mais uma guerra, e a primeira batalha é contra o São Paulo, em São Januário. Às armas, guerreiros! Rumo ao tetra!

Saudações Tricolores

sexta-feira, 29 de abril de 2011

O iluminado

Guerreiros, hoje o Fluminense construiu uma boa vantagem para o jogo de volta das oitavas-de-final da Libertadores. Com uma hora de atraso devido a um apagão, o Tricolor bateu o Libertad por 3 a 1 no Engenhão e deu um importante passo rumo às quartas-de-final da competição. Entretanto, pés no chão. Quarta que vem temos mais uma batalha, e qualquer vacilo pode ser fatal. Humildade acima de tudo!

A torcida tricolor hoje foi excepcional. Se não fosse as vaias para Ricardo Berna durante o jogo, teria sido perfeita. Não parou de cantar um minuto sequer, e o mosaico dos Guerreiros ficou impecável. Mais uma vez, aqueles que tiveram presente no Engenhão nos representaram bem e nos encheram de orgulho. A união time e torcida é fundamental para nos ajudar a alcançar o nosso objetivo. Que continue assim!

Em dia de apagão, Marquinho foi o iluminado. Aliás, ele tem mostrado que é realmente um jogador abençoado. Quando o time disputa partidas decisivas, muitas vezes, ele está lá para resolver. Em 2009, fez o gol mais importante do Flu no ano, o qual permitiu que nosso time permanecesse na Série A do Campeonato Brasileiro. No ano passado, na partida contra o Atlético-PR, na Arena da Baixada, nós disputávamos ponto a ponto a liderança da competição, e, quando sofremos o primeiro gol, Marquinho chamou a responsabilidade e marcou um golaço, empatando a partida. Neste ano, contra o Argentinos Jrs., ele fez a melhor partida da sua vida e foi um monstro em campo, assistindo, inclusive, Júlio César no primeiro gol tricolor. Hoje (ou ontem, já que a partida começou na noite do dia 28) Marquinho desequilibrou quando o time mais precisava. Muito mal no começo do segundo tempo, o Fluminense foi acuado pelo Libertad e, sofrendo grande pressão da equipe paraguaia, levou o gol de empate (comentarei sobre esse lance abaixo). Felizmente, a estrela do nosso camisa 7 brilhou de novo. Marquinho recebeu de Fred, livrou-se dos marcadores e soltou uma bomba no canto do goleiro Vargas, colocando o Flu novamente na frente do placar. Golaço! Parece que temos um jogador que gosta de partidas decisivas. Acredito que Souza está entendendo o motivo de estar no banco de reservas (às vezes, nem no banco). Marquinho, apesar de limitado tecnicamente, doa-se em campo e honra a camisa. Sempre foi visto como reserva e nunca reclamou de não ter a titularidade, ao contrário de outros jogadores. Continue assim, Marquinho, e ganhará a confiança da torcida tricolor.

Após uma hora de atraso, o Fluminense teve um início de jogo arrasador e logo aproveitou uma cobrança de escanteio para abrir o placar com Rafael Moura, de cabeça. O goleiro Vargas até se esforçou, mas tirou a bola de dentro do gol (a pelota ultrapassou - e muito - a linha). Entretanto, o ímpeto inicial se foi, e o Flu, quando chegava (geralmente tocava nos pés dos jogadores adversários no meio-campo), errava o passe final. O Libertad, no primeiro tempo, pouco levou perigo ao gol de Berna.

Na etapa final, o campeão paraguaio voltou bem melhor que o Tricolor, que foi muito pressionado e não conseguia sair para o jogo de maneira alguma. Na base do chutão, facilitava bastante a vida do adversário. Quando tinha a chance de contra-atacar, desperdiçava a oportunidade devido a erros de passes, cometidos principalmente por Mariano e Diguinho. O Fluminense, com justiça, pagou caro por ter recuado. Gamarra, subiu só (Edinho estava, não sei o porquê, na meia-lua) e testou para o fundo das redes, contanto com a falha de Ricardo Berna, que ficou indeciso no lance. Já é o terceiro gol da mesma maneira que o nosso time toma neste ano. Berna ficou pelo meio do caminho nos gols do Nacional (o primeiro), do Flamengo e no de hoje. Errar três vezes dessa forma é bastante preocupante. Qualquer falha em mata-mata pode ser crucial.

O Tricolor sentiu o gol de empate, e o Libertad continuava melhor na partida. Fernando Bob, que entrou ainda no primeiro tempo no lugar de Júlio César, lesionado, estava muito mal improvisado na esquerda, e Enderson corrigiu a substituição errônea sacando-o da equipe e colocando Araújo. Aos 27, então, como já disse acima, Marquinho chamou a responsabilidade e fez um belo gol. Conca não deixou o Libertad absorver o golpe, acertando uma cobrança de falta no canto esquerdo. Com a vitória confortável por 3 a 1 estabelecida, o time tricolor passou a ter tranquilidade e administrou o resultado do jogo. Enderson colocou Diogo no lugar de He-Man para compor o meio-campo, já que Valencia passou a fazer o papel de terceiro zagueiro com a saída de Bob, e o time tricolor ganhou consistência. Fim de papo, e o Fluminense saiu de campo com uma boa vantagem para o jogo de volta na quarta que vem.

No dia 4 de maio, vamos ao Defensores del Chaco para buscar carimbar a vaga nas quartas-de-final do torneio. Com a vantagem de dois gols, naturalmente, o Libertad tem a obrigação de sair para o jogo. Precisamos ter paciência, manter-se firme na defesa e encaixar um contra-ataque para fazer um gol e praticamente matar a partida. Essa é a receita para a classificação. Felizmente, temos boas recordações do estádio. Em 2008, vencemos o mesmo Libertad por 2 a 1, com dois de Washington, pela fase de grupos. Que nosso Time de Guerreiros consiga mais uma vitória importante! Faltam 7 jogos para o título. A benção, João de Deus!

Saudações Tricolores

domingo, 24 de abril de 2011

Filme repetido

Guerreiros, hoje, mais uma vez, o Fluminense caiu nos pênaltis, algo que tem sido comum nos últimos anos, infelizmente. A última vez que o Tricolor saiu vitorioso de uma disputa de penalidades foi na semifinal da Taça Rio de 2008, na qual vencemos o Vasco. Desde então, em quatro ocasiões, fomos derrotados, sendo três no Campeonato Carioca (semifinal das Taças Guanabara de 2010 e 2011 e da Taça Rio de 2011) e uma na Libertadores da América (a fatídica final contra a LDU). Antigamente, acreditava que pênalti era loteria, mas hoje já não penso assim. A cobrança de pênaltis, é claro, envolve sorte, mas depende, principalmente, de competência e equilíbrio emocional e é apenas um critério de desempate quando duas equipes chegaram ao seu limite. Contudo, não indica o melhor time ou aquele que apresentou um futebol mais convincente e, infelizmente, muitas vezes, não permite a passagem da equipe que estava mais preparada para seguir adiante. Acerca do assunto, acredito que as decisões do Campeonato Carioca, quaisquer que sejam elas, deveriam ter a disputa de penalidades precedida por prorrogação. É uma chance para que o melhor time prove sua capacidade antes do último critério de desempate. Fica o apelo, que dificilmente verei ser atendido.

Em campo, o Fluminense foi melhor, principalmente no primeiro tempo. Teve chance, inclusive, de chegar ao intervalo com um placar mais dilatado, mas a primeira etapa só terminou com 1 a 0, gol de Rafael Moura impedido. Para quem reclama disso, vale lembrar que o árbitro errou feio ao não dar falta de Felipe em He-Man, quando o jogo ainda estava 0 a 0, a qual culminaria na expulsão do goleiro, por ser o último homem, e mudaria toda a história do jogo (completamente, já que o arqueiro foi o herói da partida nos pênaltis e, além disso, o Time do Mal ficaria com um a menos durante quase toda a partida e fatalmente sucumbiria ao Tricolor). Entretanto, não existe o "se" depois do término de uma partida. O que passou, passou, e o Fluminense agora está eliminado do Campeonato Carioca de 2011.

No segundo tempo, o Flu pecou como a grande maioria dos times que estão vencendo. Caiu no erro de se retrair, permitindo que o quase morto Flamengo, desfalcado de Ronaldinho Gaúcho e Léo Moura (este saiu contundido), crescesse na partida. O Time do Mal passou a levar perigo a Berna e chegou ao empate com Thiago Neves, de cabeça, o qual subiu sem a marcação de Valencia e testou sozinho para vencer o goleiro tricolor. Depois do empate rubro-negro, o Fluminense teve a chance do jogo com Marquinho. O apoiador ficou cara a cara com Felipe e chutou de perna esquerda (vale lembrar que é canhoto) para fora, desperdiçando a melhor oportunidade da partida. O jogo acabou indo para os pênaltis. Na disputa, a estrela de ambos os goleiros brilhou (Felipe e Berna defenderam duas cobranças cada). Contudo, o fantasma voltou a assombrar o Fluminense quando Tartá, prata da casa, chutou, e Felipe defendeu. Diego Maurício não desperdiçou, e o filme mais uma vez se repetiu: o Fluminense voltou a cair em uma disputa de pênaltis. Felizmente, Thiago Neves desperdiçou a cobrança que classificaria o Flamengo, após Felipe ter defendido o chute de Araújo. Seria bastante doloroso sermos eliminados com um gol de um ex-jogador nosso, que muitos chegaram a idolatrar.

Incrivelmente, não estou irritado com a desclassificação. Fico chateado em não poder ganhar o Carioca, obviamente (afinal, quem não quer ganhar tudo?), mas acredito que a eliminação tem seu lado positivo. Caso passasse, o Fluminense teria uma série de decisões seguidas, que acarretaria o desgaste físico e emocional dos jogadores. Com a saída precoce do Carioca, o Flu tem como único foco a Libertadores da América. Agora, o primeiro semestre tricolor se resume à competição mais importante do continente. É tudo ou nada. Quinta-feira, temos uma nova batalha, agora contra o Libertad, pelas oitavas-de-final da Libertadores. Como o primeiro jogo será realizado no Engenhão, é fundamental vencermos por uma boa margem de diferença e não tomarmos gol em casa (uma placar de 2 a 0 seria bastante bom para as nossas pretensões). Para isso, é necessária a presença da nossa torcida. Nós somos o combustível do Fluminense. Portanto, tricolor, não deixe de ir ao estádio na quinta. Sua presença é crucial! É o nosso sonho que está em jogo. Empurremos o Time de Guerreiros rumo a mais uma vitória para que, junto com ele, construamos mais um capítulo da linda história do Fluminense Football Club!

Saudações Tricolores

quinta-feira, 21 de abril de 2011

Sangue, suor e lágrimas

Guerreiros, é simplesmente indescritível. O Fluminense Football Club não conhece o Impossível. Hoje, o mundo assistiu a uma daquelas partidas, ou melhor, batalhas, épicas, a serem recordadas por toda a eternidade. Tristão Gonçalves, não satisfeito com o vexame dado em 2009, disse que a chance de classificação do Flu na Libertadores era semelhante a de um raio cair três vezes no mesmo lugar. Parece que o matemático não se cansa de ser desmentido. O Fluminense voltou a desafiar a lógica e se agarrou aos 8% de chances que tinha, classificando-se de maneira heróica para os oitavas-de-final da Libertadores. Volto a frisar: nunca duvidem do Fluminense Football Club.

Muitos acharam que, com o afastamento de Émerson antes do jogo, o Fluminense ficaria desestabilizado, e a classificação, antes distante, tornara-se impossível. Talvez se tenha tornado mesmo, e, por isso, o Fluminense a alcançou. Para mim, a decisão do presidente foi absolutamente correta. No meu time, o atual campeão brasileiro, não pode haver espaço para molecagens. Sheik estava claramente insatisfeito, e cantar aquela música ridícula do time do Mal foi o estopim para explodir o barril de pólvora. Eu, assim como muitos torcedores, não desejo mais que ele vista a nossa Armadura. Se duvidar, pode até estar apalavrado com aquele time maldito. Enfim, não tem mais clima para ele no Flu.

Parafraseando Winston Churchill, o Flu ofereceu a seus torcedores sangue, suor e lágrimas para conseguir a heróica classificação na noite de ontem. Do início ao fim do jogo, o Time de Guerreiros não parou de correr nem de buscar o resultado necessário um minuto sequer. Foi o melhor time em campo e fez por merecer chegar às oitavas. No primeiro tempo, dominou amplamente as ações e não conseguiu o placar necessário no primeiro tempo devido à infelicidade de alguns conclusões e ao erro do juiz em marcar pênalti de Gum em Salcedo. Em lugar algum do mundo, um juiz marcaria falta na jogada. Felizmente, nosso time estava mesmo disposto a operar mais um "milagre" e foi ao intervalo vencendo por 2 a 1, com gols de Júlio César, o qual fez uma partida muito boa, e Fred, que marcou com uma bomba em uma cobrança de falta, contando com a colaboração do goleiro Navarro.

Na segunda etapa, o Flu logo levou perigo ao gol adversário em um chute de Marquinho, que, inclusive, chegou a alegar que foi empurrado. Confesso que ignoro se houve ou não empurrão no lance. Entretanto, o Argentinos Jrs. voltou mais ofensivo e, num lance de azar, chegou ao gol de empate com um chute de Oberman desviado em Valencia que acabou por tirar Ricardo Berna da jogada. Abatido com esse novo golpe, o Fluminense viu o Argentinos Jrs. crescer na partida. Felizmente, o terceiro gol tricolor, marcado pelo He-Man após cobrança de escanteio, veio no momento certo e nos pôs de volta à disputa da vaga. Com o fim do jogo entre Nacional e América-MEX (empate por 0 a 0), o jogo ficou completamente aberto. O Argentinos Jrs., perdendo, não se classificava, e o Flu precisava vencer por 2 gols de diferença para avançar às oitavas. Emoção à flor da pele. Aos 43, surgiu o lance que decidiu o jogo. Araújo lançou Edinho em um contra-ataque, o qual driblou o goleiro Navarro e sofreu pênalti. O que falar do coração quando Fred se preparou para a cobrança? Todo o ano do Flu se resumia àquele momento. Fred, que nunca receberá críticas minhas a respeito de sua qualidade, teve frieza para converter o gol da classificação. Apoteose tricolor. Vitória típica do Fluminense, com gol no fim do jogo para fazer a sua apaixonada torcida explodir de alegria. Poucas vezes na minha vida fui inundado por uma euforia como a que me dominou ao apito final. Em meio à confusão após o jogo, eu só conseguia rir, esbanjando um sorriso de extrema felicidade.

O próximo adversário, agora pelas oitavas-de-final da competição, é o Libertad. O primeiro jogo será no Engenhão na próxima quarta. Antes disso, entretanto, tem Fla-Flu pela semifinal da Taça Rio. Temos de dar um passo de cada vez. Enfim, parabéns a todos que acreditaram, como eu. Parabéns especialmente àqueles que estiveram presentes. Surpreendi-me com nossa torcida superando o canto dos argentinos em vários momentos durante jogo. Foi lindo de se ver! Parabéns aos nossos guerreiros, que lutaram até o fim. Parabéns ao nosso técnico interino, Enderson Moreira, que tem demonstrado uma coragem enorme e conseguiu um feito que o melhor do País, Muricy Ramalho, com certeza, não teria conseguido. Agora, faltam 8 jogos para soltarmos o tão sonhado grito de campeão. Rumo ao inédito título da Libertadores. A benção, João de Deus! Orgulho de Ser Tricolor.

Saudações Tricolores

segunda-feira, 18 de abril de 2011

Missão cumprida

Guerreiros, ontem o Fluminense apenas confirmou a sua classificação para as semifinais da Taça Rio. A imprensa chegou a ventilar antes do jogo contra o Americano que o Flu tinha chances de ficar de fora, mas, convenhamos, em nenhum momento ficamos longe da vaga. Acredito que poucos torcedores tricolores tiveram dúvidas de que íamos nos classificar. Era questão de tempo apenas e ontem isso foi provado.

Precisando apenas de um empate contra uma equipe do Nova Iguaçu já sem grandes pretensões no campeonato, o Fluminense entrou em campo praticamente sem pressão. O resultado viria naturalmente. Contudo, a primeira oportunidade do jogo foi do Nova Iguaçu, em cobrança de falta do goleiro Diogo Silva, mas a bola saiu pela linha fundo. Fred revidou da mesma maneira. O Flu tomou um grande susto em uma cabeçada de Leonardo, que obrigou Berna a fazer grande defesa, mas deu o troco na volta da parada técnica, em uma bela cabeçada de Marquinho, espalmada para escanteio pelo goleiro Diogo Silva. Aos 34, o gol tricolor saiu. Fred dominou na área e soltou a bomba, que parou no braço do zagueiro do Nova Iguaçu. Pênalti claríssimo, cobrado com perfeição no ângulo esquerdo pelo próprio Fred, convertendo o único gol da partida. Fred também marcou outros três gols belos gols, mas estava impedido em dois e fez falta em outro. Acabou o jejum de gols do atacante, que não marcava desde a semifinal da Taça Guanabara contra o Boavista. Que isso ajude a lhe dar confiança para o confronto decisivo de quarta.

Apesar da vitória pelo placar mínimo, o Fluminense criou inúmeras oportunidades. Araújo chutou de primeira em cima do goleiro após cruzamento de Mariano. Júlio César quase marcou um golaço. Passou por três jogadores em velocidade (sendo o último deles o goleiro), mas perdeu o ângulo na hora de finalizar e chutou pela linha de fundo. Fred teve uma boa oportunidade, quando tabelou sem querer com as pernas do marcador e chutou para o gol, mas a bola desviou na perna do jogador do Nova Iguaçu. Fred ainda lançou Mariano, que completou de primeira para fora, em uma jogada rápida de contra-ataque tricolor. Sheik, barrado por Araújo, entrou no segundo tempo com gás e levou perigo, acertando a trave em um lance ao completar um cruzamento de Júlio César. No final do jogo, o Nova Iguaçu teve sua melhor oportunidade num chute de Nelinho, defendido por Berna. Com o fim da oitava rodada, ficou definido o adversário tricolor na semifinal. Domingo será dia de Fla-Flu, o maior clássico do Brasil. A outra semifinal terá o duelo de Vasco e Olaria. Pela primeira vez nos últimos 5 anos,

Até lá, entretanto, temos de lutar contra o Impossível na Argentina. Na quarta, faremos o último jogo da fase de grupo da Libertadores. Tricolor, lembre-se: o Nacional não pode ganhar do América-MEX, senão estamos fora. Preparem-se para secar! Além disso, precisamos ganhar do Argentinos Jrs. de qualquer jeito! Dois tipos de combinações de resultado são úteis para o Flu: Vitória do América e vitória do Flu por qualquer placar; e empate entre Nacional e América e vitória do Flu por 2 gols de diferença. Sabemos que vivemos uma situação bem delicada na competição, mas, conforme diz a faixa exibida no jogo contra o Americano, não podemos deixar de ter esperanças. Lutemos até o fim!

Saudações Tricolores

domingo, 17 de abril de 2011

A faixa da verdade

Guerreiros, para variar, sai com atraso o post sobre o jogo entre Fluminense e Americano. No domingo passado, vindo de uma pesada derrota para o Nacional pela Libertadores, o Flu disputou sua permanência na disputa pelo título do Campeonato Carioca contra o time de Campos. Provavelmente devido a essa pressão e ao abatimento pós-quarta, o Tricolor entrou em campo nervoso. Até a parada técnica, só levou perigo ao gol adversário em um lance (um chute de Edinho por cima do gol), e dava bastante espaço para contra-ataques do Americano. Aos 20, um desses deu certo. Carlos Alberto avançou pela esquerda e cruzou na medida para Gustavinho colocar o Americano na frente. Felizmente, o Flu voltou melhor da pausa e, aos 34, Conca converteu uma cobraça de falta. Logo em seguida, o Americano sofreu outro duro golpe. Júlio César cruzou para trás na linha de fundo (quem dera que nossos laterais fossem mais à linha de fundo), e Araújo completou para o gol. A virada desestruturou o time de Campos. Talvez tivessem conseguido o empate se tivesse sido marcado o pênalti de Mariano em Carlos Alberto. Contudo, no futebol não existe "se", e o Fluminense fez por merecer a vitória com placar dilatado durante o jogo.

No início do segundo tempo, Mariano fez o terceiro, em uma bela jogada trabalhada. Fred recebeu dentro da área, esperou a passagem de Marquinho, o qual cruzou para trás para Mariano completar vindo de trás. Aos 10, veio o mais belo gol da partida, sem dúvidas, um dos bonitos do campeonato. Conca lançou Araújo pela esquerda, que aplicou um lindíssimo drible de corpo no marcador e chutou no canto. Golaço, daqueles que pagam o ingresso do torcedor. A defesa tricolor, entretanto, deixou bastante a desejar, e permitiu que o Americano tivesse inúmeras oportunidades, que, para a nossa sorte, não foram aproveitadas. Levou bastante perigo com Felipe, que cabeceou no travessão, e Ayrton, que obrigou Berna a fazer uma excelente defesa, e pagou caro por isso, sofrendo o quarto aos 42 num lance esquisito, em que o goleiro Jefferson afastou mal a bola, e Marquinho completou de cabeça para o gol vazio. 4 a 1 para o Flu, uma goleada para lembrar ao nosso time que somos os atuais campeões brasileiros e que temos capacidade de sair desse momento ruim que vivemos. 4 a 1 para acordar o maestro Conca, que teve participação decisiva em todos os gols da partida. Com essa vitória, o Fluminense ficou praticamente classificado para as semifinais da Taça Rio, já que o Botafogo perdeu do Flamengo por 2 a 0, e o Olaria empatou sem gols com o Volta Redonda. O Tricolor só precisava de um empate contra o Nova Iguaçu pela última rodada da fase de grupos do segundo returno, e conseguiu a classificação no jogo de hoje. Todavia, isso é assunto para o próximo post.

O que mais me chamou a atenção no jogo do domingo passado não foi a vitória tricolor, tampouco o belíssimo gol de Araújo. Foi a faixa exibida pela torcida tricolor, com os dizeres "Enquanto você estiver vivo, vivas estão suas esperanças". A verdade não poderia ser dita de outra maneira. Enquanto houver chances, não podemos parar de lutar. O "Time de Guerreiros" provou isso. O Impossível não existe no futebol, desde que haja chances maiores que 0%. Quarta, temos a última batalha dessa fase de grupos. A mais importante. Que os deuses do futebol abençoem o Fluminense nessa partida. Que o "Time de Guerreiros", mais uma vez, prove a todos que do Fluminense Football Club ninguém pode duvidar!

Saudações Tricolores

quinta-feira, 7 de abril de 2011

A triste dor de perder para si mesmo

Guerreiros, eu não sei desistir. Eu não consigo parar de acreditar. Sei que a dor de uma possível desclassificação na próxima rodada será enorme, mas o sonho ainda permanece vivo. A amarga derrota de hoje, para um adversário visivelmente inferior, foi um duro golpe nas pretensões do Flu na Libertadores. Contudo, lembrem-se que é o Fluminense Football Club quem está sendo posto à prova. Time capaz dos feitos mais impressionantes, de provar a todos sua força quando ninguém mais acredita nas suas possibilidades. Por isso, eu acredito, apesar de tudo conspirar para o fracasso.

O Fluminense foi o dono do primeiro tempo. Teve bem mais volume de jogo, teve as melhores chances (embora poucas), mas não soube aproveitar esse excelente momento. Souza perdeu um gol cara a cara com o goleiro, chance que não se pode desperdiçar em uma decisão como essa. Contudo, a grande maioria de posse de bola tricolor não foi condizente com a quantidade de oportunidades criadas. Faltou acertar o último passe. Apesar do empate sem gols no fim da etapa inicial, a torcida tricolor aguardou esperançosa pelo início do segundo tempo.

O Flu foi outro time na volta do intervalo. Desorganizado, apático, perdido. Aos 5 minutos, tudo começou a ruir. García, impedido, fez o primeiro do Nacional. Era injusto perder, por todo o domínio que teve no primeiro tempo. Era injusto sofrer um gol impedido e, pior, ver que o bandeirinha teve total visão no lance. Estava na linha de impedimento e, se não foi má intenção, que procure outra profissão ou use óculos. Lamentável. É verdade que tomar um gol no início da etapa final quando se precisa vencer a qualquer custo geralmente desestabiliza um time, mas a exibição do Fluminense ficou aquém do pífio. Não fez absolutamente nada nos 45 minutos finais. Acabou tomando o segundo gol em um contra-ataque mortal. García entrou cara a cara com Berna, mas, ao contrário de Souza, não perdeu, e isso fez toda a diferença. O jogo, infelizmente, acabou aí. Quase tomamos o terceiro, em novo contra-ataque. Gum salvou em cima da linha. Para piorar, os uruguaios começaram a catimba e, assim, cozinharam todo o resto do jogo. No fim, ainda vi pênalti em Émerson (ainda não revi o lance), mas Oscar Ruiz nada marcou. Fim de jogo, e o Fluminense agora tem chances remotas de classificação. Todavia, ainda tem chances. A América ainda pode ser nossa.

O jogo entre América-MEX e Argentinos Jrs acabou agora. 2 a 1 América. Com isso, temos de torcer por uma vitória do América na próxima rodada, pois, dessa forma, se ganharmos por qualquer placar do Argentinos, classificar-nos-emos com 8 pontos, enquanto Nacional e Argentinos pararão nos 7. Um empate entre Nacional e América e uma vitória nossa por 2 gols de diferença fora de casa contra a equipe argentina nos daria a classificação. Se houver uma vitória do Nacional, o Flu é eliminado. Uma missão bem difícil, mas não impossível. O mais difícil é fazermos a nossa parte com esse futebol apresentado por nosso time. Lamentável. O Fluminense perde para si mesmo. É, indiscutivelmente, o melhor time do grupo, mas caminha para uma triste eliminação. Domina amplamente o jogo em vários momentos, mas não consegue cumprir o principal objetivo do futebol: fazer gols, e quem não faz, leva. Foi assim hoje e será assim enquanto a postura do time não mudar. Acorda, Flu!

O apelo ao Time de Guerreiros foi feito. A missão agora é praticamente impossível, assim como foi em 2009. Que eles renasçam a tempo de inverter esse terrível quadro. O espírito da arrancada tem de voltar. O Flu, apesar de estar na UTI, sobrevive. O sonho ainda vive. Falta 1 rodada para a nossa classificação na Libertadores. A benção, João de Deus!

Saudações Tricolores

segunda-feira, 4 de abril de 2011

Insosso

Guerreiros, com mais de uma semana de atraso, finalmente sai o post comentando sobre o clássico entre Fluminense e Vasco ocorrido no domingo retrasado. Acredito que o fato de eu ter estado ocupado e a falta de motivação de comentar sobre uma partida tão sem graça justificam tal demora. Enfim, antes tarde do que nunca. Serei bem sucinto na análise de hoje.

O Fluminense começou bem o jogo. Foi a melhor equipe em campo até a parada técnica. A melhor chance até esse momento foi num lance de bola parada. Souza cobrou, Valencia desviou de cabeça, mas Fred chegou atrasado no lance e não marcou por pouco. Infelizmente, aos 20 minutos do primeiro tempo, a conversa de Ricardo Gomes com o time vascaíno parece ter sido realmente efetiva. O Vasco foi superior ao Flu no restante do primeiro tempo. A melhor chance do jogo foi justamente do time alvinegro. Conca errou um passe bobo no meio-campo, dando origem a um contra-ataque puxado por Éder Luís. Contando com o escorregão de Valencia na entrada da grande área, o atacante finalizou e acertou uma bomba no travessão. Seria um golaço. Sorte do Flu. A equipe adversária ainda teve outra boa oportunidade em finalização de Bernardo também da meia-lua, que parou em bela defesa de Ricardo Berna.

O segundo tempo foi totalmente insosso. Jogo parado, sem grandes chances de gol para ambos os times. Acredito que a melhor oportunidade da etapa final foi novamente de Éder Luís, que recebeu um belíssimo lançamento pela direita, ficou cara a cara com Berna e, em posição legal, chutou cruzado bisonhamente, perdendo um gol feito. A bola quase saiu pela linha lateral. Lamentável! A surpresa para o fim da partida foi Júlio César, que se resolveu soltar nos minutos finais, finalizando bem por duas vezes (uma pela linha de fundo, outra defendida por Fernando Prass). Fim de papo, partida fraca, sem grandes emoções e de dar sono.

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Infelizmente não pude assistir ao jogo contra o Volta Redonda. Só pude analisar os "Melhores Momentos" na Internet. Acredito que o belíssimo gol de Souza fez valer o ingresso dos torcedores que foram ao Raulino de Oliveira acompanhar o campeão brasileiro em campo. Poupando Fred e Conca para o jogo mais importante do ano, contra o Nacional-URU na próxima quarta, Enderson escalou Deco e Souza no meio-campo, além de utilizar Edinho na zaga, "improvisado" ao lado de Gum (o volante joga de zagueiro quando necessário). O luso-brasileiro, pelo pouco que vi, parece ter jogado bem, dando assistência para boas oportunidades de gol e permaneceu em campo durante todo o jogo. Os gols da vitória foram marcados por Souza (já citado anteriormente) e Emerson, que contou com um desvio na zaga do Voltaço. Com certeza, o fato de Sheik voltar a marcar desde o gol do título brasileiro do ano passado é algo que não só dá moral ao jogador mas também deixa a torcida tricolor esperançosa para o "jogo da vida" contra o Nacional. O Volta Redonda diminuiu no fim do jogo. Vitória apertada, mas fundamental para iniciar a busca pelos 100% de aproveitamento nos 5 jogos restantes da Taça Rio e da fase de grupos da Libertadores. Um já foi, restam 4. Felizmente, parece que o Time de Guerreiros voltou. Quarta é o dia de mais uma batalha. Vamos pra cima, Fluzão!

Saudações Tricolores

quinta-feira, 24 de março de 2011

Esse é o Fluminense Football Club

Guerreiros, o jogo de ontem foi uma daquelas partidas épicas, inesquecíveis, que serão recordadas com orgulho pelos tricolores daqui a 10, 20 anos. Até os 34 minutos do segundo tempo, o Fluminense estava praticamente eliminado da Taça Libertadores, um vexame sem tamanho para o clube que é o atual campeão do País. Então, a estrela de um meia luso-brasileiro, atormentado por lesões desde que chegou ao clube, em agosto do ano passado, voltou a brilhar, mais forte do que nunca. Retornando aos gramados após dois meses parado devido a uma grave lesão na coxa esquerda, Deco entrou no segundo tempo e decidiu a mais importante partida do Fluminense na temporada. Um tapa na cara daqueles que já o consideravam um ex-jogador em atividade. Uma assistência e um gol no jogo de ontem deixaram claro que o camisa 20 ainda tem muito a render no Fluminense. O meia, que nunca havia jogado uma partida pela Libertadores na sua carreira, estreou com o pé direito e permitiu que o sonho tricolor continuasse vivo. É esse o Deco que nós queremos ver jogar!

O anúncio de Peter Siemsen na tarde de quarta de que Abel Braga será o novo técnico do Fluminense daqui a cerca de dois meses deu o ânimo que faltava à torcida tricolor. Decidida a empurrar o time, que passa por problemas extra-campo agravados depois do abandono de Muricy Ramalho, o qual deixou o Fluminense em situação delicada na Libertadores, a massa tricolor foi ao Engenhão na noite passada com sangue nos olhos. O público foi bem reduzido, é verdade, mas os treze mil presentes cantaram por mais de cem mil. Não pararam de apoiar um minuto sequer, acreditando no time e o empurrando até o final do jogo. A nossa equipe também correspondeu. Superou as adversidades na base da raça. Pressionou o América-MEX durante todo o jogo, e teria sido uma grande injustiça se saísse derrotada da partida. O gol da vitória aos 42 minutos do segundo tempo, no mesmo minuto do antológico gol de barriga de Renato Gaúcho em 1995, marcou a volta da união time-torcida que levou o clube à milagrosa fuga do rebaixamento em 2009, quando tudo parecia perdido. Na quarta, presenciamos o retorno não só do Time de Guerreiros mas também de uma torcida de fanáticos, apaixonados, que apóiam até o fim, independentemente dos obstáculos.

O time do Fluminense entrou mordido. Vi muitos tricolores dizendo que um time que perdeu do Boavista não tinha condições de vencer o América-MEX. Eu os avisei. Em Libertadores, o espírito é outro. A motivação é totalmente diferente. O Flu mandou na partida. Faltava o gol. Infelizmente, devido a uma mistura de azar com falha de Ricardo Berna e Digão, esteve atrás no placar por duas vezes, mas não desistiu. Enderson, técnico do Flu até a volta de Abel, acertou na escalação do time, ao contrário do senhor Ratatouille. Sacou Marquinho da equipe titular e colocou Souza, algo que já deveria ter sido feito há algum tempo pelo nosso ex-técnico. O nosso técnico interino efetivado também trouxe ao Fluminense uma característica que há muito não víamos: a ousadia. Com Enderson no comando, o Fluminense voltou a ter o ataque como prioridade e não teve medo de arriscar tudo quando foi preciso. As substituições nada convencionais, tirando dois laterais e colocando um meia e um atacante deixaram isso bem claro. "Quem não arrisca não petisca", não é? Enderson apostou em Deco, que voltava de lesão e não havia jogado uma partida sequer desde a sua volta, e foi recompensado. Foi o nome da partida. Araújo, que entrou no decorrer da partida, também foi decisivo ao empatar o jogo com um belo gol de cabeça. Portanto, não foi só a estrela de Deco que brilhou. A de Enderson também. Que seja assim até a chegada de Abel!

A linda vitória de virada trouxe de volta o ânimo do time, que havia desaparecido. Mexeu com o brio tricolor. Fez o time lembrar como surgiu sua antonomásia "Time de Guerreiros". Um time que nasceu da humilhação e a utilizou como motivação para conseguir se reerguer, que provou ao mundo futebolístico a força da palavra superação. Depois do jogo de ontem, tenho a certeza de que, se não conseguirmos a tão sonhada classificação, veremos em campo um time que vai lutar até o fim. Esse é o Fluminense Football Club.

Domingo teremos um clássico contra o embalado Vasco, que venceu merecidamente o Botafogo na última rodada. Provavelmente, como sempre, será um jogo bastante complicado. Uma vitória, com certeza, ajudará a manter elevada a moral do time tricolor, fundamental para os confrontos restantes na Libertadores. Faltam dois jogos para a classificação. Rumo ao título que deixamos escapar em 2008. A benção, João de Deus!

Saudações Tricolores

terça-feira, 22 de março de 2011

O campeão rejeitado

Guerreiros, com a derrota para o Boavista, a crise tricolor passou a se manifestar com força total. Comandado pelo preparador físico Ronaldo Torres, o perdido time do Flu sofreu sua primeira derrota para clubes pequenos no Campeonato Carioca e deixou claro que a saída de Muricy Ramalho e suas consequências afetaram bastante o desempenho da equipe. O Boavista, jogando no contra-ataque, aproveitava a fragilidade da defesa tricolor e levava bem mais perigo à meta de Ricardo Berna do que o Flu ao goleiro adversário. O primeiro gol surgiu em cobrança de falta perfeita de Gustavo, que chutou com muita força e efeito, sem chances para o arqueiro tricolor. Com a desvantagem no placar, o Tricolor se expôs ainda mais aos contra-golpes sempre perigosos da equipe de Saquarema e acabou pagando caro próximo aos 30 minutos do segundo tempo, quando Max liquidou as chances do Flu na partida ao ampliar para 2 a 0. Novamente, o Boavista voltou a ser o algoz do Fluminense. No primeiro encontro entre os dois times, o Boavista acabou levando a melhor nos pênaltis, por meio dos quais chegou à final da Taça Guanabara, na qual foi vencido pelo Flamengo. Agora, a vitória - diga-se de passagem, justa - em tempo normal piorou ainda mais a delicada situação vivida pelo Flu. Se o time já buscava um substituto para Muricy com urgência, a derrota de domingo, com os gritos de parte da torcida apelando para a contratação de um novo treinador, intensificou essa busca e fez, inclusive, a diretoria do clube passar a atirar com uma metralhadora para todos os lados.

Nos últimos dias, Dorival Júnior, Felipão, Cuca, Levir Culpi, Adilson Batista e até Gilson Kleina, técnico da Ponte Preta, receberam propostas de comandar o Fluminense e as rejeitaram. O único que está realmente disposto a assumir o Tricolor é Abel Braga. Contudo, como o técnico só pode passar a comandar o clube em maio ou, no mais tardar, junho, a cúpula tricolor buscou soluções imediatas, todas as quais fracassaram. Bom para a torcida, que, em sua maioria, torce pela volta de Abel, mesmo que sejamos comandados por um técnico interino até lá. Será que é difícil os dirigentes darem ouvido à torcida e fazerem nossa vontade? Se der errado, a responsabilidade é toda nossa, afinal, fomos nós quem pedimos. O que não pode é buscar desesperadamente por um nome para substituir Muricy e depreciar a imagem do clube com essas múltiplas recusas, justificadas pela crise vivida pelo Flu atualmente. Qual treinador quer trocar a estrutura (não é difícil ter uma melhor do que o Fluminense), o conforto e a estabilidade que possuem nos clubes que comandam pelo ambiente inóspito do atual campeão brasileiro? Confesso que, se eu fosse técnico, não me arriscaria a esse ponto, portanto, a atitude desses profissionais é completamente compreensível. Ridículo mesmo é a acessoria de imprensa do clube anunciar a contratação de um treinador (Gilson Klaine) sem ter assinado contrato com ele, ato de total amadorismo demonstrado ontem por nossa diretoria, que tanto criticava a cúpula passada devido a isso. Cadê o profissionalismo que deveria caracterizar a atual gestão?

O medo da torcida tricolor é possibilidade da chegada de Joel Santana ao clube. O técnico enfrenta problemas no Botafogo e talvez saia do clube hoje de manhã. O "Papai Joel" deveria ser considerado persona non grata nas Laranjeiras depois de 95, ano no qual vencemos o épico Campeonato Carioca, mas fomos eliminados bisonhamente pelo Santos na semifinal do Brasileirão, e de 96, época em que Joel comandava a equipe do Flamengo e escalou reservas no último jogo contra o Bahia, que foi vencido pelo time baiano e culminou no rebaixamento do Flu. Joel não, diretoria! Também não queremos técnicos meia-boca no nosso time! Vemos Abel Braga dando declarações que deixam completamente expressa sua vontade de retornar ao Tricolor. Por que não ele? Façam o óbvio: efetivem um interino, seja lá quem for (pode ser Josué Teixeira, do Nova Iguaçu, ou até Enderson Moreira, contratado no último domingo para essa função) até a chegada de Abel. Visto à proximidade do jogo importantíssimo contra o América-MEX amanhã, é necessária a urgente estabilização dessa crise que atinge o Fluminense. Não percam mais tempo!

Felizmente, temos a possibilidade de uma grande novidade que muito melhora o prognóstico tricolor. Peter Siemsen fechou um acordo de compromisso com o dono do clube Banana Golf (que, por sinal, é tricolor de coração), e finalmente o local do nosso CT será comprado em breve, com o dinheiro advindo das cotas de televisão, de forma parcelada. Provavelmente esse foi o único ponto positivo da saída de Muricy: a diretoria partiu imediatamente em busca de combater os problemas de estrutura expostos pelo técnico.

Quarta-feira é dia de decisão. O Fluminense joga a sua vida na Libertadores. Disputa o direito de continuar na disputa pela conquista do tão sonhado título. É vencer ou vencer o América-MEX. O problema é que a situação vivida pelo clube em nada ajuda. Se a missão tricolor é dificílima, o atual momento do clube parece torná-la impossível. Contudo, de missão impossível o Fluminense entende (ah se entende)! O Time de Guerreiros é a prova viva disso. É a hora de retomar esse espírito de luta que tanto encantou a torcida tricolor. Tricolores, quarta-feira é dia de Engenhão. Ignorem o preço, a dificuldade de acesso, o horário. O Fluminense precisa de vocês. Quarta-feira é dia de uma perfeita sintonia entre time e torcida. É dia de se manter vivo em busca de tornar realidade um antigo sonho. Até breve!

Saudações Tricolores

Semana conturbada pós-Fla-Flu

Guerreiros, com oito dias de atraso, sai o post sobre o maior clássico do Brasil. Contudo, a emoção ficou para depois do clássico. A partida foi bastante sem graça, e o empate foi um resultado justo, já que houve domínio rubro-negro durante a primeira etapa e tricolor durante o segundo tempo. O Flamengo levou bastante perigo ao Flu nos chutes de Thiago Neves, os quais obrigaram Ricardo Berna a fazer boas defesas (goleiro titular absoluto, inanimidade na torcida). Já o Tricolor só passou a levar real perigo com as entradas de Souza e Araújo (aliás, ainda não sei como Souza é banco para Marquinho). Ronaldinho Gaúcho, coitado, foi anulado na partida, não fez nada (mentira, conseguiu driblar Diguinho e levar perigo ao gol do Flu, mas somente em um mísero lance). Enfim, poucas chances criadas e desperdiçadas de ambos os lados, jogo equilibrado e placar condizente com o desempenho dos times em campo. Após o jogo é que veio o duro golpe no planejamento tricolor: Muricy Ramalho, melhor técnico do Brasil (para mim e para outros milhões), o homem que jamais rompia contratos, pediu demissão do Fluminense Football Club.

O Flu já atravessava uma reformulação no cenário político que culminou na demissão do vice de futebol Alcides Antunes, tido como muitos na imprensa como amigo de Muricy, e, segundo as notícias, o ex-treinador tricolor teria ficado chateado com a sua saída. Alegando falta de estrutura e não-cumprimento das promessas a ele feitas quanto a esse aspecto, Muricy largou o nosso time em situação delicada na Taça Libertadores - lembrando que ele foi o principal responsável por isso, escalando errado o time, armando-o mal e fazendo substituições equivocadas - a pouco mais de uma semana de uma decisão contra o América-MEX no Engenhão (só a vitória interessa). Fontes internas do clube alegam que ele recebeu uma proposta de um milhão mensais do Santos, e isso foi o principal motivo de sua saída do Flu (ontem recebeu proposta oficialmente do clube). Entretanto, era nítido o desânimo apresentado por ele nos últimos jogos. Observando-o durante os jogos, já não tinha o mesmo comportamento agitado que lhe é característico. Muricy tem razão ao não considerar adequada para o trabalho as péssimas condições de treinamento oferecidas pelo Fluminense. A estrutura do clube é uma lástima. Até ratos (esse assunto deu muito o que falar) havia nos vestiários. Apesar desses problemas, não deveria ter largado o time em um momento tão importante, em que disputa o direito de continuar a sonhar com a conquista da Libertadores, que deixamos escapar em 2008. Com certeza, se tivesse obtido bons resultados na competição, não teria abandonado o barco em andamento. Injusto também é Muricy exigir o cumprimento das promessas pela atual diretoria. Peter Siemsen está no comando há cerca de três meses, pouco tempo para que o CT pedido por Muricy fosse construído. O presidente do Flu, inclusive, andara visitando terrenos onde poderia estabelecê-lo. O maior erro de Muricy, entretanto, foi ter anunciado para toda a imprensa as carências estruturais do clube, expondo-o ao ridículo e fazendo-o virar motivos de chacota. Os problemas internos do Fluminense devem ficar no clube, e não serem ventilados aos quatro cantos do mundo. Atitude de moleque. Deveria ao menos ter um pouco mais de respeito pelo clube que o acolheu com carinho e pela torcida que, por vezes, idolatrou-o, torcida essa ao qual ele nem sequer se dirigiu diretamente. Gostaria de deixar claro que sou fã do trabalho de Muricy e sou bastante grato a ele pelo título que nos ajudou a conquistar após 26 anos de espera, mas ele realmente errou (e muito!) na sua saída do Fluminense.

O nosso amado clube está em frangalhos a 2 dias de uma decisão. A crise, que antes muitos consideravam invenção da imprensa, é intensa nas Laranjeiras. O ambiente de trabalho tumultuado, com os problemas completamente expostos, faz o atual campeão brasileiro ver todo o seu planejamento anual ser gravemente ameaçado. Tudo ameaça ir por água abaixo. Para completar, após o jogo do Boavista, estouraram os casos de recusa dos técnicos em assumir o comando do Flu, mas isso é assunto do próximo post. Até lá.

Saudações Tricolores

quarta-feira, 9 de março de 2011

O craque voltou!

Guerreiros, finalmente vimos em campo o Darío Conca a que estamos acostumados. O craque do Campeonato Brasileiro de 2010 voltou. Hoje, com uma excelente exibição, fez um gol e deu uma assistência, sendo decisivo na vitória por 3 a 1 do Fluminense sobre o América. O jogador que, inclusive, chegou a ser criticado por uma parte da torcida devido às suas recentes exibições, mostrou que ninguém desaprende a jogar futebol. Será que era difícil entender que é preciso tempo para um jogador se recuperar de uma artroscopia no joelho, ainda mais voltando antes do tempo de recuperação previsto? Após a partida de hoje, Conca, além de afastar as cornetas, recupera a moral que poderia estar abalada devido ao seu desempenho nos últimos jogos. Com o craque jogando o que sabe, o Fluminense melhora 1000%!

Logo aos 43 segundos de jogo, a arbitragem impediu que saísse o primeiro gol tricolor. Um dos assistentes assinalou um impedimento inexistente de Araújo, o qual tinha uma oportunidade cara a cara com o goleiro. Em seguida, Ruy, do América, chutou e Berna espalmou. Novo impedimento mal marcado para o Fluminense, mas, por sorte, Gum não havia dominado, senão haveria muita reclamação. Contudo, o América levava mais perigo, e Diguinho (que não era o do Flu) acertou o travessão, aproveitando-se da lentidão de Gum para driblá-lo e finalizar no gol. No lance seguinte, He-man chutou mal após lindo passe de peito de Diguinho (agora o tricolor). Após a parada técnica, o Fluminense melhorou e passou a ser o dono das principais ações do jogo. O gol saiu aos 32 minutos, quando o foco era o escorregão do árbitro João Batista de Arruda. Carlinhos cobrou lateral para Rafael Moura, que protegeu a bola muitíssimo bem, prendendo dois jogadores do América na marcação, girou e cruzou para Conca só escorar para o gol. Grande assistência do He-man, que apagou as más recordações da torcida tricolor devido a sua primeira passagem pelo clube e provou que se tornou um baita centroavante. Que volta por cima desse rapaz!

Logo no começo do segundo tempo, a torcida tricolor tomou um susto. O árbitro marcou um pênalti inexistente de Leandro Euzébio no lateral-direito Michel, do América. Dizem por aí que pênalti roubado não entra. A verdade é que a maioria entra sim, mas o de hoje foi ao encontro desse ditado. Ricardo Berna se adiantou bastante (lembrou-me, inclusive, um goleiro que joga no São Paulo e sempre faz isso) e defendeu a cobrança de Diguinho, o qual bateu tão mal que não reclamou do posicionamento do goleiro. Erro por erro, o placar permaneceu inalterado. Nada mais justo. Dizem, também, que, no futebol, quem não faz, leva. Aos 8, Conca, pela direita, cruzou. Araújo desviou de cabeça, e He-man cabeceou para o gol, ampliando a vantagem tricolor. Rafael Moura ainda teve a chance de fazer mais um. Conca fez um lançamento excepcional para Marquinho, que passou para o He-man, mas o seu chute forte foi defendido pelo goleiro Paulo Wanzeler. Aos 28, entretanto, o atacante não desperdiçou a oportunidade. Conca foi lançado por Emerson (que entrou no decorrer da partida no lugar de Araújo), dominou na grande área, cruzou de perna direita, e Rafael Moura completou para o gol. Praticamente morto na partida, o América pouco oferecia perigo ao gol de Ricardo Berna. Entretanto, com a defesa do Flu em campo, não tem placar em branco. O ataque do América aproveitou a linha burra tricolor (muitos - como eu - preferem chamar assim a linha de impedimento), e Bruno Reis recebeu com o gol escancarado. 3 a 1. O gol deu novo ânimo ao adversário, mas Berna garantiu que a reação parasse por aí. Com a vitória, o Flu atingiu os 6 pontos na Taça Rio e divide a liderança com o Botafogo.

Domingo é dia de Fla-Flu. Mais do que um clássico normal (embora um Fla-Flu jamais possa ser taxado disso), será o confronto entre o time mais badalado do momento, que tem Ronaldinho Gaúcho entre os titulares, e o atual campeão brasileiro. O Flamengo busca manter sua invencibilidade no ano, e o Fluminense procurar conseguir a terceira vitória consecutiva para afastar de vez a má fase que o cercava. Além disso, dois jogadores com passagens notáveis pelos arquirrivais se encontrarão com o ex-clube. Thiago Neves, campeão da Copa do Brasil de 2007 pelo Flu e protagonista do vice-campeonato da Libertadores de 2008 reverá a torcida tricolor, que tanto gritou seu nome nas arquibancadas em anos passados. Emerson, campeão carioca pelo Flamengo e jogador importante para o clube durante metade do Campeonato Brasileiro de 2009, conquistado pelo rubro-negro, reencontra no Engenhão a torcida que carinhosamente o batizou de Sheik. Domingo é o dia do nosso próximo encontro, e espero que seja para comentar a nossa vitória no maior clássico do Brasil. Ver-nos-emos em breve!

Saudações Tricolores

segunda-feira, 7 de março de 2011

Novo ânimo

Guerreiros, finalmente voltamos a vencer. Para uma torcida que está acostumada a ver o melhor time do País em campo, quatro jogos sem vitória foram uma eternidade. Finalmente, sábado, contra o Resende, a torcida tricolor pôde sentir de novo o gostinho da vitória, mesmo que esta tenha sido obtida sobre um time de menor expressão. O importante é que o Fluminense recebeu uma nova injeção de confiança, fundamental para que a equipe volte a viver um bom momento a fim de encarar a dificílima luta pela classificação na Libertadores. Reage, Flu!

Estreando o escudo de campeão brasileiro no uniforme, o Fluminense, até o final do primeiro tempo, portou-se como tal, mesmo com um time misto. Jogou verdadeiramente como time grande e dominou o jogo em toda a primeira etapa. As jogadas pela direita com Souza e Mariano surtiram bastante efeito, e Araújo quase marcou o primeiro gol do jogo aos 4 minutos, após cruzamento do meio-campo, mas o goleiro Eduardo fez uma belíssima defesa, mantendo a igualdade no placar. Fernando Bob, que ganhou chance devido a Diguinho ter sido poupado, foi bem no jogo (até ser expulso). Fez um passe magistral para Souza, o qual chutou por cima do gol, perdendo um gol incrível. Em seguida, ainda antes da parada técnica, Rafael Moura acertou a trave após cruzamento de Marquinho. O He-man ainda perdeu um grande oportunidade, dentro da grande área, em frente ao gol, quando Souza cruzou na medida. O atacante dominou, escolheu o canto e chutou para fora. Todavia, o gol tricolor estava amadurecendo. Aos 40 minutos, enfim, Mariano ganhou jogada praticamente perdida pela direita e rolou para Araújo chutar por cima do goleiro e finalmente abrir o placar. Com um desempenho bastante acima da média, Araújo provou que deveria ter sido titular do Fluminense nas três primeiras partidas da Libertadores. Próximo ao fim da primeira etapa, o árbitro erroneamente tirou Fernando Bob (o volante, inclusive, foi quem sofreu falta na jogada) do jogo, distribuindo-lhe o segundo amarelo. A expulsão do jogador tricolor mudou completamente o panorama do jogo no segundo tempo.

Na primeira etapa, Ricardo Berna praticamente só trabalhou em um chute cruzado de Léo. No segundo, com a vantagem numérica, o Resende buscou agredir o Fluminense e passou a levar grande perigo ao goleiro tricolor. Aos 2 minutos, em levantamento para área, Edinho afastou mal de cabeça, um jogador do Resende ganhou de cabeça em meio a dois do Flu, e Kim chutou forte, empatando a partida. Muricy, então, colocou Emerson e Diogo em campo, e o time melhorou com a entrada dos dois jogadores. Diogo deu consistência ao sistema defensivo, e Emerson, jogador diferenciado, aumentou a ofensividade da equipe. Aos 7, o Sheik sofreu falta pela esquerda. Marquinho cobrou na cabeça de Leandro Euzébio, que cabeceou no canto e fez o segundo do Tricolor. Com a vantagem no placar e um jogador a menos em campo, o Fluminense diminuiu o ritmo de jogo, e o Resende cresceu na partida, pressionando bastante a nossa equipe. Ricardo Berna foi obrigado a fazer bela defesa em chute de fora da área de Kim. Depois, em finalização de Elias, Berna espalmou, a bola bateu na trave e sobrou para Fábio, que girou e conseguiu achar espaço para chutar, mas parou no goleiro. Além disso, o arqueiro foi bem novamente em um chute de muito longe de Kim, espalmando para escanteio. É, Diego Cavalieri, Ricardo Berna é incontestavelmente o melhor nome do momento para o gol tricolor. Sufocado, o Fluminense quase viu o Resende marcar o gol de empate quando Fábio, após confusão na área e saída de gol errada de Berna, chutou inacreditavelmente por cima do gol. Resistindo à pressão, o Flu finalmente voltou ao caminho das vitórias. Mais do que 3 pontos, a vitória dá novo ânimo à equipe, que, em breve, enfrentará o arquirrival Flamengo e disputará o jogo contra o América-MEX no Engenhão, no qual só a vitória mantém viva a esperança de classificação.

Quarta, enfrentaremos o América do Rio no Engenhão. Ganhar é essencial para manter a confiança tricolor, que joga o Fla-Flu no domingo. Fred e Deco já estão deixando a fisioterapia e possivelmente estarão disponíveis no jogo contra o América-MEX no dia 23, além de Emerson, já recuperado. Se a equipe titular do Flu estiver completa nos 3 últimos jogos da fase de grupos da Libertadores, as chances de classificação aumentam consideravelmente. Que a bruxa que está à solta nas Laranjeiras nos últimos meses fuja para bem longe! Encontrar-nos-emos nesse blog provavelmente na quinta-feira, quando comentarei o jogo do dia anterior. Até!

Saudações Tricolores

quinta-feira, 3 de março de 2011

"Firmeza na execução duma promessa ou compromisso. Crença, confiança.". Assim é definida a fé pelo dicionário Aurélio. Fé. A torcida tricolor a conhece bem. A canção "A benção, João de Deus" adotada pelo Fluminense nas arquibancadas na semifinal da Taça Guanabara de 1980 deixa bem claro isso. A torcida acreditou, e o Fluminense foi campeão na disputa de pênaltis contra o Vasco e, posteriormente, venceu o mesmo clube na grande final, com gol de Edinho. 19 anos depois, afundado na lama, o Fluminense vivia o pior momento de sua história, disputando a 3ª divisão do Campeonato Brasileiro. A fé foi fundamental para ressuscitar o clube e trazê-lo de volta ao protagonismo do cenário futebolístico nacional. Lembremos um passado bem recente. Em 2009, há sete rodadas do fim do Campeonato Brasileiro, o Fluminense tinha 98% de chances de cair para a Série B. O rebaixamento era praticamente inevitável, e muitos profissionais do meio esportivo já colocavam o Fluminense na Segundona. Entretanto, a fé de uma torcida apaixonada novamente resgatou a força de um dos Gigantes do Brasil. Foram seis vitórias e um empate no fim do torneio, e o Flu realizou um dos maiores milagres da história do futebol, desmoralizando as probabilidades matemáticas e provando que, para esse clube, o Impossível não existe. No ano passado, a fé continuou a habitar o coração de muitos torcedores mesmo após a perda da liderança a quatro rodadas do fim do campeonato. Fomos recompensados com o título. Na linda história do Fluminense Football Club, está provado que a fé move montanhas. Reza o hino mais bonito do Brasil que "quem espera sempre alcança". Quem acredita é recompensado. Após dois empates e uma derrota na Taça Libertadores de 2011, novamente precisamos resgatar essa fé, que já nos fez presenciar momentos de superação incríveis que não deixaram dúvidas a respeito da força e da tradição do Tricolor. Acredite de coração!

Guerreiros, o Fluminense esteve longe de merecer perder a partida. Durante boa parte do jogo de ontem, inclusive, foi a melhor equipe em campo. Um empate seria justo. O que faltou à nossa equipe foi ousadia, e esse medo de tentar fez o Flu pagar muito caro. Culpa, principalmente, de Muricy Ramalho. Novamente, o melhor técnico do Brasil cometeu erros significativos. Vimos, da mesma forma que no jogo contra o Nacional, Rafael Moura isolado no ataque, Carlinhos fazendo uma exibição deplorável, Conca apagadíssimo, Muricy escalando mal a equipe e demorando bastante para fazer as alterações, e um Flu de pouca capacidade ofensiva. Por que não utilizar dois atacantes desde o começo do jogo em vez de escalar Tartá, o qual o que tem de habilidade falta de inteligência em campo? Por que usar tão pouco a principal arma dos times que jogam na altitude, o chute de fora da área? Por que manter Carlinhos, mal no apoio e péssimo na defesa, tendo Marquinho e Júlio César para jogar na ala esquerda? Por que, na hora de colocar um atacante, mesmo tardiamente, tirar o melhor zagueiro da equipe, Digão, em vez de sacar Gum ou Leandro Euzébio, que andam jogando bem menos que ele? São dúvidas que povoam a cabeça dos tricolores e levam muitas pessoas a refletirem se ainda é o desejo de Muricy treinar o Fluminense.

O gol da vitória do América-MEX veio, de novo, em falha de marcação de Carlinhos. Bobeou e permitiu que Marques recebesse na cara do gol. A única atitude que teve foi ficar com o braço levantado, pedindo um impedimento que esteve longe de existir. Cansei de vê-lo andando em campo nas últimas partidas durante ataques do Fluminense. A sua displicência me irrita. Será que Marquinho e Júlio César realmente não têm condições de substituí-lo na ala esquerda durante as partidas? Pelo menos, garanto que empenho não vai voltar daquele. Podemos reclamar de tudo, menos de falta de vontade de Marquinho. Raça ele tem de sobra.

Só voltaremos a jogar pela Libertadores da América no dia 23, quando enfrentaremos o mesmo América no Engenhão. Assim como em 2009, o lema "vencer ou vencer" nunca foi tão verdadeiro. Já vejo muitos tricolores jogando a toalha, mas eu, particularmente, não duvido do Fluminense Football Club. As prováveis voltas de Fred e Emerson me dão esperanças. Com eles, o Fluminense ganha bastante força ofensiva, o que tem faltado nos últimos jogos. É preciso ter a fé que sempre foi um diferencial da nossa torcida. Nosso próximo encontro é sábado, após o jogo contra o Resende, pela primeira rodada da Taça Rio. Enquanto isso, acreditemos até o último apito, lutemos até o fim. Faltam 3 jogos para a nossa classificação. Rumo ao título da Libertadores. A benção, João de Deus!

Saudações Tricolores

domingo, 27 de fevereiro de 2011

Na conta de Muricy

Guerreiros, novamente atrasei a postagem de quinta-feira. Após o término da partida de quarta, estive ocupado e não tive tempo de escrever. Agora, secando o Flamengo na decisão da Taça Guanabara contra o Boavista, comentarei sobre o segundo jogo do Flu na Libertadores deste ano.

Encarado como uma decisão tanto pelos jogadores quanto pelos torcedores tricolores, o confronto contra o Nacional-URU foi, da mesma forma que o primeiro jogo da competição, bastante frustrante. O Fluminense começou errando na escalação. Confesso que o esquema com 3 zagueiros deu mais consistência ao sistema defensivo tricolor, mas jogar com um único atacante, que era dúvida antes do início do jogo, em casa, precisando da vitória a qualquer custo, é ousar pouco a meu ver, ainda mais com Diguinho sendo o responsável pela armação de jogadas, e Conca jogar bastante adiantado, fora de sua posição de origem. Acredito que teria sido bem mais produtivo ter entrado em campo com dois atacantes de ofício: um centroavante de ofício (Rafael Moura) e um segundo atacante (Araújo e Rodriguinho). Daria, inclusive, mais movimentação ao time. Enfim, erros à parte, o Fluminense foi, de longe, a melhor equipe em campo. Teve a esmagadora maioria da posse de bola, pressionou bastante a equipe uruguaia (embora de forma desorganizada) e criou as melhores oportunidades do jogo, exceto pela chance de García do Nacional, em um contra-ataque, no qual driblou Berna e chutou pra fora. Apesar do claro domínio, a incapacidade de concretizar as chances de gol criadas culminaram para a permanência do empate no placar.

De positivo da partida de quarta, só a volta do bom futebol de Mariano, que ganhou bastante liberdade para apoiar com o esquema de 3 zagueiros. Os erros de Muricy não se limitaram à escalação e ao desenho tático do time. Ele insistiu em manter Carlinhos em campo, que, pela segunda partida seguida, foi um dos piores em campo. Demorou a colocar um atacante velocista, colocando Araújo somente próximo aos 30 minutos do segundo tempo. Já que, com um único atacante, foi nítido que o Flu iria abusar das bolas aéreas, por que não ter utilizado Souza mais cedo na partida? E por que tirou Digão, o melhor zagueiro do Fluminense na partida, em vez de tirar Leandro Euzébio ou Gum? Muricy Ramalho pareceu totalmente perdido no jogo, tanto que só substituiu quando a torcida gritou o nome dos jogadores. O que está havendo com o nosso comandante? O limite de tropeços já foi ultrapassado faz tempo. O empate de quarta nos colocou em situação difícil na competição. Temos 3 jogos fora e um em casa. A tabela ficou bem complicada, ainda mais sabendo que estamos em terceiro no grupo e precisamos correr atrás dos resultados. Acorda, Muricy!

Antes confirmado para o jogo contra o América-MEX fora, vi hoje que Fred se tornou novamente desfalque. Gosto bastante do nosso camisa 9 e até afirmo que, quando ele está em forma, é o melhor centroavante do País, mas essas lesões realmente testam a paciência do torcedor. Quarta já é o terceiro jogo da fase de grupos da Libertadores e será mais um no qual não contaremos com a presença do nosso titular. Assim fica difícil! Torçamos para que, pelo menos, Muricy escale dois atacantes em vez de deixar He-man isolado e adiantar Conca. Será que é difícil escalar Araújo como companheiro de ataque de Rafael Moura e escalar o nosso maestro na posição de origem dele, na qual ele foi eleito o melhor jogador do Campeonato Brasileiro do ano passado? Faça o simples, Muricy. Apesar de difícil, a classificação do Fluminense ainda é perfeitamente possível. Que quarta vejamos em campo o 'Time de Guerreiros" que encantou a torcida nos dois últimos anos! Vamos, Fluzão!

Saudações Tricolores

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Quem avisa amigo é

Guerreiros, no domingo, após a eliminação na Taça Guanabara, confesso que estive bastante chateado para escrever sobre a partida e, durante a semana, estive sem ânimo e sem tempo. Contudo, antes tarde do que nunca. O post finalmente está saindo. Mais tarde, novamente escreverei, depois do confronto contra o Nacional pela Libertadores. Torçamos que a derrota de domingo tenha mexido com o brio dos nossos jogadores. É ganhar ou ganhar!

Eu avisei. O Fluminense se deveria impor na partida. Alertei sobre o cuidado de não deixar ocorrer outra zebra, como foi com a vitória do Resende sobre o Flamengo em 2009. Não teve jeito. A história se repetiu, e novamente um grande foi eliminado por um pequeno. O Flu, tido por uma reportagem do globoesporte.com dias antes do confronto decisivo como o "terror de pequenos", caiu diante do Boavista, que chegou à sua primeira final de turno, nos pênaltis. A zebra está à solta.

O Fluminense entrou em campo apático. Desarrumado taticamente, Diguinho era o principal armador das jogadas. Conca esteve muito apagado. Os laterais, tímidos, pouco acertaram, principalmente, Carlinhos, que fez uma péssima partida e merecia ter sido sacado no decorrer do jogo. A defesa, mais uma vez, medonha. O segundo gol da equipe de Saquarema é a prova disso. Falha de marcação total em um cruzamento que deveria ter sido afastado facilmente pela defesa. O ataque foi, durante grande parte do jogo, inoperante. Continuo achando que o uso de dois centroavantes não é a melhor opção. Domingo, o time teve muito pouca mobilidade e dificilmente acertou cruzamentos. Acredito que o caminho não é por aí. Contudo, é até compreensível tal opção de Muricy Ramalho. Logicamente, com Fred à disposição, jamais o técnico abriria mão dele, e Rafael Moura vive grande fase. Foi dele, inclusive, que surgiu a falta que originou o primeiro gol da partida. Marquinho, substituto de Souza na partida, cobrou com perfeição, na gaveta. Pouquíssimo tempo depois, infelizmente, Edinho cometeu falta boba e, na cobrança, a bola foi rolada para Tony, que acertou uma bomba. Golaço de empate do Boavista. Gol para nenhum admirador de futebol colocar defeito. Após o golpe, confesso que a equipe adversária, inclusive, foi melhor no primeiro tempo. Todavia, "futebol é bola na rede". Próximo ao fim da etapa inicial, Conca cobrou falta, cruzando para a grande área, Rafael Moura tocou, na linha de fundo, de cabeça, e Fred apenas completou, também cabeceando, para o gol vazio, colocando novamente o Flu na frente. O Boavista ainda assustou em duas oportunidades, mas o jogo foi para o intervalo com vitória parcial tricolor.

No segundo tempo, o Boavista voltou decidido a empatar o jogo. Edu Pina chutou forte para fora, e Leandro chutou da intermediária pela linha de fundo. Aos 9 minutos, finalmente chegou ao gol, em falha generalizada da defesa tricolor. Mariano falhou na marcação, Gum não chegou a tempo, Leandro Euzébio não afastou a bola cruzada, e Carlinhos permitiu a finalização de André Luis, aniversariante do dia, que novamente deixou tudo igual na partida. O atacante do Boavista por pouco não virou o jogo após um contra-ataque que contou com nova falha de Carlinhos, dessa vez errando o tempo da bola na interceptação. A partir daí, não podemos negar que o Fluminense não tentou. Passou a dominar o jogo, mas falhou nas finalizações. O Tricolor corria contra o tempo, que passava rápido com a cera feita pelo time adversário. O goleiro Thiago garantiu a ida do jogo para os pênaltis. Nas cobranças, faltou competência a Conca e Rodriguinho, e o Fluminense foi eliminado por 4 a 2 da Taça Guanabara pela zebra de Saquarema, que enfrentará o Flamengo na final. Dificilmente o Império do Mal se irá deixar surpreender, mas o Boavista provou que pode complicar bastante as coisas. Só nos resta torcer para que complique!

Muricy Ramalho tem grande parcela de culpa no fracasso do jogo passado. Insistiu com Carlinhos, muito mal na partida, durante os 90 minutos, substituiu mal, tirando Fred, que sentiu a panturrilha, e colocando Souza, em vez de colocar imediatamente Rodriguinho (este só entrou posteriormente, no lugar de Marquinho) e montou mal a equipe, elaborando um esquema de pouca movimentação e deixando Diguinho como o responsável por armar o jogo. Um dia para ser esquecido. Abre o olho, Muritetra!

Mais tarde, o Flu enfrenta o Nacional pela segunda rodada da fase de grupos da Taça Libertadores da América. Como já falei acima, só a vitória importa. Façamos a nossa parte e torçamos por um empate entre América-MEX e Argentinos Jrs. para assumirmos o primeiro lugar do grupo. Uma eliminação ridícula como essa de domingo certamente mexe com o brio dos jogadores. Teremos, com certeza, um time bastante empenhado na partida. O problema é que a bruxa está à solta nas Laranjeiras. As lesões voltaram a se tornar constantes. Fred, sacado durante o jogo, está fora da partida, além de Rodriguinho, distante do gramado por 3 meses após se machucar durante o treino. Pior ainda, Rafael Moura é dúvida devido a dores lombares. Só Araújo está garantido no ataque, mas acredito que o He-Man também será titular na partida de hoje. Apesar de desfalcado, ainda temos plenas condições de vencer o Nacional jogando no Engenhão. É manter o foco e entrar decidido. Amanhã (já que o jogo acaba meia-noite) tem nova postagem. Até breve!

Saudações Tricolores

domingo, 13 de fevereiro de 2011

Ele tem a força!

Guerreiros, novamente o Fluminense precisou da ajuda de um super-herói. Rafael Moura, o He-Man, marcou hoje à tarde o gol da vitória sobre o Madureira, que garantiu o primeiro lugar do grupo B e, com todo o respeito ao Boavista, tornou o caminho do Fluminense à final da Taça Guanabara teoricamente mais fácil. O Fla-Flu, que parecia já ser uma certeza, foi adiado, pelo menos por um jogo, graças ao tropeço do Botafogo em casa contra o Macaé, o que permitiu a ascensão do Flu ao topo da tabela. Além de enfrentar - repito, em tese - o adversário mais fraco, o Fluminense conseguiu mais um dia de preparação para a partida contra o Nacional-URU, que será realizada no dia 23 no Engenhão, válida pela segunda rodada da Taça Libertadores da América. Por ter se classificado como líder do grupo, o Tricolor jogará no sábado contra o Boavista, segundo colocado do grupo A, em vez de ser, como se encaminhava após a derrota no Clássico Vovô, no domingo, dia em que se enfrentarão Botafogo e Flamengo.

A suada vitória não condiz com o que vimos em campo. O Fluminense, apesar da forte marcação do Madureira (principalmente no primeiro tempo), criou várias oportunidades claras de gol, as quais ora eram desperdiçadas por chutes fracos e imprecisos dos nossos jogadores, ora eram defendidas pelo goleiro Cléber, que, a meu ver, foi o melhor jogador em campo. Perto da parada técnica do primeiro tempo, o Flu quase chegou ao gol. Após levantamento de Souza, a bola passou na frente de Rafael Moura (titular na partida ao lado de Fred, mais uma vez), Gum e Digão, mas nenhum deles conseguiu alcançá-la. Digão, aliás, foi o substituto de Leandro Euzébio, poupado, na partida. Muricy surpreendeu ao não escalar André Luís para a vaga (claro, surpresa bem positiva, pois o torcedor tricolor não aguenta mais esse jogador bizarro). Perto do fim do primeiro tempo, Conca quase marcou um golaço em jogada individual, mas chutou fraco para a defesa de Cléber. A melhor oportunidade da etapa inicial, no entanto, foi uma cabeçada de Digão após cobrança de escanteio de Souza. Cléber defendeu no susto, e a bola bateu na trave antes de sair. Ricardo Berna (a outra novidade na partida - Cavalieri foi barrado para a entrada do goleiro campeão brasileiro) pouco trabalhou, só necessitando fazer duas boas defesas em 45 minutos.

No segundo tempo, o Flu, que jogou a primeira etapa em um ritmo lento, voltou decidido a liquidar o jogo. Souza obrigou o goleiro do Madureira a fazer boa defesa em chute de fora da área, em uma cobrança de falta muito próxima à grande área e no escanteio originado pela falta espalmada. Cléber fez uma excelente defesa em uma cabeçada de Gum com endereço certo. Rafael Moura colocou na trave em nova falta cobrada por Souza. Era notório que o gol estava próximo. Finalmente, aos 28 minutos do segundo tempo, foi a vez de Conca cobrar a infração. O cruzamento foi certeiro. He-Man cabeceou de costas, finalmente vencendo Cléber, e puxou a tradicional espada de Greyskull na comemoração. Foi o gol da vitória tricolor, da classificação em primeiro do grupo. Depois, He-Man foi fominha, desperdiçando a chance do Flu de liquidar o jogo. O que me espantou mesmo foi a incompetência do Fluminense em segurar a bola no campo de ataque até o fim do jogo. Bolas roubadas pelo Madureira puseram em risco à liderança tricolor. Ricardo Berna defendeu um bom chute de fora da área e salvou um gol olímpico. Em outro lance, a bola explodiu em Digão num chute de um jogador do Madureira. Fim de jogo no Raulino de Oliveira, e o Fluminense terminou a Taça Guanabara como líder do grupo B.

O nosso próximo encontro é sábado, após a semifinal contra o Boavista. O Fluminense terá uma semana de preparação para o jogo, e contará, pelo menos até agora, com todos os titulares (exceto Emerson e Deco, lesionados há algum tempo) para a partida. A estratégia de poupar os pendurados de Muricy deu certo. Agora é manter o foco na semifinal e ter, acima de tudo, humildade. Nada de salto alto. Apesar de ser um time de pouco renome (o clube chega à primeira vez numa semifinal de turno do Carioca), devemos ter como exemplo a eliminação do Flamengo pelo Resende, em 2009, na mesma fase da competição. O Fluminense tem de se impor e jogar como o legítimo campeão brasileiro de 2010. Não pode haver espaço para uma nova zebra! Até sábado!

Saudações Tricolores

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

Salvo por um super-herói

Guerreiros, na quarta passada, o Fluminense finalmente estreou na Taça Libertadores da América de 2011. O primeiro jogo do time na competição, esperado com ansiedade pelos tricolores desde o fim do Campeonato Brasileiro de 2010, teve sabor amargo para todos nós. Por pouco, a tão esperada noite do dia 9 de fevereiro não terminou em uma enorme frustração. Logicamente favorito na partida, o Fluminense sequer esteve na frente do placar no jogo. Por duas vezes esteve perdendo, sendo salvo por Rafael Moura, o He-Man, que foi realmente um super-herói, salvando o Flu de um vexame no Engenhão. Com 4 gols em 2 jogos, parece que não vai demorar para que esqueçamos a sua má passagem pelo clube em 2007. Continue assim!

Quem esperava domínio tricolor na partida logo se decepcionou. Durante o primeiro tempo, o Argentinos Jrs. foi a melhor equipe em campo. O Flu esbarrava na forte marcação adversária, e não levava grande perigo ao time argentino, que aproveitava os contra-ataques para ameaçar a defesa tricolor. Até agora não entendi a escalação de Willians ao lado de Rafael Moura no ataque. Preferiria ter Rodriguinho (já que Araújo ainda não está na forma física ideal) a um meia improvisado de atacante. Infelizmente, a maioria da torcida que não concordou com a opção de Muricy estava correta. Willians foi inoperante e provou que não tem condições de ser titular na equipe do Fluminense, ainda mais jogando de atacante. Ficou claro que é jogador de segundo tempo, já que, na condição de suplente, sabe aproveitar muito bem sua velocidade quando entra no decorrer das partidas, e os outros estão cansados. O meio-campo tricolor esteve bem apagado. Conca foi bem marcado a partir da metade do primeiro tempo. A partir daí, pouco fez. Souza não fez uma boa partida. A nossa defesa, mais uma vez, foi mal, tendo como agravante a presença de André Luís substituindo Leandro Euzébio, machucado. No lance mais polêmico do jogo, ainda no primeiro tempo, a jogada teve início com uma bola em profundidade para Salcedo, nas costas do zagueiro, que felizmente se redimiu no lance, salvando a bola em cima da linha (a bola não atravessou completamente - mesmo que não toque fisicamente, a sua projeção não pode tocá-la). Extremamente lento, André Luís não é jogador para o Fluminense Football Club. Contudo, o lance mais lamentável da defesa do Flu foi o primeiro gol do jogo, marcado pelo baixinho Niell, de cabeça, com seus gigantescos 1,62 m. Sim, de cabeça! Carlinhos, que cometeu a falta que deu origem ao gol, também falhou na marcação e permitiu o cabeceio do meia do Argentinos. Lamentável! O primeiro tempo chegou ao fim com uma surpreendente derrota no Engenhão.

O Fluminense voltou do intervalo com bem mais vontade do que no primeiro tempo. Realizou uma "blitz" pra cima do Argentinos. Na pressão, Carlinhos, que a despeito da falha no gol do adversário foi muito bem no apoio, cruzou na medida para Rafael Moura cabecear firme para o gol, contando com falha do bom goleiro Navarro. Apesar da falha, Navarro já tinha feito uma bela defesa em cabeçada contra do zagueiro de seu próprio time e salvou, depois do gol do Flu, um lindo chute de Mariano. Quando o Flu era melhor na partida, o Argentinos novamente ficou na frente, em uma jogada que contou com a contribuição valiosa de André Luís. O zagueiro perdeu a bola para Salcedo pela direita e depois ainda levou um drible da vaca, permitindo o cruzamento. Cavalieri também falhou, não conseguindo sair do chão para cortar o cruzamento, e Niell cabeceou sozinho, já que Gum se atrapalhou na marcação no lance. Falha generalizada na defesa tricolor. Felizmente, não houve tempo para lamentação, pois o He-Man novamente empatou o jogo, dessa vez após cruzamento de Mariano. A virada tricolor por pouco não aconteceu. Cheguei a comemorar gol no chute de Marquinho após cruzamento de Mariano. A cabeçada de Conca também passou perto. Contudo, o time argentino soube cozinhar bem os minutos que restavam e conseguiu voltar para sua terra com um precioso ponto conquistado fora de casa. Ao Fluminense, não resta mais o direito de vacilar em casa. Contra o Nacional-URU, no dia 23, só a vitória importa. Abre o olho, Flu!

Os quase 16 mil presentes está longe de ser um público aceitável na estréia na Libertadores. Sabe-se que o preço salgado do ingresso não colabora de forma alguma e se tem noção da dificuldade de ir ao Engenhão em plena quarta-feira à noite, mas em uma competição como essa precisamos de número. Além disso, precisamos principalmente de apoio incondicional, e as vaias do jogo passado para o goleiro Diego Cavalieri muito me decepcionaram. Não era o momento ideal para criticar o nosso camisa 1. O time precisava ser apoiado para superar o mau momento, e não ter um dos seus jogadores vaiado.

Sentiremos o gosto amargo do empate do dia 9 por 15 dias. Somente no dia 23 voltaremos a jogar pela Libertadores, dessa vez contra o Nacional-URU em casa. Depois do tropeço de quarta, vencer, mais do que nunca, tornou-se uma obrigação. Até lá, enfrentaremos o Madureira no domingo, com um time misto, para evitar possíveis desfalques para a semifinal da taça Guanabara, que provavelmente também será realizada antes do dia 23. Como dificilmente o Botafogo tropeçará contra o Macaé, o Flu deve ser o segundo do grupo B e enfrentará o Flamengo, de Ronaldinho Gaúcho e Thiago Neves. Esse Fla-Flu promete! Entretanto, lembremos: um jogo de cada vez. Nosso próximo encontro é domingo, após a partida! Até!

Saudações Tricolores

domingo, 6 de fevereiro de 2011

O peso de uma má arbitragem

Guerreiros, faltam-me palavras para descrever o imenso nojo que sinto. Eu voltei para casa do jogo completamente desiludido em relação a futebol. Depois do jogo de hoje, não creio que haja justiça nessa modalidade esportiva. O que vimos hoje foi completamente ridículo, lamentável. Não me lembro de ter visto arbitragem tão tendenciosa desde a final da Libertadores da América em 2008. Nunca vi uma arbitragem construir tão claramente um resultado como hoje. Vergonhoso!

O Fluminense jogou bem. Como a maioria dos clássicos, a partida estava equilibrada, até Renato Cajá se impor. Em falta boba cometida por Carlinhos em Alessandro, Cajá cobrou com perfeição, sem chances para Cavalieri, que quase chegou a tempo. Pouco tempo depois, o meia botafoguense chutou no travessão. O Flu reagiu, com uma tabela feita por Fred e Mariano, na qual o nosso camisa 2 foi parado por Jefferson, que colocou a bola para escanteio. Logo em seguida, em cobrança de escanteio (que não foi o gerado pelo chute de Mariano), He-man, em sua estréia, cabeceou com estilo para o gol e empatou o jogo. Pelo que vi, parece mesmo estar disposto a apagar a triste passagem pelas Laranjeiras 4 anos antes. Aos 40, Valencia, substituto de Diguinho, ausente devido ao nascimento de sua filha, chegou atrasado em uma disputa de bola (na verdade, parece que o volante sequer encostou no adversário) e recebeu o segundo amarelo, sendo expulso. Com a vantagem numérica, o Botafogo levou perigo mais uma vez, com o inspiradíssimo Cajá acertando novamente o travessão. A bola quicou em cima da linha, e os botafoguenses pediram gol. Entretanto, ela não ultrapassou totalmente a linha do gol, ao contrário do chute de Rafael Moura, após cobrança de falta de Souza. Jefferson tirou de dentro do gol, e a virada tricolor foi corretamente assinalada. No final do primeiro tempo, Marcelo Mattos chegou atrasado em Conca e foi expulso pela entrada violenta. O jogo foi para o intervalo com nova igualdade numérica.

Na volta do intervalo, logo ao começo do segundo tempo, Loco Abreu, impedido, foi puxado por Rafael Moura dentro da área, e o árbitro marcou pênalti. Um equívoco, já que o impedimento não foi assinalado. Na cobrança, cavadinha do Loco e defesa de Cavalieri, que ficou no meio do gol. Se já não bastasse o erro nesse lance, Gutemberg de Paula Fonseca marcou outro pênalti, assinalando empurrão de Edinho em Bruno, do Botafogo, em um lance normal. O jogador alvinegro chutou totalmente desequilibrado, prensado por Edinho, e Gutemberg considerou que o braço do volante foi o responsável pelo ridículo chute. Não foi absolutamente nada. Desse vez, Abreu não desperdiçou. O gol de empate do Botafogo em um pênalti que não existiu fez o time tricolor perder o equilíbrio. Os jogadores ficaram visivelmente nervosos com o erro, e, com o Flu ainda atordoado, Renato Cajá, o nome do jogo, fez um passe espetacular, rasgando a defesa do Flu e deixando Herrera na cara de Diego Cavalieri para virar o jogo. Contudo, o Fluminense continuou tentando chegar ao empate de qualquer maneira e teve boas oportunidades com Araújo e Carlinhos, duas vezes, todas defendidas por Jefferson. Excelente atuação do goleiro do Botafogo. O pior, entretanto, ainda estava por vir: ao final do jogo, o juiz assinalou 3 minutos de jogo e encerrou a partida aos 46 e meio! Sinceramente, não dá para entender. Será que tudo isso é apenas "erro", apenas incompetência? Ao meu ver, estão querendo que Botafogo e Flamengo cheguem à final. Cabe ao Flu abrir o olho se for realmente o segundo do grupo e for enfrentar o Flamengo na semifinal. "Erros" como esse podem facilmente voltar a acontecer, ainda mais contra o time da mídia. Hoje ficou bastante claro o peso que uma má (incompetente ou má intencionada, julguem como quiserem) arbitragem pode ter em uma partida. Decidiu o clássico.

Agora a atenção está voltada para o jogo de quarta. Estamos a 3 dias da estréia na maior competição do continente. Rafael Moura, o He-man, que anotou dois gols na sua estréia, provou que está pronto para substituir Fred contra o Argentinos Jrs. Felizmente, teremos a volta de Diguinho, que fez muita falta hoje. É hora de esquecer o tropeço diante do Botafogo e focar na missão de 2011: pintar a América de verde, branco e grená. Tricolores, vivos ou mortos, doentes ou sadios, têm de ir ao Engenhão. Na quarta, este blog terá sua primeira postagem sobre um jogo na Libertadores da América. Que seja sobre uma vitória, para começar a competição com o pé direito! O sonho, adiado em 2008, pode-se realizar neste ano.

Saudações Tricolores