sexta-feira, 29 de abril de 2011

O iluminado

Guerreiros, hoje o Fluminense construiu uma boa vantagem para o jogo de volta das oitavas-de-final da Libertadores. Com uma hora de atraso devido a um apagão, o Tricolor bateu o Libertad por 3 a 1 no Engenhão e deu um importante passo rumo às quartas-de-final da competição. Entretanto, pés no chão. Quarta que vem temos mais uma batalha, e qualquer vacilo pode ser fatal. Humildade acima de tudo!

A torcida tricolor hoje foi excepcional. Se não fosse as vaias para Ricardo Berna durante o jogo, teria sido perfeita. Não parou de cantar um minuto sequer, e o mosaico dos Guerreiros ficou impecável. Mais uma vez, aqueles que tiveram presente no Engenhão nos representaram bem e nos encheram de orgulho. A união time e torcida é fundamental para nos ajudar a alcançar o nosso objetivo. Que continue assim!

Em dia de apagão, Marquinho foi o iluminado. Aliás, ele tem mostrado que é realmente um jogador abençoado. Quando o time disputa partidas decisivas, muitas vezes, ele está lá para resolver. Em 2009, fez o gol mais importante do Flu no ano, o qual permitiu que nosso time permanecesse na Série A do Campeonato Brasileiro. No ano passado, na partida contra o Atlético-PR, na Arena da Baixada, nós disputávamos ponto a ponto a liderança da competição, e, quando sofremos o primeiro gol, Marquinho chamou a responsabilidade e marcou um golaço, empatando a partida. Neste ano, contra o Argentinos Jrs., ele fez a melhor partida da sua vida e foi um monstro em campo, assistindo, inclusive, Júlio César no primeiro gol tricolor. Hoje (ou ontem, já que a partida começou na noite do dia 28) Marquinho desequilibrou quando o time mais precisava. Muito mal no começo do segundo tempo, o Fluminense foi acuado pelo Libertad e, sofrendo grande pressão da equipe paraguaia, levou o gol de empate (comentarei sobre esse lance abaixo). Felizmente, a estrela do nosso camisa 7 brilhou de novo. Marquinho recebeu de Fred, livrou-se dos marcadores e soltou uma bomba no canto do goleiro Vargas, colocando o Flu novamente na frente do placar. Golaço! Parece que temos um jogador que gosta de partidas decisivas. Acredito que Souza está entendendo o motivo de estar no banco de reservas (às vezes, nem no banco). Marquinho, apesar de limitado tecnicamente, doa-se em campo e honra a camisa. Sempre foi visto como reserva e nunca reclamou de não ter a titularidade, ao contrário de outros jogadores. Continue assim, Marquinho, e ganhará a confiança da torcida tricolor.

Após uma hora de atraso, o Fluminense teve um início de jogo arrasador e logo aproveitou uma cobrança de escanteio para abrir o placar com Rafael Moura, de cabeça. O goleiro Vargas até se esforçou, mas tirou a bola de dentro do gol (a pelota ultrapassou - e muito - a linha). Entretanto, o ímpeto inicial se foi, e o Flu, quando chegava (geralmente tocava nos pés dos jogadores adversários no meio-campo), errava o passe final. O Libertad, no primeiro tempo, pouco levou perigo ao gol de Berna.

Na etapa final, o campeão paraguaio voltou bem melhor que o Tricolor, que foi muito pressionado e não conseguia sair para o jogo de maneira alguma. Na base do chutão, facilitava bastante a vida do adversário. Quando tinha a chance de contra-atacar, desperdiçava a oportunidade devido a erros de passes, cometidos principalmente por Mariano e Diguinho. O Fluminense, com justiça, pagou caro por ter recuado. Gamarra, subiu só (Edinho estava, não sei o porquê, na meia-lua) e testou para o fundo das redes, contanto com a falha de Ricardo Berna, que ficou indeciso no lance. Já é o terceiro gol da mesma maneira que o nosso time toma neste ano. Berna ficou pelo meio do caminho nos gols do Nacional (o primeiro), do Flamengo e no de hoje. Errar três vezes dessa forma é bastante preocupante. Qualquer falha em mata-mata pode ser crucial.

O Tricolor sentiu o gol de empate, e o Libertad continuava melhor na partida. Fernando Bob, que entrou ainda no primeiro tempo no lugar de Júlio César, lesionado, estava muito mal improvisado na esquerda, e Enderson corrigiu a substituição errônea sacando-o da equipe e colocando Araújo. Aos 27, então, como já disse acima, Marquinho chamou a responsabilidade e fez um belo gol. Conca não deixou o Libertad absorver o golpe, acertando uma cobrança de falta no canto esquerdo. Com a vitória confortável por 3 a 1 estabelecida, o time tricolor passou a ter tranquilidade e administrou o resultado do jogo. Enderson colocou Diogo no lugar de He-Man para compor o meio-campo, já que Valencia passou a fazer o papel de terceiro zagueiro com a saída de Bob, e o time tricolor ganhou consistência. Fim de papo, e o Fluminense saiu de campo com uma boa vantagem para o jogo de volta na quarta que vem.

No dia 4 de maio, vamos ao Defensores del Chaco para buscar carimbar a vaga nas quartas-de-final do torneio. Com a vantagem de dois gols, naturalmente, o Libertad tem a obrigação de sair para o jogo. Precisamos ter paciência, manter-se firme na defesa e encaixar um contra-ataque para fazer um gol e praticamente matar a partida. Essa é a receita para a classificação. Felizmente, temos boas recordações do estádio. Em 2008, vencemos o mesmo Libertad por 2 a 1, com dois de Washington, pela fase de grupos. Que nosso Time de Guerreiros consiga mais uma vitória importante! Faltam 7 jogos para o título. A benção, João de Deus!

Saudações Tricolores

domingo, 24 de abril de 2011

Filme repetido

Guerreiros, hoje, mais uma vez, o Fluminense caiu nos pênaltis, algo que tem sido comum nos últimos anos, infelizmente. A última vez que o Tricolor saiu vitorioso de uma disputa de penalidades foi na semifinal da Taça Rio de 2008, na qual vencemos o Vasco. Desde então, em quatro ocasiões, fomos derrotados, sendo três no Campeonato Carioca (semifinal das Taças Guanabara de 2010 e 2011 e da Taça Rio de 2011) e uma na Libertadores da América (a fatídica final contra a LDU). Antigamente, acreditava que pênalti era loteria, mas hoje já não penso assim. A cobrança de pênaltis, é claro, envolve sorte, mas depende, principalmente, de competência e equilíbrio emocional e é apenas um critério de desempate quando duas equipes chegaram ao seu limite. Contudo, não indica o melhor time ou aquele que apresentou um futebol mais convincente e, infelizmente, muitas vezes, não permite a passagem da equipe que estava mais preparada para seguir adiante. Acerca do assunto, acredito que as decisões do Campeonato Carioca, quaisquer que sejam elas, deveriam ter a disputa de penalidades precedida por prorrogação. É uma chance para que o melhor time prove sua capacidade antes do último critério de desempate. Fica o apelo, que dificilmente verei ser atendido.

Em campo, o Fluminense foi melhor, principalmente no primeiro tempo. Teve chance, inclusive, de chegar ao intervalo com um placar mais dilatado, mas a primeira etapa só terminou com 1 a 0, gol de Rafael Moura impedido. Para quem reclama disso, vale lembrar que o árbitro errou feio ao não dar falta de Felipe em He-Man, quando o jogo ainda estava 0 a 0, a qual culminaria na expulsão do goleiro, por ser o último homem, e mudaria toda a história do jogo (completamente, já que o arqueiro foi o herói da partida nos pênaltis e, além disso, o Time do Mal ficaria com um a menos durante quase toda a partida e fatalmente sucumbiria ao Tricolor). Entretanto, não existe o "se" depois do término de uma partida. O que passou, passou, e o Fluminense agora está eliminado do Campeonato Carioca de 2011.

No segundo tempo, o Flu pecou como a grande maioria dos times que estão vencendo. Caiu no erro de se retrair, permitindo que o quase morto Flamengo, desfalcado de Ronaldinho Gaúcho e Léo Moura (este saiu contundido), crescesse na partida. O Time do Mal passou a levar perigo a Berna e chegou ao empate com Thiago Neves, de cabeça, o qual subiu sem a marcação de Valencia e testou sozinho para vencer o goleiro tricolor. Depois do empate rubro-negro, o Fluminense teve a chance do jogo com Marquinho. O apoiador ficou cara a cara com Felipe e chutou de perna esquerda (vale lembrar que é canhoto) para fora, desperdiçando a melhor oportunidade da partida. O jogo acabou indo para os pênaltis. Na disputa, a estrela de ambos os goleiros brilhou (Felipe e Berna defenderam duas cobranças cada). Contudo, o fantasma voltou a assombrar o Fluminense quando Tartá, prata da casa, chutou, e Felipe defendeu. Diego Maurício não desperdiçou, e o filme mais uma vez se repetiu: o Fluminense voltou a cair em uma disputa de pênaltis. Felizmente, Thiago Neves desperdiçou a cobrança que classificaria o Flamengo, após Felipe ter defendido o chute de Araújo. Seria bastante doloroso sermos eliminados com um gol de um ex-jogador nosso, que muitos chegaram a idolatrar.

Incrivelmente, não estou irritado com a desclassificação. Fico chateado em não poder ganhar o Carioca, obviamente (afinal, quem não quer ganhar tudo?), mas acredito que a eliminação tem seu lado positivo. Caso passasse, o Fluminense teria uma série de decisões seguidas, que acarretaria o desgaste físico e emocional dos jogadores. Com a saída precoce do Carioca, o Flu tem como único foco a Libertadores da América. Agora, o primeiro semestre tricolor se resume à competição mais importante do continente. É tudo ou nada. Quinta-feira, temos uma nova batalha, agora contra o Libertad, pelas oitavas-de-final da Libertadores. Como o primeiro jogo será realizado no Engenhão, é fundamental vencermos por uma boa margem de diferença e não tomarmos gol em casa (uma placar de 2 a 0 seria bastante bom para as nossas pretensões). Para isso, é necessária a presença da nossa torcida. Nós somos o combustível do Fluminense. Portanto, tricolor, não deixe de ir ao estádio na quinta. Sua presença é crucial! É o nosso sonho que está em jogo. Empurremos o Time de Guerreiros rumo a mais uma vitória para que, junto com ele, construamos mais um capítulo da linda história do Fluminense Football Club!

Saudações Tricolores

quinta-feira, 21 de abril de 2011

Sangue, suor e lágrimas

Guerreiros, é simplesmente indescritível. O Fluminense Football Club não conhece o Impossível. Hoje, o mundo assistiu a uma daquelas partidas, ou melhor, batalhas, épicas, a serem recordadas por toda a eternidade. Tristão Gonçalves, não satisfeito com o vexame dado em 2009, disse que a chance de classificação do Flu na Libertadores era semelhante a de um raio cair três vezes no mesmo lugar. Parece que o matemático não se cansa de ser desmentido. O Fluminense voltou a desafiar a lógica e se agarrou aos 8% de chances que tinha, classificando-se de maneira heróica para os oitavas-de-final da Libertadores. Volto a frisar: nunca duvidem do Fluminense Football Club.

Muitos acharam que, com o afastamento de Émerson antes do jogo, o Fluminense ficaria desestabilizado, e a classificação, antes distante, tornara-se impossível. Talvez se tenha tornado mesmo, e, por isso, o Fluminense a alcançou. Para mim, a decisão do presidente foi absolutamente correta. No meu time, o atual campeão brasileiro, não pode haver espaço para molecagens. Sheik estava claramente insatisfeito, e cantar aquela música ridícula do time do Mal foi o estopim para explodir o barril de pólvora. Eu, assim como muitos torcedores, não desejo mais que ele vista a nossa Armadura. Se duvidar, pode até estar apalavrado com aquele time maldito. Enfim, não tem mais clima para ele no Flu.

Parafraseando Winston Churchill, o Flu ofereceu a seus torcedores sangue, suor e lágrimas para conseguir a heróica classificação na noite de ontem. Do início ao fim do jogo, o Time de Guerreiros não parou de correr nem de buscar o resultado necessário um minuto sequer. Foi o melhor time em campo e fez por merecer chegar às oitavas. No primeiro tempo, dominou amplamente as ações e não conseguiu o placar necessário no primeiro tempo devido à infelicidade de alguns conclusões e ao erro do juiz em marcar pênalti de Gum em Salcedo. Em lugar algum do mundo, um juiz marcaria falta na jogada. Felizmente, nosso time estava mesmo disposto a operar mais um "milagre" e foi ao intervalo vencendo por 2 a 1, com gols de Júlio César, o qual fez uma partida muito boa, e Fred, que marcou com uma bomba em uma cobrança de falta, contando com a colaboração do goleiro Navarro.

Na segunda etapa, o Flu logo levou perigo ao gol adversário em um chute de Marquinho, que, inclusive, chegou a alegar que foi empurrado. Confesso que ignoro se houve ou não empurrão no lance. Entretanto, o Argentinos Jrs. voltou mais ofensivo e, num lance de azar, chegou ao gol de empate com um chute de Oberman desviado em Valencia que acabou por tirar Ricardo Berna da jogada. Abatido com esse novo golpe, o Fluminense viu o Argentinos Jrs. crescer na partida. Felizmente, o terceiro gol tricolor, marcado pelo He-Man após cobrança de escanteio, veio no momento certo e nos pôs de volta à disputa da vaga. Com o fim do jogo entre Nacional e América-MEX (empate por 0 a 0), o jogo ficou completamente aberto. O Argentinos Jrs., perdendo, não se classificava, e o Flu precisava vencer por 2 gols de diferença para avançar às oitavas. Emoção à flor da pele. Aos 43, surgiu o lance que decidiu o jogo. Araújo lançou Edinho em um contra-ataque, o qual driblou o goleiro Navarro e sofreu pênalti. O que falar do coração quando Fred se preparou para a cobrança? Todo o ano do Flu se resumia àquele momento. Fred, que nunca receberá críticas minhas a respeito de sua qualidade, teve frieza para converter o gol da classificação. Apoteose tricolor. Vitória típica do Fluminense, com gol no fim do jogo para fazer a sua apaixonada torcida explodir de alegria. Poucas vezes na minha vida fui inundado por uma euforia como a que me dominou ao apito final. Em meio à confusão após o jogo, eu só conseguia rir, esbanjando um sorriso de extrema felicidade.

O próximo adversário, agora pelas oitavas-de-final da competição, é o Libertad. O primeiro jogo será no Engenhão na próxima quarta. Antes disso, entretanto, tem Fla-Flu pela semifinal da Taça Rio. Temos de dar um passo de cada vez. Enfim, parabéns a todos que acreditaram, como eu. Parabéns especialmente àqueles que estiveram presentes. Surpreendi-me com nossa torcida superando o canto dos argentinos em vários momentos durante jogo. Foi lindo de se ver! Parabéns aos nossos guerreiros, que lutaram até o fim. Parabéns ao nosso técnico interino, Enderson Moreira, que tem demonstrado uma coragem enorme e conseguiu um feito que o melhor do País, Muricy Ramalho, com certeza, não teria conseguido. Agora, faltam 8 jogos para soltarmos o tão sonhado grito de campeão. Rumo ao inédito título da Libertadores. A benção, João de Deus! Orgulho de Ser Tricolor.

Saudações Tricolores

segunda-feira, 18 de abril de 2011

Missão cumprida

Guerreiros, ontem o Fluminense apenas confirmou a sua classificação para as semifinais da Taça Rio. A imprensa chegou a ventilar antes do jogo contra o Americano que o Flu tinha chances de ficar de fora, mas, convenhamos, em nenhum momento ficamos longe da vaga. Acredito que poucos torcedores tricolores tiveram dúvidas de que íamos nos classificar. Era questão de tempo apenas e ontem isso foi provado.

Precisando apenas de um empate contra uma equipe do Nova Iguaçu já sem grandes pretensões no campeonato, o Fluminense entrou em campo praticamente sem pressão. O resultado viria naturalmente. Contudo, a primeira oportunidade do jogo foi do Nova Iguaçu, em cobrança de falta do goleiro Diogo Silva, mas a bola saiu pela linha fundo. Fred revidou da mesma maneira. O Flu tomou um grande susto em uma cabeçada de Leonardo, que obrigou Berna a fazer grande defesa, mas deu o troco na volta da parada técnica, em uma bela cabeçada de Marquinho, espalmada para escanteio pelo goleiro Diogo Silva. Aos 34, o gol tricolor saiu. Fred dominou na área e soltou a bomba, que parou no braço do zagueiro do Nova Iguaçu. Pênalti claríssimo, cobrado com perfeição no ângulo esquerdo pelo próprio Fred, convertendo o único gol da partida. Fred também marcou outros três gols belos gols, mas estava impedido em dois e fez falta em outro. Acabou o jejum de gols do atacante, que não marcava desde a semifinal da Taça Guanabara contra o Boavista. Que isso ajude a lhe dar confiança para o confronto decisivo de quarta.

Apesar da vitória pelo placar mínimo, o Fluminense criou inúmeras oportunidades. Araújo chutou de primeira em cima do goleiro após cruzamento de Mariano. Júlio César quase marcou um golaço. Passou por três jogadores em velocidade (sendo o último deles o goleiro), mas perdeu o ângulo na hora de finalizar e chutou pela linha de fundo. Fred teve uma boa oportunidade, quando tabelou sem querer com as pernas do marcador e chutou para o gol, mas a bola desviou na perna do jogador do Nova Iguaçu. Fred ainda lançou Mariano, que completou de primeira para fora, em uma jogada rápida de contra-ataque tricolor. Sheik, barrado por Araújo, entrou no segundo tempo com gás e levou perigo, acertando a trave em um lance ao completar um cruzamento de Júlio César. No final do jogo, o Nova Iguaçu teve sua melhor oportunidade num chute de Nelinho, defendido por Berna. Com o fim da oitava rodada, ficou definido o adversário tricolor na semifinal. Domingo será dia de Fla-Flu, o maior clássico do Brasil. A outra semifinal terá o duelo de Vasco e Olaria. Pela primeira vez nos últimos 5 anos,

Até lá, entretanto, temos de lutar contra o Impossível na Argentina. Na quarta, faremos o último jogo da fase de grupo da Libertadores. Tricolor, lembre-se: o Nacional não pode ganhar do América-MEX, senão estamos fora. Preparem-se para secar! Além disso, precisamos ganhar do Argentinos Jrs. de qualquer jeito! Dois tipos de combinações de resultado são úteis para o Flu: Vitória do América e vitória do Flu por qualquer placar; e empate entre Nacional e América e vitória do Flu por 2 gols de diferença. Sabemos que vivemos uma situação bem delicada na competição, mas, conforme diz a faixa exibida no jogo contra o Americano, não podemos deixar de ter esperanças. Lutemos até o fim!

Saudações Tricolores

domingo, 17 de abril de 2011

A faixa da verdade

Guerreiros, para variar, sai com atraso o post sobre o jogo entre Fluminense e Americano. No domingo passado, vindo de uma pesada derrota para o Nacional pela Libertadores, o Flu disputou sua permanência na disputa pelo título do Campeonato Carioca contra o time de Campos. Provavelmente devido a essa pressão e ao abatimento pós-quarta, o Tricolor entrou em campo nervoso. Até a parada técnica, só levou perigo ao gol adversário em um lance (um chute de Edinho por cima do gol), e dava bastante espaço para contra-ataques do Americano. Aos 20, um desses deu certo. Carlos Alberto avançou pela esquerda e cruzou na medida para Gustavinho colocar o Americano na frente. Felizmente, o Flu voltou melhor da pausa e, aos 34, Conca converteu uma cobraça de falta. Logo em seguida, o Americano sofreu outro duro golpe. Júlio César cruzou para trás na linha de fundo (quem dera que nossos laterais fossem mais à linha de fundo), e Araújo completou para o gol. A virada desestruturou o time de Campos. Talvez tivessem conseguido o empate se tivesse sido marcado o pênalti de Mariano em Carlos Alberto. Contudo, no futebol não existe "se", e o Fluminense fez por merecer a vitória com placar dilatado durante o jogo.

No início do segundo tempo, Mariano fez o terceiro, em uma bela jogada trabalhada. Fred recebeu dentro da área, esperou a passagem de Marquinho, o qual cruzou para trás para Mariano completar vindo de trás. Aos 10, veio o mais belo gol da partida, sem dúvidas, um dos bonitos do campeonato. Conca lançou Araújo pela esquerda, que aplicou um lindíssimo drible de corpo no marcador e chutou no canto. Golaço, daqueles que pagam o ingresso do torcedor. A defesa tricolor, entretanto, deixou bastante a desejar, e permitiu que o Americano tivesse inúmeras oportunidades, que, para a nossa sorte, não foram aproveitadas. Levou bastante perigo com Felipe, que cabeceou no travessão, e Ayrton, que obrigou Berna a fazer uma excelente defesa, e pagou caro por isso, sofrendo o quarto aos 42 num lance esquisito, em que o goleiro Jefferson afastou mal a bola, e Marquinho completou de cabeça para o gol vazio. 4 a 1 para o Flu, uma goleada para lembrar ao nosso time que somos os atuais campeões brasileiros e que temos capacidade de sair desse momento ruim que vivemos. 4 a 1 para acordar o maestro Conca, que teve participação decisiva em todos os gols da partida. Com essa vitória, o Fluminense ficou praticamente classificado para as semifinais da Taça Rio, já que o Botafogo perdeu do Flamengo por 2 a 0, e o Olaria empatou sem gols com o Volta Redonda. O Tricolor só precisava de um empate contra o Nova Iguaçu pela última rodada da fase de grupos do segundo returno, e conseguiu a classificação no jogo de hoje. Todavia, isso é assunto para o próximo post.

O que mais me chamou a atenção no jogo do domingo passado não foi a vitória tricolor, tampouco o belíssimo gol de Araújo. Foi a faixa exibida pela torcida tricolor, com os dizeres "Enquanto você estiver vivo, vivas estão suas esperanças". A verdade não poderia ser dita de outra maneira. Enquanto houver chances, não podemos parar de lutar. O "Time de Guerreiros" provou isso. O Impossível não existe no futebol, desde que haja chances maiores que 0%. Quarta, temos a última batalha dessa fase de grupos. A mais importante. Que os deuses do futebol abençoem o Fluminense nessa partida. Que o "Time de Guerreiros", mais uma vez, prove a todos que do Fluminense Football Club ninguém pode duvidar!

Saudações Tricolores

quinta-feira, 7 de abril de 2011

A triste dor de perder para si mesmo

Guerreiros, eu não sei desistir. Eu não consigo parar de acreditar. Sei que a dor de uma possível desclassificação na próxima rodada será enorme, mas o sonho ainda permanece vivo. A amarga derrota de hoje, para um adversário visivelmente inferior, foi um duro golpe nas pretensões do Flu na Libertadores. Contudo, lembrem-se que é o Fluminense Football Club quem está sendo posto à prova. Time capaz dos feitos mais impressionantes, de provar a todos sua força quando ninguém mais acredita nas suas possibilidades. Por isso, eu acredito, apesar de tudo conspirar para o fracasso.

O Fluminense foi o dono do primeiro tempo. Teve bem mais volume de jogo, teve as melhores chances (embora poucas), mas não soube aproveitar esse excelente momento. Souza perdeu um gol cara a cara com o goleiro, chance que não se pode desperdiçar em uma decisão como essa. Contudo, a grande maioria de posse de bola tricolor não foi condizente com a quantidade de oportunidades criadas. Faltou acertar o último passe. Apesar do empate sem gols no fim da etapa inicial, a torcida tricolor aguardou esperançosa pelo início do segundo tempo.

O Flu foi outro time na volta do intervalo. Desorganizado, apático, perdido. Aos 5 minutos, tudo começou a ruir. García, impedido, fez o primeiro do Nacional. Era injusto perder, por todo o domínio que teve no primeiro tempo. Era injusto sofrer um gol impedido e, pior, ver que o bandeirinha teve total visão no lance. Estava na linha de impedimento e, se não foi má intenção, que procure outra profissão ou use óculos. Lamentável. É verdade que tomar um gol no início da etapa final quando se precisa vencer a qualquer custo geralmente desestabiliza um time, mas a exibição do Fluminense ficou aquém do pífio. Não fez absolutamente nada nos 45 minutos finais. Acabou tomando o segundo gol em um contra-ataque mortal. García entrou cara a cara com Berna, mas, ao contrário de Souza, não perdeu, e isso fez toda a diferença. O jogo, infelizmente, acabou aí. Quase tomamos o terceiro, em novo contra-ataque. Gum salvou em cima da linha. Para piorar, os uruguaios começaram a catimba e, assim, cozinharam todo o resto do jogo. No fim, ainda vi pênalti em Émerson (ainda não revi o lance), mas Oscar Ruiz nada marcou. Fim de jogo, e o Fluminense agora tem chances remotas de classificação. Todavia, ainda tem chances. A América ainda pode ser nossa.

O jogo entre América-MEX e Argentinos Jrs acabou agora. 2 a 1 América. Com isso, temos de torcer por uma vitória do América na próxima rodada, pois, dessa forma, se ganharmos por qualquer placar do Argentinos, classificar-nos-emos com 8 pontos, enquanto Nacional e Argentinos pararão nos 7. Um empate entre Nacional e América e uma vitória nossa por 2 gols de diferença fora de casa contra a equipe argentina nos daria a classificação. Se houver uma vitória do Nacional, o Flu é eliminado. Uma missão bem difícil, mas não impossível. O mais difícil é fazermos a nossa parte com esse futebol apresentado por nosso time. Lamentável. O Fluminense perde para si mesmo. É, indiscutivelmente, o melhor time do grupo, mas caminha para uma triste eliminação. Domina amplamente o jogo em vários momentos, mas não consegue cumprir o principal objetivo do futebol: fazer gols, e quem não faz, leva. Foi assim hoje e será assim enquanto a postura do time não mudar. Acorda, Flu!

O apelo ao Time de Guerreiros foi feito. A missão agora é praticamente impossível, assim como foi em 2009. Que eles renasçam a tempo de inverter esse terrível quadro. O espírito da arrancada tem de voltar. O Flu, apesar de estar na UTI, sobrevive. O sonho ainda vive. Falta 1 rodada para a nossa classificação na Libertadores. A benção, João de Deus!

Saudações Tricolores

segunda-feira, 4 de abril de 2011

Insosso

Guerreiros, com mais de uma semana de atraso, finalmente sai o post comentando sobre o clássico entre Fluminense e Vasco ocorrido no domingo retrasado. Acredito que o fato de eu ter estado ocupado e a falta de motivação de comentar sobre uma partida tão sem graça justificam tal demora. Enfim, antes tarde do que nunca. Serei bem sucinto na análise de hoje.

O Fluminense começou bem o jogo. Foi a melhor equipe em campo até a parada técnica. A melhor chance até esse momento foi num lance de bola parada. Souza cobrou, Valencia desviou de cabeça, mas Fred chegou atrasado no lance e não marcou por pouco. Infelizmente, aos 20 minutos do primeiro tempo, a conversa de Ricardo Gomes com o time vascaíno parece ter sido realmente efetiva. O Vasco foi superior ao Flu no restante do primeiro tempo. A melhor chance do jogo foi justamente do time alvinegro. Conca errou um passe bobo no meio-campo, dando origem a um contra-ataque puxado por Éder Luís. Contando com o escorregão de Valencia na entrada da grande área, o atacante finalizou e acertou uma bomba no travessão. Seria um golaço. Sorte do Flu. A equipe adversária ainda teve outra boa oportunidade em finalização de Bernardo também da meia-lua, que parou em bela defesa de Ricardo Berna.

O segundo tempo foi totalmente insosso. Jogo parado, sem grandes chances de gol para ambos os times. Acredito que a melhor oportunidade da etapa final foi novamente de Éder Luís, que recebeu um belíssimo lançamento pela direita, ficou cara a cara com Berna e, em posição legal, chutou cruzado bisonhamente, perdendo um gol feito. A bola quase saiu pela linha lateral. Lamentável! A surpresa para o fim da partida foi Júlio César, que se resolveu soltar nos minutos finais, finalizando bem por duas vezes (uma pela linha de fundo, outra defendida por Fernando Prass). Fim de papo, partida fraca, sem grandes emoções e de dar sono.

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Infelizmente não pude assistir ao jogo contra o Volta Redonda. Só pude analisar os "Melhores Momentos" na Internet. Acredito que o belíssimo gol de Souza fez valer o ingresso dos torcedores que foram ao Raulino de Oliveira acompanhar o campeão brasileiro em campo. Poupando Fred e Conca para o jogo mais importante do ano, contra o Nacional-URU na próxima quarta, Enderson escalou Deco e Souza no meio-campo, além de utilizar Edinho na zaga, "improvisado" ao lado de Gum (o volante joga de zagueiro quando necessário). O luso-brasileiro, pelo pouco que vi, parece ter jogado bem, dando assistência para boas oportunidades de gol e permaneceu em campo durante todo o jogo. Os gols da vitória foram marcados por Souza (já citado anteriormente) e Emerson, que contou com um desvio na zaga do Voltaço. Com certeza, o fato de Sheik voltar a marcar desde o gol do título brasileiro do ano passado é algo que não só dá moral ao jogador mas também deixa a torcida tricolor esperançosa para o "jogo da vida" contra o Nacional. O Volta Redonda diminuiu no fim do jogo. Vitória apertada, mas fundamental para iniciar a busca pelos 100% de aproveitamento nos 5 jogos restantes da Taça Rio e da fase de grupos da Libertadores. Um já foi, restam 4. Felizmente, parece que o Time de Guerreiros voltou. Quarta é o dia de mais uma batalha. Vamos pra cima, Fluzão!

Saudações Tricolores