sexta-feira, 20 de maio de 2011

O alto preço da covardia

Guerreiros, mais de duas semanas depois, às vésperas do Campeonato Brasileiro, finalmente criei coragem para escrever sobre a nossa eliminação na Libertadores. Foi um balde de água fria, doeu, mas foi merecida. Não fiquei triste, ao contrário de 2008, em que o time honrou a armadura e lutou até o fim. Simplesmente tive raiva pela covardia do time que vi em campo naquela quarta-feira. O Time de Guerreiros não entrou em campo. O que vimos foi um bando de medrosos, que não quiseram jogar por confiar em um placar mentiroso de 3 a 1 construído no Rio, no qual, em grande parte do tempo, fomos a pior equipe em campo. É frustrante ver que, mais uma vez, nosso sonho foi adiado, mas o futebol, nesse jogo, foi justo. A bola pune. Por isso, inclusive, acredito que o Santos de Muricy Ramalho, mais cedo ou mais tarde, vai sofrer o mesmo. Jogou como time pequeno contra o América-MEX (assim como o Fluminense), mas teve sorte e contou com Rafael em um dia inspirado. Se não mudar a postura até o final da competição, tem grandes chances de ver esse filme repetido...

Buscando administrar a vantagem obtida no Engenhão (podíamos empatar ou até perder de um gol de diferença), o Fluminense abriu mão do futebol. Passou os 90 minutos na contenção, pressionado pelo Libertad, que, se, teoricamente, não é mais time que o Flu, em campo provou que tinha mais determinação e que merecia mais a vaga do que a nossa equipe. No contra-ataque, o Tricolor pouco ofereceu perigo. A melhor chance que teve no jogo foi no meio do segundo tempo, quando Fred recebeu dentro da grande área de Marquinho e teve a chance de matar o jogo, mas chutou errado. Apesar de ter apenas se defendido o jogo todo, o Libertad só chegou ao gol no começo do segundo tempo, quando Berna aceitou uma bola defensável. O 1 a 0 ainda classificava o Flu, e o coração de cada tricolor quase infartava a cada ataque da equipe paraguaia. O tempo era nosso inimigo. Éramos massacrados em campo, defendíamo-nos como podíamos. Faltava pouco mais de 5 minutos para acabar o jogo, as quartas-de-final pareciam próximas. Parecia que íramos nos classificar, mesmo tendo abdicado de atacar durante boa parte dos 90 minutos. Então veio o duro golpe. Samudio acertou um belo chute e fez o segundo do Libertad. O Fluminense dava adeus à Libertadores 2011. Nós, tricolores, sabemos que o Impossível não existe para o Flu, principalmente com os guerreiros em campo. Contudo, infelizmente, o Time de Guerreiros tinha dado lugar a um Bando de Covardes. O Tricolor se lançou ao ataque, no desespero, mas não adiantou. Acabou, inclusive, sofrendo o terceiro, no finzinho do jogo. O desejo de conquistar as Américas, mais uma vez, ficou para depois, mas, um dia, tricolores, mais cedo do que nós pensamos, ele será realizado. Quem espera sempre alcança!

Amanhã, inicia-se a competição mais importante do País, e o Fluminense entra em campo para defender o título. Agora a luta é pelo tetracampeonato. Os holofotes estão voltados para Cruzeiro e Santos, que são os principais cotados para serem campeões neste ano. O Fluminense não é, de longe, o favorito ao título. É justamente nesses momentos, quando ninguém acredita nele, que o Flu brilha. Que seja assim neste ano! Domingo começamos mais uma guerra, e a primeira batalha é contra o São Paulo, em São Januário. Às armas, guerreiros! Rumo ao tetra!

Saudações Tricolores